Ronaldo Magalhães não teve infarto, mas terá de colocar stent em uma das artérias coronárias
O prefeito Ronaldo Lage Magalhães (PTB) foi submetido a um cateterismo na manhã desta segunda-feira (10), procedimento utilizado para diagnosticar a dimensão do problema cardíaco que sofreu – e também para desobstruir a artéria lesionada.
Conforme foi constatado já nos exames preliminares, realizados pela equipe do Hospital Nossa Senhora das Dores (HNSD), o prefeito não teve um infarto, diferentemente do que chegou a ser noticiado no fim de semana.
“Demos início a uma propedêutica cardiovascular, que é uma investigação sobre a provável dor torácica que ele sentiu”, conta o médico cardiologista, Caio Seródio, diretor-técnico do HNSD.
Ele foi um dos médicos que o atendeu em Itabira no sábado, por volta de 8h30, após o prefeito sentir fortes dores no peito.
No atendimento, foram realizados o eletrocardiograma e também a coleta de sangue para saber como estavam as enzimas do coração. “As enzimas se apresentaram normais, não sendo constatada nenhuma lesão.”
Porém, no eletrocardiograma foi constatada uma alteração discreta nos batimentos cardíacos. “Fizemos então um ecocardiograma de urgência, quando confirmamos que ele não sofreu um infarto. O seu coração estava trabalhando muito bem.”
Já em Belo Horizonte, após a realização do cateterismo, hoje pela manhã, saiu o diagnóstico. “O prefeito teve uma lesão de 70% em uma das artérias coronárias”, informa o médico Caio Seródio, que acompanha a evolução de seu quadro médico.
“Ronaldo será submetido nos próximos dias a uma angioplastia para colocação de stent, uma prótese usada para desentupir a artéria coronária obstruída”, explicou. “Feito isso, acaba-se o problema e o prefeito só terá que fazer os acompanhamentos médicos e exames periódicos. Com os procedimentos realizados em Itabira, evitou-se que ele tivesse um infarto.”
Procedimentos já são realizados pelo HNSD
Segundo o diretor do HNSD, tanto o cateterismo como a colocação de stents poderiam ter ocorrido em Itabira. “Esses procedimentos seriam realizados pelo mesmo médico que atendeu o prefeito em 2003, quando ele teve pela primeira vez de fazer cateterismo e colocar dois ou três stents coronários.”
O médico que o atendeu em 2003, em Belo Horizonte, foi o cardiologista Caiser Teixeira de Siqueira Júnior, que também faz parte da equipe do HNSD.
Entretanto, por temer a necessidade de se fazer uma intervenção cirúrgica de maior envergadura, como a colocação de ponte de safena ou mamária, os seus familiares decidiram transferir o prefeito para a capital mineira.
“O nosso serviço de cirurgias cardíacas já existe no hospital, mas ainda está para ser credenciado pelo Ministério da Saúde, o que deve ocorrer até o fim do ano”, prevê o diretor-técnico do hospital.
Caio Seródio critica as postagens pela rede social dizendo que o prefeito foi transferido para Belo Horizonte para não morrer em Itabira. “O nosso hospital está preparado para esse tipo de intervenção, com equipes de cardiologistas de plantão 24 horas por dia e da hemodinâmica. Ficam todos de sobreaviso e podem ser acionados a qualquer momento”, assegura.
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