Produção de filmes no Brasil vive de espasmos
Mauro Andrade Moura
Com vários estilos pelas décadas, vamos fazendo de conta que temos uma produção cinematográfica. De vez em quando surge algum título para mostrar que ainda temos capacidade de realização.
Em Tiradentes, Cidade Museu que muito aprecio, já aconteceram 21 mostras de cinema. Porém, não sei se nas outras edições foram apresentados filmes de grande relevância cinematográfica. O que sei é que neste ano, a produção apresentada foi muito fraca em diversidade e qualidade de filmes.
Um grave problema recorrente nos filmes digitais, os preferidos da Mostra de Tiradentes, é a qualidade na captação das imagens. Isso pode ser porque os cinegrafistas utilizam o sistema de autofoco. Ou, ainda, pela baixa qualidade dos equipamentos utilizados nas filmagens.
Além desse problema, permanece o mal crônico da falta de investimento nos estúdios, haja visto que no Brasil todos podem ser qualificados como independentes. Em consequência, carecem de recursos dos mais variados.
A sonoplastia sempre foi um drama para os nossos estúdios. E, agora, com os equipamentos digitais, a luz também ficou precária. Para um país tropical, com insolação ao extremo, filmes com tons escuros é o fim da picada.
O que sempre deixa a desejar é a participação efetiva da comunidade nos debates e oficinas de aprendizagem. Isso vale para os visitantes que buscam participar desses eventos, como também para os próprios produtores e críticos.
Dizer que foi a Tiradentes participar da Mostra de Cinema e ficar nos “botecos” bebericando não vale. Não há compensação real de quem realiza com todo o seu esforço. E, ademais, para a realização dessas mostras e festivais, é sempre disponibilizado muito dinheiro público para tudo isto. Ou para quase nada. O que é uma pena.
Tudo muito mais complexo que isso. Já um grande mercado utilizado pr grandes produtoras e emissoras de TV.
Sim, as grandes produtoras estão ocupando os espaços.
O intuito do artigo foi o de apresentar as dificuldades que qualquer produtor independente de cinema passa para conseguir realizar um filme.
O pior de tudo são pessoas aproveitadoras de tudo e de todos dizendo que estão apresentando a produção nacional de filmes e na verdade é um grandessíssimo ganha pão para eles.