Pitacos da rodada esportiva

Luiz Linhares*

Briga de “cartolas” prejudica torcedores nos clássicos em Minas Gerais

Tenho plena certeza que já passa e muito da hora de os dirigentes mineiros assumirem mais de responsabilidade e sabedoria. Estamos vivendo momentos difíceis, em que o país procura ser passado a limpo. No esporte não é diferente e, em especial no futebol, temos exemplos disso na Federação Internacional de Futebol (Fifa), a maior entidade do futebol em todo o mundo.

Em Minas Gerais, a cada clássico envolvendo Cruzeiro e Atlético vemos uma atitude patética tomada por este ou aquele dirigente, a começar pela incapacidade de se ter um estádio dividido entre duas torcidas, de forma igualitária. Prova de incompetência total de dirigentes e entidades que cuidam da nossa segurança. No passado as torcidas eram divididas e ia e muito bem. Hoje restringem capacidade e o ir e vir. Não entendo, não concordo e considero um super despreparo dos dirigentes e autoridades.

Inaceitável o que aconteceu neste ultimo clássico no Independência. Inicialmente, de forma cretina, vimos a diretoria atleticana travando ingressos a serem repassados à diretoria adversária. E, já no estádio, de forma absurda, dirigentes do Cruzeiro são colocados e locados em camarote entre torcedores adversários, sob o iminente risco de agressões e tudo mais.

Não dá mais para aceitar esse tipo de comportamento, seja de um ou de outro lado. Atos de intolerância têm que ser responsabilizados. O torcedor do futebol tem que ser novamente bem tratado. Violência afasta o torcedor, o pacato cidadão. Pesquisas mostram que o futebol nos últimos anos já perdeu mais de 30% de seus amantes.

Atlético vence clássico enquanto adversário sonha alto

O Atlético venceu dentro de campo. O goleiro Victor após a vitória perguntou aos repórteres se a imprensa iria criticar, condenar o Mano Menezes por ter aberto mão do Campeonato Brasileiro no jogo de sábado, quando colocou um time mesclado para a disputa. Nada tem a ver uma coisa com a outra.

O Atlético abriu mão de uma disputa decisiva e o fracasso foi a eliminação da competição. Bem diferente fez o Cruzeiro, que tem objetivo claro e justificável: poupou titulares para disputar uma primeira colocação no grupo. Perdeu sim, três pontos em um campeonato que terá ainda noventa e seis pontos a disputar.

A partida não foi o jogo dos sonhos. E também não teve o público que o espetáculo merecia. Mas foi um jogo em que o Atlético vence, chega ao topo da classificação e afasta uma dosagem da crise que havia-se alastrado. Com certeza, não resolve os problemas de fragilidade do grupo, mas acalma. Alimenta uma boa esperança, já que tem uma sequencia de jogos em seu domínio. Busca por vitórias que podem traduzir um bem enorme. E, na parada da Copa, ter tempo para se reinventar.

O que não pode é ficar reclamando o leite derramado. No campeonato Brasileiro, a torcida já mostrou no clássico que o fracasso é passado. Afinal, vencer o rival melhora os ânimos. O sonho agora é a repetição de 1971, o Brasileirão agora é a meta.

Cruzeiro se mantém forte e motivado na disputa pela Libertadores

O Cruzeiro perdeu o jogo. Se não foi brilhante, também não teve sorte. Teve de buscar reação com um jogador a menos, o que bem mais difícil, é verdade. Mas o time mostrou que tem elenco, força de grupo. Perdeu por detalhes. E vai com toda força brigar pela primeira colocação de seu grupo na Libertadores. O torcedor pode acreditar: o time celeste está no páreo pela Libertadores – e por qualquer outra competição que segue a disputar.

América segue imbatível em casa e pega Palmeiras pela copa Brasil

América derrota o Botafogo e segue imbatível no Independência (Foto: Maurão Panda/AFC)

O torcedor americano está feliz com certeza. O time venceu o Botafogo no Independência e se posiciona bem na tabela. Demonstrou equilíbrio na partida. Tomara que a sequencia seja assim vitoriosa.

Afinal, o Coelho entra em uma semana com disputa com Palmeiras pela classificação na copa do Brasil, uma briga difícil.

No fim de semana, em casa, terá outra para demonstrar que tem a força jogando em casa contra o São Paulo, próximo clube a ser batido no Independência.

Valério entra na disputa com as dificuldades de sempre

Roberto Gaúcho, Luiz Precata e Marcelo Ramos (Foto; Divulgação)

O Valério tem nesta semana a definição de como será e quem tem a bater na Segunda Divisão Mineira. Sob o comando de Roberto Gaúcho e Marcelo Ramos, ex-grandes estrelas cruzeirenses, o clube itabirano inicia o trabalho com as dificuldades de sempre.

É preciso montar o elenco e toda a estrutura para ter o sucesso esperado. Vamos torcer e participar. O objetivo é a volta deste nosso patrimônio para a elite do futebol mineiro.

*Luiz Linhares é diretor de Esportes da rádio Itabira-AM

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