Pitacos da rodada esportiva

Luiz Linhares*

Cruzeiro mostra mais uma vez a força do coletivo em campo

As quartas de final do Campeonato estadual não mostraram nada de diferente, surpreendente e que pudesse sacudir, esquentar de vez nesta reta final a competição. Aquelas quatro equipes que, ao longo da primeira disputa ou fase, mantiveram a performance lograram êxito – e irão seguir em frente pela conquista da taça.

Os três grandes mineiros conseguiram superar seus adversários no tempo normal com vitória. De todos, e de longe, o que mostrou mais força foi o Cruzeiro. Venceu o Patrocinense no Mineirão com dos gols, sem precisar se desgastar muito. Encontrou um adversário guerreiro, valente e lutador com as poucas armas que possuía. Porém, o time celeste mostrou superioridade em todos os aspectos do time celeste, por ter um time melhor e mais organizado, além da força de sua torcida.

Fica mais uma vez provado que grupo forte e organizado ganha jogo e assim aconteceu nesse embate. Merece aplausos o time do alto Paranaíba pelo que apresentou em seu primeiro ano de modulo I. Afinal, caiu para um gigante e isto diz tudo.

Tupi, campeão do interior segue na disputa

“Já o que se viu na partida entre Tupi e Tombense foi uma batalha do interior, com igualdade em tudo, com noventa minutos de total equilíbrio, uma partida jogada em um palco de qualidade. Venceu o Tupi, consagrando-se campeão do interior.Casos como esses levam para o fator sorte e competência. Os pênaltis deixaram o galo da Manchester mineira com o título do interior confirmado. E de agora em diante é o azarão na batalha que se segue pelo título.

América tem mais volume de jogo, mas confirma limitações  

O América teve contra o Boa muito mais volume de jogo. Buscou mais a vitória e fez o seu gol. Criou outras boas chances para engrenar na partida, mas acabou mostrando queda de comportamento ao longo do jogo, o que fez o adversário se tornar valente.

Se tivesse sorte, o adversário poderia ter alterado a história da partida. Sorte americana que limitações marcam o trajeto de ambos, principalmente entre o meio e ataque. Sendo assim, pelo gol o América segue, digo até que por justiça.

Atlético foi ousado mesmo com futebol pequeno

Por fim o torcedor atleticano viveu mais uma tarde de expectativa e ansiedade pelo que mostrou e o que não conseguiu mostrar o time alvinegro. O Atlético foi desde o início ousado em buscar a definição da partida, com uma formação um pouco diferente da praticada em jogos passados, sem o Otero de cara que vinha sendo o mais eficiente atacante.

Foi pra cima e jogou seu adversário pra marcar. E assim seguiu criando oportunidades, fazendo o goleiro adversário se destacar como o melhor em campo com defesas salvadoras. Mas só conseguiu o seu gol até com uma dose de sorte ao final do primeiro tempo. Posteriormente perdeu forças na segunda etapa, deixando o adversário crescer  e criar chances.

O Galo apresentou, mais uma vez, um futebol pequeno no segundo tempo. Tomou sufoco em alguns momentos e só voltou a equilibrar o jogo quando o adversário deu mostras de cansaço. E já não tinha mais gás,  não dava mais. A partida valeu pela etapa inicial, pelo gol. E agora é hora de iniciar um novo capítulo. O seu treinador diz que estão no crescente, melhorando jogo a jogo. Novos episódios vêm aí. Vamos ver se isso confirma.

Estádios vazios

Achei decepcionante a presença do público nesses jogos. O Cruzeiro levou dezesseis mil pessoas ao Mineirão, o América menos de quatro mil no independência, isso no sábado. Já no domingo o Atlético teve quase doze mil torcedores no Horto.

Perguntei aos meus companheiros de equipe na rádio o porquê da baixa procura. A resposta foi de não se ter um grande apego de decisão nessa fase, de que nada valia a não ser a sequência na disputa no campeonato. Concordo e adiciono o período chuvoso que vivemos, a tv aberta e a grana curta também como motivos que desestimular o torcedor a ir ao estádio.

Agora é brigar pela presença dos torcedores na final. O Cruzeiro joga contra o Tupi de Juiz de Fora, no turfe entenderia como barbada. Já no futebol não sei. Acho apenas que milagres acontecem. Mas se nada fugir ao tradicional e normal cravo o Cruzeiro nos dois jogos e presença garantida na final.

Na outra batalha já vejo mais equilíbrio. América e Atlético compartilham até a mesma casa. Serão, por certo, cento e oitenta minutos no mesmo gramado. Os momentos vividos por ambas equipes são de afirmação, assimilação e montagem de times para o que vem pela frente.

Neste embate tem para o Galo a Copa do Brasil entre um e outro jogo. Portanto, planejamento e estratégia são necessários como mostrar força ao torcedor. O resultado desse clássico mineiro está em aberto. Com certeza, é promessa de dois bons jogos e de imprevisível palpite do finalista. O Atlético é grande, tem condições de crescer nessas horas. Já o Coelho tem a vantagem de dois empates.

Seleção

No fim de semana teremos a Seleção Brasileira atuando amistosamente em Moscou contra a Rússia. Trata-se de uma preparação direta para a Copa do Mundo, quando teremos oportunidade de ver uma síntese de nossa seleção sem o Neymar e o que nos espera para a busca que teremos para, enfim, voltar a ser os campeões mundiais.

*Luiz Linhares é diretor de Esportes da rádio Itabira – AM

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