País vive uma epidemia de sífilis, alerta médico infectologista
“O Brasil vive uma epidemia de sífilis e da gonorreia”, alerta o médico infectologista Marcello Fontana. São doenças que existem desde os primórdios da humanidade e que nunca deixaram de existir. “Está presente no Brasil desde que os colonizadores aqui chegaram.” Mas agora se espalha rapidamente, principalmente entre jovens e idosos (leia mais aqui).
A epidemia é consequência de relação sexual sem preservativos e da falta de tratamento no início dessas doenças sexualmente transmissíveis. “Uma das graves consequências é a sífilis congênita. Sem saber da doença, a mãe grávida acaba contaminando o recém-nascido”, alerta.
Outra preocupação é com a gonorreia, que se manifesta claramente nos homens e fica muitas vezes oculta entre as mulheres. “Em 70% das mulheres contaminadas, a doença é assintomática e elas transmitem a doença quando praticam sexo sem que o parceiro use camisinha.” Já entre os homens, a doença se manifesta entre dois e cinco dias, por meio da inflamação da uretra.
“Surgiu um corrimento, uma ferida no pênis ou na vagina, procure um médico. Quanto mais cedo tratar, mais fácil é a cura sem deixar sequelas ou consequências mais graves”, recomenda o médico infectologista.
Já o HPV aparece na forma de verruga. É também conhecido como “cavalo de crista” e geralmente não provoca câncer. Mas existem outros subtipos do HPV que podem causar câncer do colo uterino e do pênis.
“A melhor forma de prevenção é o uso de camisinha. E as mulheres devem fazer o teste papanicolau uma vez por ano.“ Além disto, temos atualmente prevenção por meio de vacina para HPV, indicada para crianças a partir dos 9 anos e jovens até 26 anos”, recomenda o médico Marcello Fontana.