Os devotos peregrinos das arábias
Joe Biden se reúne com o premiê israelense Yair Lapid e com o presidente Isaac Herzog
Veladimir Romano*
Uma das preocupações permanentes dos presidentes norte-americanos é a eterna viagem ao Oriente Médio quando não, aos países do Golfo, fabricando temas desse entendimento, conversões estudadas, e que bem-organizadas metamorfoseiam relacionando com discursos democráticos, poses majestosas egocêntricas padronizadas nas características com quantas nações árabes vivem, profanas da própria liberdade política a determinados contextos sociais e falsa moralidade religiosa.
Autocracias medem poder pela conta bancária e quantidades de petróleo produzido ao dia. Vivendo dos lampejos dessa modernidade faustosa, disfarçam servilismos ou subserviência devoradora da personalidade que dirigentes políticos e não só, numa luta de interesses grupistas quando o povo é o que menos preocupa.
Desta vez o homem forte da Casa Branca, quase agonizando, via Israel, segue prometendo segurança, depois na Palestina distribuindo dólares e, finalmente, no Golfo enchendo a grande mesa redonda de todas as decisões.
Três dias oficializados em curta cúpula, quando nove nações, sendo de maioria árabe, EUA e o Egito, marcaram presença em Jidá [território iemenita], a única saída marítima do petróleo saudita, para ver como ficou o mercado internacional depois que os Estados Unidos e a União Europeia decidiram bloquear a Rússia.
Antes, já a Rússia e a Arábia Saudita, líder da OPEP, havia chegado ao comum acordo para que a produção tivesse acrescento de 680 mil barris diários de petróleo russo, aliviando dita crise. Contudo, nunca suficiente pelo tanto que consumidores norte-americanos desesperadamente precisam, vendo como os preços galopam e se dividem pelos estados provocando instabilidade, incerteza e revolta.
O encontro de 33 horas movimentou diferentes opiniões, com sugestões e aceso debate pela colateral de Joe Biden desejando aflorar a questão do jornalista Jamal Khashoggi, assassinado no consulado saudita em Istambul.
Foi o que deixou o ambiente tenso ao longo dos dias. Quem salvou a situação, vindo donde menos se esperava com clareza, foi o general Abdel Fattah al-Sisi (1954-), na política desde 2008, presidente em primeiro mandato desde 2014.
Exigente e decidido “Alsayed Huk” [Sr. Gancho], apelido conhecido pela sua destreza na prática do boxe em competição militar, marcou diferença em alta pontuação, agora que no próximo novembro o Egito realizará importante reunião ambiental das Nações Unidas no COP 27, liderança que não evitou sorrisos azedos na plateia quando declarou acordo com a Rússia para a construção de usina nuclear [última geração] avaliada em 26 bilhões de dólares.
Inquieta ficou igualmente a bancada dos ilustres norte-americanos quando se descobriu avultado investimento feito pela China na ordem dos 100 bilhões de dólares ali pela região do Golfo…
Afinal, o assunto valeu quando sauditas e restantes parceiros aceitaram aumento em mais de um milhão elevando assim a mesma produção aos 13 milhões de barris/dia.
Sem profecias nem oferendas espirituais, inquieto com a decisão das suas sanções, de novo e, puxando do livro dos cheques, deixou aos países norte-africanos a soma de 1 bilhão de dólares na luta contra a fome.
Como falou em determinado tempo Rabi de Haifa: «Que Deus não nos falte, a não ser que morramos». Não obstante esta intoxicação pelo “ouro negro”, o talento limitado dos governantes, com devoção, não deixa de ficar peregrino pelas arábias.
*Veladimir Romano é jornalista e escritor luso-cabo-verdiano.
o mundo já vai de mal a pior e o Sleepy Joe só ajudando a piorar
O valoroso camarada Putin foi recebido, no Irã, pelo maior líder religioso do país, Ralibar-e-Enqelãb , isto significa a derrota dos eua, país em que todo o povo é doido de hospício. Pessoalnente posso dizer que em mais de meio século de vida, é uma vitória.