Onda roxa é lockdown pela metade, mas ajuda a conter a pandemia. Minas Gerais enfim entra na onda mais restritiva antes que seja tarde
Em Minas Gerais, o número de infectados pelo novo coronavírus (SARS-CoV2), e pelas suas variantes já presentes no estado, é de 922.573 pessoas, sendo que a pandemia já causou mais de 19,5 mil mortes.
Segundo boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde, em 24 horas foram infectados 6.368 mineiros, fora as sub-notificações, com registro de 164 óbitos em um único dia.
E assim, sucessivamente, a pandemia avança com muita força em todo o país, que corre o risco de se isolar do mundo, em decorrência das novas variantes, que avançam sem controle por falta de um comando nacional.
Trancamento
Itabira e outros 16 municípios do Médio Piracicaba, por decisão própria, se anteciparam e ingressaram na onda roxa, do programa Minas Consciente, com validade a partir desta segunda-feira (8) – e que deve se estender por 14 dias, podendo essa fase ser prolongada, dependendo da situação epidemiológica na região.
“É a saúde que importa, estúpido”, poderia dizer o marqueteiro das prefeituras da região, para fazer frente aos terraplanistas fundamentalistas que negam o perigo desses vírus para a saúde pública.
Esses negacionistas, ignóbeis que são, sustentam pela rede social que a morte de uma minoria não importa. E que essas mortes não podem prejudicar a economia nacional e a praticamente inexistente, antes mesmo da pandemia, geração de novos empregos.
São estúpidos mesmo, a ponto de negar a eficácia e fazer campanha contra as vacinas. Nesse rol de ignóbeis incluem-se médicos que fizeram o juramento de salvar vidas.
Agem, inclusive em Itabira, propagandeando a ineficácia do uso de máscara, sem censura ou punição pelo Conselho Regional de Saúde. E assim ficam todos coniventes com a incúria e a irresponsabilidade que levam à mortes e sequelas ainda desconhecidas pela ciência.
Avanço da pandemia em Itabira
No município de Itabira, nas últimas 24 horas foram registradas cinco mortes, com um óbito a cada cinco horas. O sistema de saúde local já está prestes a entrar em colapso, se é que já não entrou, como tem ocorrido em diversas partes do país.
A taxa de ocupação de leitos UTI nos dois hospitais da cidade está em 100% e é de 75% nas enfermarias. Com isso, se algum paciente grave precisar de tratamento intensivo, não terá como ser atendido. E a morte pode ser a consequência inevitável, como já tem ocorrido nessas circunstâncias.
A situação é tão crítica a ponto de uma médica plantonista do Hospital Municipal Carlos Chagas (HMCC), que atende 100% pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), desabafar:
“Tem gente morrendo por falta de leitos, mas isso não justifica matarmos por falta de assistência. Não tem equipe para trabalhar em novos leitos da região.” Ou seja, mesmo se ampliar as condições de atendimento aos casos graves, como deve fazer a Prefeitura com acréscimo de mais cinco leitos UTI, pode de nada adiantar.
É que com o avanço e extensão da pandemia, já não se encontra mais profissionais de saúde no mercado, conforme salientou a secretária municipal de Saúde, Eliana Horta, em coletiva de imprensa no sábado (6).
Proteção individual e coletiva
Daí que o único meio de se evitar contrair a doença é ampliando o distanciamento social, se possível com isolamento domiciliar, com uso permanente de máscara em locais públicos, além da higiene constante das mãos.
E à Prefeitura cabe reprimir e endurecer com as medidas restritivas, inclusive criando constrangimento social com a divulgação dos estabelecimentos comerciais não essenciais que não respeitarem os protocolos da onda roxa. E também aplicando pesadas multas.
E todos devem ajudar na fiscalização, seja chamando atenção das pessoas que transitarem sem máscaras em locais públicos, como também denunciando o comércio que não respeitar as medidas restritivas do decreto municipal 0523/2021.
No caso de descumprimento do que está no decreto, denuncie no setor de Fiscalização de Posturas Municipais (3839-2044 e 3839-2143), de segunda a sexta-feira, de 7h às 18h.
E ao se constatar aglomerações em festas particulares, acione a Polícia Militar pelo telefone 190. Infelizmente, isso é necessário para os recalcitrantes que negam a existência da pandemia e descumprem os protocolos de proteção individual e coletiva.
A Prefeitura promete colocar mais fiscais nas ruas e, juntamente com policiais militares, vão intensificar a fiscalização na cidade. O comerciante que descumprir os protocolos pode ser multado entre R$ 500 a R$ 50 mil, além de correr o risco de ter o seu estabelecimento interditado por até 30 dias.
No caso das agências lotéricas e bancárias, focos de grandes aglomerações e desrespeito aos protocolos sanitários, os responsáveis por essas instituições serão denunciados criminalmente, por atentarem contra a saúde pública.
Não sabem interpretar as informações… agora já se sabe que o leite materna também fica contaminado…
Aqui no Rio tem festa todo dia e o povo sem máscara….
Brasileiro sofre a síndrome da escravidão do pensamento.
O povo de Itabira é frio, gelado, não se importa com nada que não seja Vale S/A.