Itabira registra segunda morte por Covid-19
Uma idosa com comorbidades (duas ou mais doenças que podem levar ao óbito), residente em Itabira, é a segunda vítima fatal no município pela Covid-19, essa doença infecciosa ainda pouco conhecida, que já matou mais de 516 mil pessoas no mundo.
Segundo informa a Secretaria Municipal de Saúde, a idosa foi atendida na quarta-feira (1), no Pronto-Socorro Municipal de Itabira, já com sintomas graves da doença, tendo exame positivo para o novo coronavírus. Ontem mesmo o seu quadro de saúde evoluiu para o óbito.
Com ela, é o segundo óbito de quem mora em Itabira pela Covid-19. A primeira morte na cidade ocorreu no dia 6 de abril, com confirmação da causa pelo vírus no dia 11 de abril. O rapaz tinha 24 anos, também com comorbidades.
Disseminação
No Brasil já são mais de 60,8 mil mortes desde o início da pandemia, em março. Minas Gerais já registra mais de 1 mil mortes por essa doença infecciosa, transmitida pela respiração de pessoa para pessoa – e também por objetos infectados.
No mundo o novo coronavírus já infectou mais de 10,6 milhões de habitantes, enquanto no Brasil são mais de 1,4 milhão que testaram positivos. E segue infectando indistintamente, com mais de 47 mil pessoas testadas positivas em Minas Gerias, fora as subnotificações.
Os dados são do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), que criou uma plataforma para registrar as informações sobre o novo coronavírus, depois de o Ministério da Saúde ter decidido, no início do mês passado, não mais divulgar os números de forma detalhada. Só após decisão do STF, a pasta voltou a divulgar os dados completos.
Curva epidêmica
O Brasil é o segundo país com maior número de óbitos pela pandemia. Só perde para os Estados Unidos com registro de mais 127 mil mortes pela doença. O Reino Unido fica em terceiro lugar neste triste ranking global de número de mortos pela Covid-19: 43 mil óbitos.
Ainda no Brasil, o ranking é liderado pelos estados de São Paulo com mais de 15 mil, Rio de Janeiro já superando os 10 mil óbitos, Ceará acima de 6 mil e Pará com mais de 5 mil mortos.
De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), braço regional nas Américas da Organização Mundial da Saúde (OMS), o pico da pandemia no país pode ser em agosto, com projeção de mais de 80 mil mortes.
Por isso, a recomendação é para as Prefeituras não afrouxarem as medidas restritivas, diferentemente do que vem ocorrendo em várias cidades brasileiras. O pior ainda pode estar por vir.
“Calmaria”
No caso de Itabira, não é conveniente acreditar na aparente “calmaria”, pois não é essa realidade. No município já são 740 casos confirmados, além de 102 pacientes com sintomas que estão sendo investigados, sendo que quatro estão hospitalizados e um outro óbito em investigação.
Dos casos confirmados, 616 já estão recuperados, 120 seguem em isolamento domiciliar – e dois pacientes estão hospitalizados. O informe epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde, desta quinta-feira (2), registra 118 casos descartados, assim como sete óbitos em que havia suspeitas, mas que não foram confirmados como tendo sido pela Covid-19.