Morre o tetracampeão mundial brasileiro, Mário Jorge Lobo Zagallo, aos 92 anos
Foto: Lucas Figueiredo/ CBF
Um dos maiores nomes da história do futebol mundial, tetracampeão brasileiro pela Seleção Brasileira como jogador (copa de 1958 e 1962), treinador (1970) e como coordenador técnico em 1994, faleceu às 23h40 dessa sexta-feira, Mário Jorge Lobo Zagallo, aos 92 anos, vítima de falência múltipla dos órgãos.
O alagoano de Atalaia, mudou-se com a família para o Rio aos oito meses de vida. Aos 18 anos foi convocado para servir o Exército. Na final da Copa de 1950, atuou como segurança das arquibancadas do Maracanã na fatídica derrota do Brasil para o Uruguai.
A história futebolística de Zagallo teve início na metade dos anos 1940, quando jogava futebol de rua. Como jogador profissional, iniciou carreira no América, do Rio.
Posteriormente, foi jogar no Flamengo e de lá para a seleção brasileira a sua ascensão foi facilitada pelo que jogava como ponta-esquerda.
Em 1958, conquistou com a seleção brasileira, a primeira Copa do Mundo da história do país, com direito a gol na final contra a Suécia (5 a 2). Apelidado de Formiguinha, em 1962 foi bi-campeão mundial jogando ao lado de Garrincha, Didi, Nilton Santos.
A sua carreira como treinador começou no Botafogo, em 1964. Na seleção, como técnico, substituiu o também histórico João Saldanha (1917-1990), então militante do Partico Comunista Brasileiro, que se indispôs com o ditador Médici por não aceitar a imposição para convocar o artilheiro Dadá Maravilha, do Galo.
Foi assim que, convocado às pressas, em 1970, comandou um timaço com Pelé, Tostão, Gerson, Rivellino, Jairzinho, Carlos Alberto, a melhor seleção de todos os tempos, e conquistou o tri.
O tetra campeonato aconteceu em 1994, quando atuou como coordenador técnico da seleção ao lado do técnico Carlos Alberto Parreira, na Copa dos Estados Unidos.
Por muito pouco não foi penta, quando a seleção chegou à final da Copa de 1998, com a seleção canarinho sendo derrotada pela França de Zidane.
O velho Lobo agora descansa ao lado de Pelé, Garrincha, Nilton Santos e tantos outros craques jogando na seleção de Deus. Morre o homem, fica a lenda.