O caos como arma política
Rafael Jasovich
Em um espaço de tempo de dez dias, Bolsonaro e o bolsonarismo viram seu sonho golpista virar fumaça, especialmente quando vinculado às comemorações do 7 de Setembro, simbólica data pátria do bicentenário da nossa independência, que eles tentavam sequestrar para criar uma situação de ruptura política ainda mais profunda.
Com a realização do ato organizado pela Faculdade de Direito da USP para a leitura da “Carta aos Brasileiros e Brasileiras” no dia 11 de Agosto, que mobilizou uma multidão dentro e fora da sede daquela faculdade no Centro de São Paulo, passando pela humilhante e vexatória situação do presidente da república protagonizada pelo ministro Alexandre de Moraes na sua posse para a presidência do TSE culminando com o cancelamento do “desfile militar” em Copacabana no dia da independência.
Foi assim que os sonhos de uma aventura golpista escorreram pelos dedos feito água fervente.
Acuado, principalmente após o verdadeiro “tapa com luva de box”, recebido ao vivo e em cores na posse no TSE, bem na frente de Lula e Dilma, dentre outras figuras de grande peso da política brasileira, um constrangimento sem tamanho e raramente visto na história brasileira, resta ao presidente e seu núcleo mais direto de seguidores disputar a eleição nos termos da legislação vigente.
Não significa que estamos livres de novas retóricas golpistas, mas será apenas isso mesmo, ou seja, um resto de falatório vazio sobre as urnas eletrônicas e fanfarronices clássicas.
Há, contudo algo que me preocupa muito e requer da nossa parte, do campo político que se articula em torno da liderança do presidente Lula, e em especial às candidaturas dos (as) comunistas um grande cuidado: a existência de uma multidão de “lobos solitários” desgarrados de qualquer comando político, mas vinculados ao discurso de Bolsonaro, especialmente aquele de sentido “moral”, viciados na retórica anticomunista, antipetista e do “cristianismo de fachada”, como bem classificou o Papa Francisco ao tratar sobre esse tipo de gente.
Ao longo da história, da mais recente a mais remota, os “lobos solitários”, radicais embrutecidos por uma retórica tosca, ideologizada e desprovida de racionalidade, já causaram enormes estragos nas disputas políticas. Guerras foram iniciadas por conta da ação desse tipo de pessoa. É claro que guerras, golpes, rebeliões, revoluções, não acontecem em função de um ato isolado. Mas os atos isolados podem ser deflagradores de grandes conflitos, algo como “colocar fogo no estopim do barril de pólvora”.
É necessária máxima atenção às provocações que podem – e vão! – ocorrer nas atividades de campanha e evitar entrar nelas. Temos tudo para ganhar a eleição presidencial de modo inquestionável. Podemos vencer em estados chaves da federação. Podemos ter uma bancada progressista mais alentada no Congresso Nacional.
Não aceitar provocações e agir com inteligência é fundamental.
O PT ganhou eleições e não tomou o poder. O PT, na figura de corpo e alma PSDB, do advogado asqueroso José Eduardo Cardoso, entregou a presidente Dilma aos lobos.
Tudo isso é porque a esquerda, com uma exceção, é Honrada, é Progressista e assim vai o Brasil descendo a barranqueira. Vou votar no Lula porque é Trabalhador. O resto do PT é a pequena burga academica, esnobe… nas vou votar no admiravel Luís Inácio Lula da Silva!