Novembro Azul: mulheres preocupam mais com a saúde do homem que negligencia os cuidados necessários
Imagem: Reprodução/ Ministério da Saúde
Somente para o triênio 2023-2025 o Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que surgirão cerca de 72 mil novos casos de câncer de próstata. No ranking dos mais incidentes entre os homens, ele só perde para o câncer de pele não melanoma.
E o Novembro Azul é conhecido como o período em que se intensifica a conscientização relacionada à doença e também acerca de outros assuntos centrados na saúde masculina.
Por outro lado, já se sabe que há uma resistência deles em buscar ajuda médica e de outros profissionais, quando o tema é a saúde. Para essa resistência, pesam questões culturais, medo, vergonha e temor de expor suas fragilidades.
Uma pesquisa feita pelo Centro de Referência em Saúde do Homem do Estado de São Paulo apontou, inclusive, que mais de 50% deles já chegam aos consultórios com doenças em estágios avançados, quando muitas vezes é preciso fazer intervenções cirúrgicas.
Além disso, o mesmo trabalho mostrou que 70% das pessoas do sexo masculino vão a consultas médicas acompanhados das mulheres, denotando o relevante papel delas quando se trata de incentivo ao cuidado deles.
E, pertinente a isso, o último estudo realizado pela Famivita revelou que 46% das mulheres no Estado de Minas Gerais consideram que se importam mais com a saúde do parceiro do que eles mesmos.
Além disso, no recorte total das pessoas que participaram no Estado, 90% disseram saber que homens a partir dos 50 anos devem fazer exame de próstata e 72% destacaram que os homens da família nesta idade estão realizando o exame preventivo.
Elas por eles
Informações da Sociedade Brasileira de Urologia dão conta, igualmente, que a chance de um garoto buscar um médico durante a adolescência é 18 vezes menor do que uma garota ir ao ginecologista.
Profissionais da área costumam enfatizar quão relevante é o incentivo feminino dentro das famílias, nesse sentido, bem como da união de toda a sociedade para trazer uma maior conscientização deles quanto à rotina de exames, disseminando essa prática no convívio, em um esforço conjunto para que os homens mudem essa realidade.
O estudo da Famivita também trouxe um dado nacional que chamou a atenção: 88% das pessoas entrevistadas disseram saber que homens a partir dos 50 anos precisam fazer o exame de próstata, sendo que 90% das mulheres afirmaram dispor de tal informação, contra 69% dos homens.
A ideia é que aumentando o volume de esclarecimentos acerca do assunto, por meio de campanhas e ações de conscientização, sejam dadas mais importância às iniciativas voltadas para o cuidado integral à saúde do homem e à prevenção.
Uma multiplicação anormal das células da próstata, esse tipo de câncer pode ocorrer em quatro estágios ou fases, indo do menos agressivo ao mais agressivo. Comumente, na fase inicial, a doença é assintomática, não modificando, assim, a vida do paciente.
Todavia, na fase avançada, o câncer de próstata pode trazer sintomas como dores, disfunção erétil e sangue ao urinar, bem como a vontade frequente de urinar, estando presente, ainda, a chamada “noctúria”, que é quando há essa vontade excessiva à noite.
Entre os fatores de risco associados ao câncer de próstata figuram, primeiramente, a idade, depois vem o histórico familiar, tabagismo, sobrepeso e obesidade. Portanto, prevenir é sempre o melhor remédio.