“Nada há de novo em quem defende o Estado mínimo. Sou contra privatizar o Saae e a Itaurb”, diz Alexandre “Banana”, do PT
O cirurgião-dentista e ex-vereador Alexandre “Banana” de Faria Martins da Costa diz não ser candidato a prefeito de Itabira, pelo PT, apenas para marcar posição. Ele acredita no crescimento de sua campanha nas ruas e pelas redes sociais.
Com isso, espera reverter a tendência eleitoral a seu favor, a exemplo do que ocorreu nas eleições para governador e presidente, quando foram eleitos candidatos que não apareciam nas pesquisas eleitorais.
Tendo como palavra de ordem Saúde, Paz e Trabalho, o candidato petista tem se apresentado ao eleitor como alternativa mais à esquerda. “Temos as melhores propostas para administrar a Prefeitura de Itabira com políticas públicas que atendam às reivindicações históricas da sociedade itabirana, em sua maioria constituída por trabalhadores assalariados.”
Sobre o distanciamento nos últimos anos de seu partido dos principais embates políticos na cidade, Alexandre “Banana” apresenta uma série de fatores, como o distanciamento das principais lideranças, alguns por questões de saúde e outros por mudança de domicilio – e também pela não renovação de seus quadros, o que reflete também a situação nacional.
Confira essas e outras questões sobre o partido, as eleições e a realidade itabirana na entrevista a seguir:
O governo de Jackson Tavares (1997/2000) foi o único do PT em Itabira. Qual foi a sua participação?
Eu sou funcionário concursado do Estado, ingressei em 1986, logo depois de eu me formar, em 13 de dezembro de 1984. O 13 é um número muito presente em minha vida.
Então é Galo.
Não, sou Vasco e Valério. O meu filho é cruzeirense e está sofrendo muito ultimamente. Mas são torcidas irmãs, a do Vasco e a do Atlético.

Ocupou cargo no governo de Jackson?
Sim, fui chamado pelo doutor Cesário (Martins Carneiro, médico, já falecido), que antes tinha participado do governo de Li Guerra (1993/96), que por sinal foi até um bom governo, para ser chefe de Departamento de Vigilância em Saúde, nos primórdios do SUS, quando se fazia de tudo: vigilância sanitária, epidemiológica e saúde do trabalhador, hoje já ampliou. Depois transitei em outras áreas.
Na sequência, ainda no governo, saiu candidato a vereador?
Sim. Levy Quaresmam era o chefe de Gabinete e me convidou para ser candidato.
O que aconteceu para o governo Jackson ser hoje tão mal avaliado?
No fim do governo, ele tinha 80% de aprovação. Mas foi vítima de uma campanha difamatória, por parte da mídia, que antecipou aqui em Itabira o que de mais sórdido aconteceria depois com o PT nacionalmente.
Foi um duro ataque diuturno para desconstruir a sua imagem, ainda que o seu governo não tenha sido isento de alguns tropeços e erros, como na área de comunicação. Pecou por não ouvir alguns setores importantes que foram deixados de lado.
Na tentativa de reeleição, Jackson foi derrotado por Ronaldo Magalhães.
Perdeu por 600 votos, por sucessivos erros durante a campanha, além de ter pretendido sair candidato sem fazer aliança com o PMDB. Muitos candidatos a vereador não estavam preocupados com a candidatura majoritária, mas com as suas eleições. E o seu governo devia ter uma rejeição muito grande, como a atual de Ronaldo, e que não foi percebida na época.
Teve uma briga dele também com dom Mário em torno da Funcesi.
Jackson conta que não houve essa briga. Mas dom Mário (ex-bispo de Itabira, já falecido) declaradamente fez campanha para Li para prefeito e depois também para deputado, juntamente com Luiz Menezes, quando os dois se elegeram deputados federal e estadual, respectivamente.
Como avalia o governo do PT com Jackson?
As conquistas com as condicionantes da Vale, no seu governo, foram feitos históricos. Mas Jackson acabou não tirando muito proveito político disso. Quem acabou surfando nessa onda foi Ronaldo Magalhães, que o sucedeu.
Outros projetos importantes de sua administração foram o Museu do Tropeiro, os Caminhos Drummondianos, o Memorial Drummond, uma obra de Oscar Niemeyer, um marco para Itabira.
Jackson foi o único prefeito a “peitar” a Vale?

Sim, promoveu a audiência pública (realizada em 12 de fevereiro de 1988), tendo facilitado e incentivada a organização da sociedade para apresentar as suas reivindicações.
Após isso, ele soube negociar com a Vale, quando obteve várias conquistas para a cidade. A abertura da avenida Mauro Ribeiro foi negociada com a Vale pelo Jackson, assim como o canal da Praia, que ele executou uma parte até a ponte do Aprígio.
Ronaldo terminou o saneamento do canal e continuidade da avenida, depois de trocar pela condicionante que obrigava a Vale fazer a reabilitação do córrego Conceição, sem ouvir a sociedade itabirana.
O córrego está uma tristeza, todo assoreado por fino de minério. Não sei como o órgão ambiental aceitou a troca de um passivo ambiental por obra na cidade, por mais importante que ela seja.
Deixou também de cobrar a central de resíduos, que gera empregos e oportunidades de negócios. Vamos cobrar essa condicionante da Vale que não foi cumprida.
Como vereador, quais foram os seus principais embates como oposição na Câmara ao primeiro governo de Ronaldo Magalhães?
Tivemos uma atuação bem incisiva. Fizemos várias representações contra atos de seu governo lesivos ao município. Inclusive, uma dessas representações resultou em processo e condenação em segundo instância. Ronaldo Magalhães só não ficou inelegível porque a ação já prescreveu.
Qual foi o caso que o levou a essa condenação?
Foi a denúncia que apresentei de fraude com o grupo SIM (Sistema de Informações Municipais), uma empresa de consultoria que iria implantar um sistema integrado de informações no município.
Fiz a denúncia em 2007. Esse grupo foi contratado pra implantar o Cartão SUS, um prontuário único em Itabira. O proprietário dessa empresa, um sujeito chamado Sinval Drummond de Andrade, que é de Sete Cachoeiras (distrito de Ferros), estava envolvido na operação Pasárgada, desencadeada pela Polícia Federal para investigar compras superfaturadas de ambulâncias.
O cartão SUS foi lançado com estardalhaço em agosto de 2004, com o governo municipal já fazendo campanha pela eleição de Joao Izael. Pelo projeto teriam que distribuir 60 mil cartões SUS e só distribuíram 50 cartões.
O novo sistema então não foi implantado, mesmo com Itabira pagando?
Sim. Pagou pelo prontuário eletrônico que não foi implantado. Por esse serviço não implantado, a Prefeitura pagou R$ 270 mil em valores da época. Ronaldo foi condenado por esse desvio de dinheiro público. Só não está inelegível agora por ter sido prescrito.

Como foi o seu posicionamento no primeiro governo de João Izael?
Fui oposição também. Eu me posicionei firmemente contra a remoção dos Sem-Teto do acampamento Drummond. Defendemos, na ocasião, uma solução habitacional digna para eles, o que não ocorreu. Era uma situação de vulnerabilidade social muito grande.
Houve algum fato grave no seu governo que tenha sido denunciado?
Foi por mim denunciado aquilo que o jornal Mosaico (já fechado), do Luiz Zanon, rotulou de projeto Nostradamus. No dia 25 de agosto de 2005, com o sol a pino, pego o jornal oficial da Prefeitura e nele encontro publicado decreto de estado de emergência em Itabira.
Isso foi no primeiro ano do governo João Izael. Liguei para várias localidades para saber se estava faltando água, se havia alguma situação emergencial. Nada, estava tudo tranquilo no município. Fiquei intrigado.
O edital não dizia do que se tratava?
Nada dizia. Fui para a reunião da Câmara. Gilberto Magalhães era o presidente. Perguntei do que se tratava, ele nada sabia. Perguntei ao líder do governo Geraldo Torrinha, ele também nada sabia.
Disse que no final da reunião me informaria. Imagina só: o presidente da Câmara e o líder do governo não sabiam o que motivou o decreto de emergência.
No final da reunião, Torrinha me disse que era porque estavam previstas fortes chuvas para o mês de outubro e as estradas rurais iriam ficar intransitáveis. Daí a designação de Nostradamus, pela capacidade de o governo fazer profecia. Torrinha me disse que como eu era muito “cricri”, que levasse a denúncia ao Ministério Público. Foi o que eu fiz.
O que motivou o decreto, alguma dispensa de licitação?
Uma firma de Belo Horizonte, não me lembro o nome, perdeu uma concorrência para a Santa Fé de conserva de estradas rurais. O valor do pacote de licitação era de R$ 11,6 milhões. Essa empresa embargou o processo licitatório.
Foi então que o governo municipal fracionou a licitação em blocos. E acabou contratando a Santa Fé para fazer o serviço, após decretar estado de emergência para não ter de fazer nova licitação.
João Izael foi condenado por isso. Se não estou enganado, foi por causa dessa condenação que ele não pôde sair candidato a prefeito neste ano.
Na campanha seguinte, você saiu candidato a vice-prefeito na chapa de Damon?

Eu optei por não mais candidatar a vereador, daí que fui chamado para compor a chapa do PT com o Partido Verde, quando Damon saiu candidato a prefeito pela primeira vez. Perdemos para João Izael, mas ficamos bem na disputa.
Foi a última vez que o PT disputou uma eleição majoritária em Itabira?
Disputou depois o cargo de vice com a candidatura de Maria Lúcia Gazire, em mais uma composição com o PMDB, em 2016, com o César da Dular saindo candidato a prefeito.
A partir daí o PT foi só definhando na cidade, ao ponto de sua candidatura ser homologada por uma comissão provisória. O que ocorreu?
Eu fui presidente do PT até 2012, depois foi eleito o Virgílio, filho do Jackson e da Maria Lucia Gazire. Virgílio renunciou à presidência, quando mudou de Itabira para estudar em Belo Horizonte. Assumiu o José Gomes Vieira, companheiro histórico, um dos fundadores do PT em Itabira. Ele teve problemas de saúde e o partido ficou sem presidência.
Infelizmente o PT de Itabira, assim como o nacional, não renovou os seus quadros, não atraiu a juventude. Temos hoje 500 filiados e a imensa maioria está com idade acima de 30 anos.
Além disso houve o ataque nacional ao PT, que também refletiu em Itabira, culminando com o golpe contra a presidente Dilma. O ataque teve início em 2013. A Vaza-Jato (série de reportagens do site The Intercept) revelou a participação norte-americana no golpe contra o PT e Itabira não está fora desse contexto nacional.
No pré-golpe de 1964 demonizaram o comunismo, agora foi o PT em sucessivas campanhas difamatórias articuladas internacionalmente, como agora está comprovado. O “homem do saco”, que antigamente metia medo em toda criança, e nas pessoas de baixa cognição, passou a ser agora o PT.

O partido chegou a ser dissolvido em Itabira?
Teve um problema com as contas de 2016, talvez decorrente do estado de saúde de Zé Gomes, não tendo sido feita a prestação em tempo hábil. Temos que sanar uma dívida em torno de R$ 16 mil, que pode parecer pouco, mas que para o PT de Itabira é uma dívida considerável.
É o que explica o fato de o partido não ter se posicionado diante das grandes questões itabiranas nos últimos anos?
Institucionalmente, sim. Como nesse período fui nomeado diretor da Diretoria Regional de Saúde de Itabira até 2018, não estava em condições de fazer críticas aos governos sobre a área de influência da diretoria. Pelo contrário, a liturgia do cargo exigia desenvolver ações de saúde junto aos municípios.
Outra crítica diz respeito ao lançamento de sua candidatura, quando poderia ter feito composição com um dos candidatos oposicionistas? Ou não vê nada de novo no front?
Não, não há nada de novo. Esse argumento tem sido usado pela coligação 40 (do candidato Marco Antônio Lage), que é do PSB, mas nem sei se ele é socialista, que nos acusa de sermos divisionistas.
Ora, na composição dessa coligação com o candidato a vice, o posicionamento ideológico fica claro: o vice é um bolsonarista, uma pessoa intolerante com as religiões afro-brasileiras, que tece elogios descarado ao presidente.
Além disso, a coligação 40 tem apoio do PSL, que é partido bolsonarista. Somos radicalmente contrários à política de Bolsonaro. Fascismo, não. Não queremos ter ao nosso lado quem defende torturadores.
Mas antes de ser definido quem seria o vice com o PSB, houve alguma tentativa de aproximação?
Até um pouco antes, sim, com o Mucida ainda como pré-candidato. Nas conversas percebemos que eles queriam o PT, mas não queriam a participação dos militantes históricos do partido.
Mucida agora pode virar deputado estadual com a eleição de Maria do Carmo, candidata do PT a prefeita de Betim, que deve ser eleita no primeiro turno.
Existe um claro divisor entre a situação e as oposições. Não teme ser responsabilizado pelo continuísmo caso a situação derrote por pequena margem o candidato mais votado das oposições?
Nas eleições de 1982, quando havia o voto vinculado, com o eleitor sendo obrigado a votar em candidatos do mesmo partido, diziam também que o PT não deveria lançar candidatos para não ajudar na eleição do candidato da ditadura agonizante. O PT lançou candidatos para todos os cargos e em nada atrapalhamos.
Se não lançamos candidatos, o partido desaparece. A minha candidatura não é personalística, faz parte de uma estratégia de reerguimento do PT na cidade. É um projeto em defesa dos ideais do partido, do legado de Lula com as inúmeras conquistas sociais que representam.
Quais são as outras divergências que impediram de seguir junto com o PSB?
Hoje (24 de outubro, data da entrevista), o Estado Novo está completando 90 anos, quando se deu o golpe de Getúlio acabando com a República Velha. Com todas as controvérsias histórias que existem acerca de Getúlio Vargas, foi com ele que os trabalhadores passaram a ter direitos, com a CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), assim como foi implementada a política nacional-desenvolvimentista, de onde surgiu inclusive a Vale do Rio Doce.
Mas está fugindo da pergunta. Quais são as principais divergências?
Não estou. É para contextualizar historicamente. Naquele momento ocorreu um corte entre liberais, que pregam o Estado Mínimo e aqueles que acreditam que o Estado não tem de ser mínimo, que tem de desenvolver políticas públicas no sentido de se tornar um Estado Democrático do Bem-Estar Social. É o que defendemos no PT.
Foi então esse diferencial ideológico um dos motivos para o PT não se alinhar à coligação Novo Marco?
Sim, essa é uma de nossas muitas diferenças. O que se observa é que algumas posições dos candidatos são obscuras, enquanto as minhas são claras no sentido de valorizar o servidor público, assegurar saúde de qualidade, com profissionais capacitados em todas as áreas, criar uma secretária de Direitos Humanos para promover políticas públicas voltadas para as comunidades quilombolas e LGBTI.

Essas propostas não são abraçadas pelos outros candidatos?
Paradoxalmente, os candidatos 14 e 40 são liberalizantes, eles querem o Estado Mínimo, seguem o mesmo padrão ideológico. O prefeito demitiu 160 vigias da Itaurb, nós queremos revitalizar a Itaurb, uma empresa que já foi referência nacional em coleta seletiva, que deixou de existir na cidade.
No nosso governo o Saae não será privatizado, nem seguirá essa política de terceirização, um eufemismo para privatizar o que dá lucro. Era o que Ronaldo Magalhães pretendia fazer com a captação de água no rio Tanque.
Já o candidato 40 fala em reduzir a máquina administrativa, quando achamos que devemos torná-la mais eficiente, assumindo papeis essenciais que são intrínsecos do Estado e não da iniciativa privada.
Vamos abrir o restaurante popular em Itabira. Existem quatro restaurantes populares em Belo Horizonte que servem refeições de qualidade a R$ 2.
O PT não viu pontos em comum com a coligação Novo Marco, que propõe renovação, e que poderiam resultar em um programa mínimo de governo?
Que renovação é essa com João Izael junto, que foi vice de Ronaldo e prefeito por duas vezes, com Cácio Guerra (ex-vereador e secretário municipal de Desenvolvimento Econômico no governo de João Izael)?
Temos propostas bem distintas. Eu até gostaria que houvesse debates para deixar tudo isso bem claro para o eleitorado. Posso ser derrotado, mas a população precisa saber em quem está votando, para não ser enganada pelo marketing dos candidatos.

Acredita mesmo na viabilidade de sua candidatura ou é só para marcar posição?
Acredito, primeiro por ser uma eleição atípica, em meio a uma pandemia, um fator que irá mexer nos resultados das eleições. E temos recentes precedentes de candidatos vitoriosos que não apareciam nas pesquisas.
O Kalil (Alexandre, prefeito de BH, candidato a reeleição) foi eleito com apoio de dois partidos, elegeu apenas quatro vereadores em uma bancada municipal com 41. E está fazendo um governo com 60% de aprovação. No início da campanha ninguém dizia que ele ia vencer.
Outro exemplo é do próprio Zema (Romeu, governador, do Novo). Ele só apareceu a quatro dias da eleição e venceu. Não sei se esse fenômeno repete, mas a eleição em Itabira está em aberto e podemos surpreender.
A sua candidatura com o vice Tião Ferró, além de Ceomar Santos, único candidato a vereador pelo PT, lembram muito as aventuras de Dom Quixote.
Tem a ver um pouco com isso mesmo. É uma luta por sonhos que podemos realizar por Itabira. A candidatura de Ceomar é interessante e pode capitalizar os votos de legenda, no 13. Está no partido há muitos anos. É um senhor de 82 anos muito conhecido na cidade.
Como vê a questão da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) construída no Fênix?
Existe toda uma polêmica em torno da construção dessa UPA, que eu não acompanhei. Mas Itabira precisa de uma UPA na região do bairro Fênix, Gabiroba e Pedreira.
Que história é essa de oferecer dentadura em troca de votos?
Só quem tem todos os dentes não sabe a falta que faz. Eu não estou oferecendo dentadura em troca de votos. Desde 2010, o professor Humberto Pucca, da UFMG, que foi coordenador nacional de Saúde Bucal no governo Lula, ajudou a criar os Centros de Especialidades Odontológicas com periodontia, tratamento de canal, atendimento a pessoas com necessidades especiais e cirurgias.
Naquela ocasião, Lula virou para o Pucca e falou: “você não sabe o que é não ter dentes”. Desde então essa especialidade consta de tabela do SUS. Se eleito, iremos implantar no Pronto Socorro Odontológico o implante dentário e a ortodontia.
É uma política de Estado que queremos trazer para Itabira. Por isso tenho dito que no meu governo as pessoas irão poder comer, beijar e sorrir sem a dentadura cair. É um direito do cidadão.

Como vê a municipalização do Hospital Carlos Chagas?
O hospital era da Vale e foi municipalizado. Existe a possibilidade de ser transformado em hospital regional. Hoje atende à região, mas é arcado basicamente por Itabira, que repassa aproximadamente R$ 3 milhões mensais à Fundação São Francisco Xavier.
Temos que pleitear junto ao governo estadual para que seja transformado em hospital regional, quando terá uma gestão compartilhada: 50% financiado pelo Ministério da Saúde, 25% pelo Estado e 25% pelo município.
Com isso o município passaria a alocar R$ 750 mil no hospital, ficando com o que “sobra” para investir na melhoria dos demais setores da saúde no município.
Os recursos repassados pela Prefeitura para o custeio do HMCC são provenientes da Cfem.
Pois é um desvio de finalidade. Itabira tem o ônus de o hospital atender a população da região, mas não recebe recursos suficientes, a ponto de ter de desviar recursos dos royalties, que são para viabilizar outras formas de sustentabilidade para o município.
Em 2013, a proposta do governo do Estado era construir 12 hospitais regionais, hoje temos seis. O governo não tem recursos para construir os outros. Em Itabira temos um hospital que já está pronto.
O Estado nada mais precisa investir, é só reconhecê-lo como hospital regional. A Prefeitura já investiu mais de R$ 10 milhões para equipar as suas UTIs. O Carlos Chagas pode e deve ser um hospital regional de excelência.
Responde rapidinho, para terminar a entrevista: por que o eleitor itabirano deve votar em Alexandre “Banana”?
Eu nasci em Itabira. Tive oportunidade de sair. Logo que formei, em 1985 me chamaram para mudar para Portugal, com salário de 10 mil dólares. Optei por voltar para Itabira.
Gosto de minha cidade, quero ver o Valério retornar para o campeonato Mineiro na primeira divisão, isso não é ilusão. “É paixão que não tem cura”. Além disso, sou o candidato mais preparado para enfrentar o período pós-pandemia, tenho uma rica experiência na área de saúde.
Mas a pandemia não vai passar com a vacina no ano que vem?
Não vai, infelizmente. Vacina, com muito otimismo, só teremos em julho de 2021 e ainda é preciso tempo para imunizar a maioria. E teremos as consequências da pandemia.
Não vendo ilusões. Vamos sofrer por muito tempo com as suas consequências. E o poder público tem um papel fundamental a desempenhar, como já está ocorrendo.
Do orçamento do ano que vem, elaborado por este governo que está no fim, é possível remanejar 35% para outras finalidades. Isso não é bom, pois não prestigia o planejamento.
Mas, nesse caso, vem para o bem: sendo eleito, podemos direcionar parte do orçamento para incrementar os negócios dos pequenos empreendedores, que são os que mais sofrem com a pandemia, reativar o Banco do Povo para financiar também a agricultura familiar e outros projetos sociais.
Adorei a consistência da fala de Alexandre Banana!!
Ótima entrevista! E é bom lembrar que a esquerda quando disputa eleições não pensa só em vencer, eleição é um momento em que os partidos estão formando militância.
Sobre a candidatura do Marco Antônio Lage (também acho que ele não é socialista, talvez seja liberal, enquanto o PT é social democracia de esquerda a caminho do centro) é vero de que ele é muito melhor do que o Ronaldo do Posto de Gasolina, mas o vice dele … nem precisa dizer que é bolsonarista (o PR Miliciano), basta aquele olhar de guloso/ganancioso que para mim foi assustador, fico até apreensiva pela integridade do Marco Antonio, mas a escolha foi dele.
Viva Alexandre Faria, o melhor candidato para Itabira.
Ótima entrevista Vila de Utopia!
Realmente a fala consistente do Alexandre Banana repercutiu muito bem sim, reacender o petismo, lutar por uma sociedade mais justa e igualitária.
“Ahh! Quanto rock dando toque tanto
Blues
e eu de óculos escuros vendo a vida e mundo azul”
Belchior
Aproveitar agora a eleição municipal, para tirar os óculos escuros.
#foraRonaldoMagalhães
#maisverdeparaItabira
#amaremudarascoisas
Alexandre não sei se você está lendo este retângulo mas quero lhe dizer que hoje é aniversário do LULA e teve aqui uma pequena comemoração…
E que saibam os liberais e os NOVOS que o PT mesmo com todo o massacre pela operação Corrupta Lava Jato e imprensa golpista, continua sendo o maior partido de esquerda(?) do país e o nosso querido Jararaca o ex-presidente mais importante do país. Lula é um ativo do Brasil e o Alexandre um ativo de Itabira.
Vá em frente Alexandre e te digo que sua entrevista aqui na Vila de Utopia repercutiu muito bem…
Vamos todos votar no Alexandre Faria pra vida melhorar.
Viva o PT e parabéns ao Lula, um jararaca porreta…
O Chile acabou de dizer não ao estado mínimo.
E aqui no Brasil continuam investindo nessa estúpida ideia neoliberal.
E tem pobre que defende isso sem nem saber do que se trata de fato.
Muito interessante essa entrevista com o Alexandre.
Aqui pontuou muito bem sua plataforma eleitoral dos demais candidatos a prefeito de Itabira.
Sem contar certas coligações que podemos dizer espúrias, face a ideologia com quem se fez.