Na pior crise de sua história, Cruzeiro tem time para dar a volta por cima no segundo turno
Luiz Linhares*
De todas as historias que têm sido contadas, a atual é a pior e a mais dolorida. Estamos aproximando do terceiro quadrimestre e o que se quer é esquecer o presente ano: 2019 irá ficar marcado pelos maiores dissabores na vida do Cruzeiro Esporte Clube.
Termina o turno do campeonato brasileiro e em dezenove jogos só se conquista quatro vitórias, com o time celeste terminando essa fase entre os quatro piores. Se não bastasse apenas isso, o time se encontra atrelado a investigações e suspeitas de atos ilícitos praticados pela gestão do futebol profissional.
Em síntese, os atuais comandantes do futebol azul estão sem nenhuma credibilidade para implantar e praticar ações em prol de uma crescente imediata de todo o sistema.
Não adianta ter um treinador qualificado quando se trabalha em promessas e expectativas futuras. Tudo tem que ser alinhado ao cumprimento de gestão e conquista de metas.
No campo de jogo se tenta dar uma nova cara, preservando atletas de nome e dando oportunidade a jovens criados no clube. Contra o Palmeiras, nessa última batalha, apesar da derrota se viu um time mais focado, brigando mais por um objetivo.
Certamente ainda é pouco para dar a volta por cima, mas com certeza já é um primeiro passo de muitos que devem e serão dados. O Cruzeiro já não tem mais o que perder. E tudo o que for somado daqui pra frente é lucro.
Meta é salvar o ano. E esse salvamento com certeza passa por manter o time no pelotão primeiro de nosso futebol. Muito trabalho terá de acontecer e o sofrimento é sem dúvida inevitável. A fórmula para uma ação positiva pode ser escrita já no próximo fim de semana que é o de vencer o líder e todo poderoso Flamengo. Entendo que é uma missão difícil, mas acredito mesmo que possa acontecer.
Problemas extracampo e falta de peças de reposição, os grandes males do Atlético são
O que anda acontecendo no Atlético com certeza é a pergunta que o torcedor anda fazendo e quer saber. Afinal, perder cinco jogos de forma consecutiva é muito para o atleticano. A última derrota contra os reservas do Internacional, dentro do Independência e tomando “chocolate”, foi demais. A paciência chegou ao limite. O torcedor já não acredita no time sem ser correspondido.
Foi uma semana agitada, em especial com os acontecimentos extracampo, envolvendo principalmente o meia Cazares em uma baita polêmica – e ainda por cima se atrasando em mais de hora para o treinamento final preparatório para o fatídico jogo contra os gaúchos.
Enfim, o que se viu foi jogador afastado da titularidade e o time alvinegro com rendimento geral abaixo da critica. O Atlético tem um time de meia idade, que sofre para o horário da manhã. E correu errado. Acabou sendo envolvido pelo adversário e se desgastou desnecessariamente. Resultado: falhas defensivas inaceitáveis para um time de ponta do nosso futebol.
Certo é que foi muito ruim ver a partida contra o Internacional. Com o caso Cazares todo o time acabou sendo púnico. É que com ele no time desde o início da partida, o Atlético poderia ter tido um rendimento melhor.
Provou-se que a antiga dupla de zaga, que foi campeã da Libertadores, já não tem a vitalidade para acompanhar velocistas e atletas com qualidade, Acabaram sendo envolvidos com facilidade. O que se viu foi que qualquer peça que não seja utilizada, em um grupo reduzido, traz consequências amargas. Nessa partida, o Atlético não teve o zagueiro Igor Rabello, o volante Jair e Cazares só entrou no segundo tempo.
A derrota por si já é dura. Mas quando se perde para um adversário com time alternativo ou reserva, a dor é bem maior. Fica um gosto de incapacidade. Tomara que não se afete tanto para o que vem na semana, com a primeira partida pelas semifinais da Sul americana, na Argentina.
Trazer de lá um bom resultado é imprescindível para o que vai acontecer no Mineirão no jogo de volta. Calma e tranquilidade, não farão mal ao time. A história diz que cada competição tem um enredo diferente. Tomara que contra o Colón, os alvinegros não sejam envolvidos pelo tango. Que o espírito guerreiro e vingador se faça presente.