Morre Binho Geraes, músico itabirano
Ele nasceu em Salto Grande (MG), mas adotou Itabira como a sua cidade, onde residiu por muitos anos. Virou músico itabirano, incentivado pela professora Natércia Diniz, de quem foi um aplicado aluno de música na Escola Estadual Mestre Amâncio. Fábio Ronaldo Fonseca, o Binho Geraes, faleceu hoje (13/7), aos 63 anos, em Ipatinga, onde estava residindo, vítima de enfisema pulmonar e anemia aguda.

Para o músico Genésio Reis, um de seus primeiros parceiros desde o tempo do ginásio, a sua morte foi uma grande perda para a cultura itabirana. “Binho era como um irmão, um parceirão, um sonhador como todo poeta. O seu último sonho, que não chegou a realizar, era um projeto para tocar nas cidades por onde passa o trem da Vale”, conta. “Ganhamos muitos festivais da canção juntos.”
Outro parceiro de festivais e grande amigo foi Joaquim Primo Neto. “Começamos juntos, Binho, Genésio e eu, com o grupo Terra. Depois nos unimos com Newton Baiandeira (também músico itabirano, já falecido) e formamos o grupo Origem da Terra. Éramos ‘papas’ festivais, não voltávamos sem prêmios”, relembra o amigo.

“Binho e Fanuel (outro músico já falecido, violonista e que viveu muitos anos em Itabira), eram os teóricos do grupo”, recorda Primo.
Dentre os shows que fizeram, destaque para o São Francisco de Minas, no teatro do Colégio Nossa Senhora das Dores, depois na Universidade de Lavras e no comício das Diretas já, em Itabira, em 14 de abril de 1984.

No teatro do Centro Cultural participou, também em 1984, do show Situação, sempre na companhia dos parceiros itabiranos. “Uma perda incomparável para a música e para todos nós, seus amigos de tantas parcerias”, lamenta Joaquim Primo
(ouça aqui Binho Gerais