Manifestação em Itabira pró-impeachment de Bolsonaro não reúne milhares, mas teve palavras de ordem contundentes contra o presidente

Em todo o país, nas capitais e também no interior, uma multidão saiu às ruas neste sábado (19) para protestar contra o que chamam de política genocida do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), por atrasar a compra de vacinas e menosprezar a pandemia, promovendo concentrações, desdenhando das medidas protetivas que salvam vidas.

Em Itabira, manifestantes se reuniram pela manhã em frente à rodoviária e saíram em passeata pela avenida João Pinheiro até a praça Acrísio de Alvarenga. A manifestação local não reuniu uma multidão, mas foi expressiva e contundente nas palavras de ordem ao pedir o impeachment do presidente.

Manifestantes pedem impeachment de Bolsonaro, vacina no braço, emprego e comida para quem tem fome (Fotos: Carlos Cruz)

Entre os manifestantes itabiranos, muitos ativistas carregavam bandeiras do PT, do PSOL, das Brigadas Populares, como também da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG).

Passeata

Pela avenida João Pinheiro, a passeata recebeu manifestações favoráveis de populares com buzinaço, mas também houve quem expressasse apoio ao presidente Jair Bolsonaro, como se observou em algumas residências.

Bandeira do Brasil estendida em favor de Bolsonaro: livre manifestação como contraponto

Bolsonaristas contrapunham à passeata com palavras duras contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), cuja candidatura à presidência em 2022 já é tida como certa na disputa do segundo turno, provavelmente contra Bolsonaro.

As manifestações no país ocorrem em uma conjuntura que caminha desfavorável ao presidente.

A sua imagem está bastante desgastada diante do crescente número de mortes por Covid-19, já se aproximando de 500 mil – e também pelas revelações bombásticas da CPI do Senado.

Pauta de reivindicações

As sucessivas alta de combustíveis não entraram na pauta, mas o peso da inflação também se faz presente entre os motivos para pedir o impeachment de Bolsonaro

Além do pedido de impeachment do presidente, as manifestações em todo o país apresentaram uma pauta diversificada. Pedem mais vacinas e criticam o valor irrisório do auxílio emergencial que tem sido oferecido pelo governo federal, com atraso e sem que chegue a todos os que necessitam desse apoio por viverem em situação de vulnerabilidade social, agravada severamente com a pandemia.

Os manifestantes cobraram agilidade na aquisição de imunizantes e vacinação em massa de toda a população contra a Covid-19. Reivindicam também o pagamento de auxílio emergencial de R$ 600 – e não a quantia irrisória de R$ 150 “que mal dá para comprar um botijão de gás”.

O secretário de Obras, José Maciel e manifestantes: “estou aqui como cidadão”, salientou, recordando da militância estudantil contra a ditadura militar no final da década de 1970

E não deixaram de cobrar a apuração do assassinato da vereadora Marielle Franco, cujas investigações apontam para a participação de milicianos ligados à família e vizinhos do presidente. “Quem matou Marielle? Conte tudo, Witzel.”

Na manifestação em Itabira, os organizadores distribuíram máscaras PFF2 aos participantes. E a todo instante alguém oferecia álcool em gel para a assepsia das mãos, assim como também para higienizar o microfone que passava de mão em mão entre os ativistas e organizadores do evento. A recomendação para manter o distanciamento social foi também foi recorrente.

No final, na praça Acrísio de Alvarenga, os ativistas e organizadores discursaram com mais contundência contra “a política genocida do presidente”, pelo descaso com a pandemia e desrespeito aos mortos e a seus familiares.

Dirigiram também aos comerciantes: “se o seu comércio fechou, a culpa é de Bolsonaro que não comprou vacina para todo mundo, para o seu empregado trabalhar em segurança.”

Posts Similares

3 Comentários

  1. o cara deitado no banco, na primeira foto, diz tudo.
    símbolo da realidade que fez o país retroceder, depois de um avanço social e econômico.
    voltamos ao patamar de antes

    e que bom que itabira foi às ruas. isto é significativo.

    e agora são 500 mil mortos pelo vírus.
    e ainda vem o ministro da comunicação, fabio martins, dizer besteira. queria, diz a nota que ele divulgou, que o Brasil deveria comemorar os 18 milhões de brasileiros que foram infectados e se curaram.

    repetiu o chefe-presidente e outros homens do presidente e os jornais das TVs, como record, rede tv, sbt.

    ora, queriam o quê. que morressem todos os que se infectassem?
    é justamente o alto número de infectados que causa o aumento de mortes.

    hoje são mais de 500 mil.
    meio milhão de pessoas.

    triste, muito triste.

    ah, fábio martins é casado com patrícia abravanel, filha de silvio santos.
    parece que os dois disputam quem diz mais besteiras.
    incrivel

  2. Cristina, são de lata e de reza.

    não se faz mais miltons buenos como antigamente

    pelo que se vê, a luta deles é só na base do meu pirão primeiro
    o resto interessa pouco ou quase nada

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *