Mandetta adverte para o risco de uma mega-epidemia no país, enquanto Zema flexibiliza restrições na onda vermelha
De acordo com o que definiu o comitê extraordinário do programa Minas Consciente, em reunião nessa quarta-feira (27), mesmo os municípios que estiverem na onda vermelha podem manter as atividades não essenciais abertas.
Isso mesmo com o avanço da pandemia com o novo coronavírus avançando em todo o estado – e com a ameaça de ocorrer no país uma “mega-epidemia” no prazo de 60 dias, conforme adverte o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta.
O ex-ministro da saúde está preocupado com a disseminação da nova variante do coronavírus registrada em Manaus, no Amazonas.
Já o governo de Minas Gerais, preocupa-se com a crise econômica no estado e com a queda de arrecadação. E apresenta a flexibilização na terceira edição do Minas Consciente como uma “modernização” das medidas restritivas.
É assim que justifica a fase 3 do programa pelo fato de já se ter, ainda em fase incipiente, lenta e insegura, dado início à campanha de vacinação no estado.
Com isso, ainda com a pandemia sem controle, mesmo na onda vermelha todas as atividades econômicas podem funcionar, com medidas restritivas que, na prática, são pouco observadas.
“Com a chegada das vacinas, temos a oportunidade de aperfeiçoar o programa com essa terceira edição, promovendo a flexibilização das atividades econômicas”, disse em coletiva de imprensa o secretário de Estado da Saúde, o médico Carlos Eduardo Amaral.
Segundo ele, o país vive mais uma grande crise epidemiológica com a nova variante do vírus vindo de Manaus. “O mundo inteiro está fechando os voos para o Brasil, temendo por essa nova onda”, disse ele. Isso enquanto “pacientes do Amazonas são transferidos para outros estados sem fazer bloqueios de biossegurança, critica o ex-ministro.
Mandetta teme pela propagação da nova cepa em todos os estados brasileiros. “Daqui a 60 dias podemos ter uma mega-epidemia no país”, adverte.
Segundo ele, o governo federal ficou ao lado do vírus e continua desdenhando com o número de mortos no país, disse o ex-ministro ao participar de um programa de entrevista na TV Cultura de São Paulo.
O alerta do ex-ministro ocorre quando o Brasil já ultrapassa a casa de mais de 220 mil óbitos pela doença, com registro de 63.520 novos casos nessa quarta-feira. Já são quase 9 milhões de brasileiros infectados pelo vírus que assusta e paralisa todo o mundo.
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