Luiz Felipe Scolari reacende a esperança de dias melhores para o Cruzeiro

Luiz Linhares*

É muito complicado prever o pensamento do próximo. Fico pensando o que leva uma pessoa de sucesso a se emblemar em projetos de extrema dificuldade.

Este é o desenho que faço em relação à  chegada de Luiz Felipe Scolari, o Felipão, ao comando técnico do Cruzeiro, que se encontra em situação bastante complicada.

Um treinador campeão do mundo, com conquistas por equipes e seleções de vários continentes, vivendo uma vida de calmaria total e absoluto sucesso profissional e financeiro.

Reconheço que aquilo que vivemos vai deixando marcas e momentos que traduzem um turbilhão de situações, talvez as mais corriqueiras sejam a gratidão e reconhecimento, ficando aquele famoso te devo esta. Ou mesmo o meu muito obrigado de coração.

Algo neste sentido com certeza, como um dever ou mesmo uma obrigação, é o que com certeza traz o treinador para um cenário absolutamente diferente ao que pode ter sido vivido em seu início de carreira.

Os grandes treinadores buscam muito projetos, objetivos que em mente os mandantes tem para com seu clube. E a grandiosidade deste aparado no Cruzeiro Esporte Clube tem uma força sem tamanho.

É o reconstruir um gigante que foi praticamente exterminado de seus propósitos. Uma estrela reluzente que se fez cadente. E que, digamos, como em um passe de mágica precisa reencontrar com o bom futebol e assim voltar com seu brilho total.

Tudo vai começar nesta segunda, quando o novo treinador terá o primeiro contato com o grupo e início de uma avaliação individual, para saber quem é e o que pode render neste objetivo.

Contar com o seu conhecimento, sua capacidade de alterar o curso das coisas é tudo que o cruzeirense almeja. Ter o Felipão é sinônimo de esperança em algo diferente, é ter pessoas que se somarão para deixar o caminho mais plano e visível. É o juntar forças e se tentar, no curto e médio prazo objetivos claros. Terá muito trabalho pela frente, com certeza.

Com a chegada de um treinador de ponta, somada à expectativa de solução para pendências na FIFA, para que sejam sanadas, tudo isso dará ao clube a possibilidade de se reforçar, trazendo de volta a esperança de dias melhores ainda para o ano seguinte,  que é do centenário.

Missão difícil, com certeza. Só com vitórias as estatísticas que apontam perigosamente para um terreno não desejado, mudam essa história. E que milagres possam ocorrer, unindo-se ao trabalho e esforço. Se somar toda essa conjugação de forças, o torcedor pode esperar o brilho desta estrela ainda nesta batalha.

Ainda sem contar com Matias Zaracho, Atlético reassume a liderança isolada se derrotar o Bahia

O argentino Matias Zaracho já participa de treinamento com bola na Cidade do Galo (Foto: Pedro Souza/Atlético). No destaque, Felipão chega ao Cruzeiro como grande esperança (Foto: acervo do Cruzeiro)

Escrevo esta crônica esportiva na manhã desta segunda-feira (19), quando o Atlético já se dirige para Salvador, onde irá enfrentar um Bahia bem instável e mal no campeonato.

A vitória retorna com o Galo para a liderança isolada no Brasileirão. O tropeço último contra o Fluminense, no Mineirão, serve de exemplo para encarar cada jogo como uma decisão.

O time não pode ser lento e sonolento como foi na última partida. Não se pode achar que a qualquer momento decide a partida favoravelmente. Afinal, é preciso ter força de vontade e firme determinação para superar tudo isso com a qualidade do bom futebol que o time, no geral, tem apresentado.

Tendo a partida contra o Fluminense como parâmetro, o que se viu foi um time de garotos dispostos a mostrar talento e muita vontade de jogar. Foi assim que o time se fez eficiente e suportou uma pressão gigante de segundo tempo.

Não se pode falhar na cara do gol, é o recado para não se repetir esse desenho contra o Bahia. Com a chance ou as chances no pé, a bola tem que ser colocada na rede. Daí que é preciso a finalização, um fundamento que se faz bem necessário.

E que m pode, que se acerte, é o que a torcida penhoradamente cobra de seus atletas. Chega agora o argentino Matias Zaracho, 22, grande promessa do futebol argentino agora já quase ponto para vestir a camisa alvinegra. Por lá já faz acontecer. Chega ao Galo para buscar a camisa 10 e assim amadurecer para o futebol europeu.

Tomara que Zaracho se encontre por aqui. Só pela nacionalidade já mostra que tem o perfil atleticano – talento e raça devem fazer que se identifique com a torcida atleticana.

Já foram mais de R$ 180 milhões em investimentos – e pode chegar a mais – e o Atlético colocará quase um selecionado à disposição de Sampaoli. É assim que o atleticano renova cada vez mais a esperança de um grito de campeão ao fim do Brasileirão.

Com seguidas vitórias, América já vislumbra um futuro melhor pela frente

América volta a vencer sucessivamente e já sonha com a volta à primeira divisão do Brasileirão (Foto: Mourão Panda/América)

O América vive um momento especial. Após passar por uma sequência sem vitórias, empates seguidos, venceu Vitória em Salvador.

Depois derrotou o Náutico em Belo Horizonte e o Botafogo em Ribeirão Preto (SP).

Está na terceira colocação e joga nesta semana com o Brasil de Pelotas e o Confiança, ambas partidas em casa.

Se nada de diferente acontecer no roteiro já traçado, o América pode chegar ou se posicionar muito bem com vistas ao próximo ano.

*Luiz Linhares é diretor de Esportes da rádio Itabira-AM.

 

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2 Comentários

  1. Caro Luizinho, começo a me interessar por crônica de futebol pelos seus artigos aqui na Vila, na verdade os fatos em si não me são importantes mas a forma como você escreve é que o interessante, gosto muito. Obrigada

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