Leonardo Reis, do Comitê Popular dos Atingidos pela Mineração, assume nesta sexta-feira a presidência do diretório municipal do PSOL
Foto: Carlos Cruz
Alguém já disse que a política é a arte da guerra em tempo de paz, enquanto Sun tzu, um vitorioso estrategista militar chinês, no século V a.C., autor do clássico Arte da Guerra, dizia que a política, assim como a guerra, “é uma questão de vida ou morte, a estrada da sobrevivência ou da ruína do Estado”.
Já Karl Marx (1818/1883) defendia que a luta de classes é o motor da história, que se realiza também por meio da política, como uma das alavancas necessárias para promover as transformações sociais em favor do proletariado.
E que essas transformações passam pelo socialismo, transição para o comunismo, quando a distribuição das riquezas passa a ser feita a “cada um segundo a sua capacidade e as suas necessidades”, o que era também uma premissa dos primeiros cristãos.
É assim que a política pode ser arte a serviço dessa transformação, promovendo mudanças estruturais da sociedade.
Mas para que ocorram essas transformações, além das lutas diárias no chão de fábrica, nos sindicatos e em outras trincheiras, a política partidária é também instrumento fundamental para a organização social do proletariado ainda sob o jugo do capitalismo.
Posse
Todo esse “nariz de cera” é para informar que o ativista do Comitê Popular dos Atingidos pela Mineração em Itabira e na região, o professor universitário Leonardo Ferreira Reis assume, nesta sexta-feira (29), a partir de 18h, no auditório da Câmara Municipal de Itabira, a presidência do renovado diretório municipal do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL).
“O novo diretório será composto por membros de movimentos sociais e coletivos que veem atuando no município de Itabira nos últimos anos na luta pelos direitos dos atingidos pela mineração, pela dignidade dos moradores da periferia, por transporte público de qualidade, pela luta feminista e antirracista, pelas comunidades quilombolas e a agricultura familiar, assim como pela educação pública de qualidade”, salienta Jackson Nunes, atual presidente, no convite para posse da nova diretoria do PSOL em Itabira.
“Neste ano de 2022 o PSOL tem a tarefa de participar da construção de uma unidade popular que traga novamente esperança e comida para as famílias brasileiras, vencendo o bolsonarismo e todo o atraso que ele representa”.
Afirma ainda que a nova composição do diretório do PSOL em Itabira “é reflexo das lutas travadas em defesa da vida, contra esse governo genocida, contra a dependência econômica e os impactos socioambientais da mineração”
“Esta é uma nova fase da política institucional na cidade, que sofre com a falta de representantes que defendam os interesses das trabalhadoras e dos trabalhadores e coloque o povo itabirano à frente das decisões sobre o seu próprio futuro.”
Oxigenação
A renovação do PSOL em Itabira é super bem-vinda para oxigenar a política municipal, atualmente dominada por partidos do centro à extrema direita, com a hegemonia conservadora que se reflete nos embates na Câmara Municipal e em toda a política no município.
É hora também de o Partido dos Trabalhadores (PT), que já administrou a cidade com o ex-prefeito Jackson Tavares (1997-2000), reestruturar o seu diretório municipal para voltar a ser uma força política expressiva em Itabira nas próximas eleições municipais, assim como também certamente será o renovado PSOL itabirano.
E aí, Alexandre Banana, o que tem a dizer sobre o último parágrafo?
Desta matéria destaco a importância do professor Leonardo, que sem ser nativo ou itabirano da gema, trabalha pela coisas certas na cidade com assertividade e pulso. Esta aí um bom exemplo pra gente de Itabira