Lenda do rock progressivo, Neil Peart, baterista da banda Rush, agora é eterno
Por Daniele Miranda*
Eu tinha 16 anos quando a banda Rush lançou seu décimo quinto álbum em estúdio, Test for Echo, e um colega de escola, Paulo Abinair, me apresentou ao som que eu nunca mais deixei de ouvir.
Amante de MPB e rock nacional, me rendi completamente ao virtuosismo do power trio canadense com seu rock progressivo de altíssima qualidade. Rush está nas minhas galerias de música, nas conversas que tenho em roda de amigos, nas minhas postagens em grupos de música.
Sei que o som do Rush não é para todos, pois nunca foi uma banda de grande apelo comercial no Brasil. Porém, mesmo quem nunca ouviu falar no grupo, escutou na década de 1980 a abertura da série MacGyver, Profissão Perigo, em que o tema era a introdução da clássica e icônica música Tom Sowyer.
Acompanhando então as escassas matérias às quais eu tinha acesso na época, com poucas revistas especializadas nas bancas, descobri que o baterista da banda, Neil Peart, era um fenômeno à parte.
Principal letrista do grupo, havia sido eleito o melhor baterista de rock do mundo entre os anos 1980 e 1986 pelos leitores da revista Modern Drummer, e que a Rolling Stone o havia classificado como um dos cinco melhores bateristas de todos os tempos. Outros prêmios e títulos foram recebidos posteriormente.
Sua proficiência, criatividade, precisão e habilidade incontestáveis colocaram Neil Peart num patamar quase inatingível de virtude e referência nas baquetas para músicos que o acompanhavam.
Neil Peart esteve no Rush desde 1974, pouco tempo depois do lançamento do primeiro álbum da banda, até 2015, quando o grupo encerrou suas atividades em decorrência de problemas de saúde do próprio baterista.
Ele lutou por três anos e meio contra um câncer cerebral e faleceu dia 7 de janeiro de 2020, aos 67 anos.
Como músico monumental do rock, partiu o homem, mas ficou o seu legado imensurável. Neil Peart é uma lenda. É inesquecível e, portanto, imortal.
Reverências eternas a você, Neil.
*Daniele Miranda é historiadora e servidora municipal
E também aqui https://www.youtube.com/watch?v=auLBLk4ibAk
Foto: Jesse Gant/Getty Images
Dani, que delícia de relato! Queremos mais! Fiquei com vontade de ouvir o som do Rush. Que o Neil Peart descanse em paz. Grande abraço.
Um texto esplêndido para um artista de talento imensurável.
Que ótimo texto Dani…. Não esperava pra coisa…. Uma pena essa perda….o rock tem mais uma baixa! 😢😢
Muito boa a matéria! Neil foi um diferencial na bateria do Rock n’ Roll. Agora se tornou mais uma de suas lendas.
Dani, sou suuuuuuper fã!!!
Trilha sonora desde os meus 12 anos!
Amo!