Itabiranos aprovam a Vale mesmo com a mineração chegando ao fim, indica pesquisa
Mesmo com a empresa Vale anunciando que as suas reservas e os seus recursos de minério de ferro estão chegando ao fim, o itabirano continua vendo positivamente a atuação da mineradora no município.
A imagem positiva da emprega foi aferida em diversos segmentos pela última pesquisa do instituto DataMG – Centro de Informações e Pesquisas, realizada entre os dias entre os dias 26 a 31 de julho. Portanto, após a divulgação do formulário Form20 (leia aqui).
De acordo com os resultados apurados, 62% dos entrevistados responderam que a empresa “faz bem” a Itabira.
Já o universo dos que acham que a mineradora “não faz bem” ficou restrito a 20%, enquanto 18% não souberam ou não quiseram responder.
Foram entrevistados 350 pessoas em um universo de 90 mil moradores com mais de 16 anos. A pesquisa foi feita por amostra aleatória, em pontos de grande fluxo na cidade.
Foi segmentada por sexo, idade, escolaridade e região geográfica. A margem de erro é de 5,2%, com intervalo de confiança de 95%.
De positivo, a pesquisa destaca a geração de empregos. Já o ponto negativo fica por conta da poluição do ar, que atinge praticamente toda a cidade, com maior intensidade neste período de estiagem.
Outros impactos positivos da mineração, segundo os entrevistados, são a geração de renda e o pagamento de impostos.
Ainda entre os pontos negativos, os entrevistados relacionaram também a excessiva dependência econômica à mineração. A degradação paisagística, além da poluição do ar, é outra crítica que os entrevistados apresentaram.
Fim do minério
A pesquisa não refletiu negativamente o relatório que a empresa repassou à Bolsa de Nova Iorque, nos Estados Unidos, Foi quando a Vale informou aos investidores internacionais que a exaustão das minas de Itabira deve ocorrer em 2018.
Isso, provavelmente, pelo fato de que essa informação já é de conhecimento público em Itabira desde o início da década de 1990, quando foi lançado o projeto Itabira 2025, pela Acita. A data foi escolhida por projetar o momento em que a extração de minério se tornaria economicamente inviável no município.
A empresa, entretanto, assegura que permanecerá na cidade por mais tempo. Isso por pretender viabilizar a extração e o beneficiamento de outros recursos existentes em suas minas locais – e também trazendo minérios de outras localidades para concentrar no complexo minerador de Itabira.
Série histórica
Essa última pesquisa integra uma série de cinco realizadas nos últimos 12 anos pelo instituto DataMG.
O único momento em que a percepção de que a mineradora “faz mal” ao município foi maior que “faz bem” coincidiu com o auge da crise econômica de 2008/9 (veja gráficos). Foi quando ocorreram muitas demissões na empresa, inclusive com o corte de empregos indiretos.
Naquela ocasião, em 2009, apenas 43% responderam que a mineração “faz bem” a Itabira, enquanto 46% disseram que “faz mal.”.
Já o pico de aprovação coincidiu com o período em que a empresa investia no projeto Itabiritos, com a construção de uma nova usina e adaptação das antigas usinas Cauê e Conceição para processar o minério itabirito compacto.
Na pesquisa de 2006, 71% dos entrevistados disseram que a mineração “faz bem”, enquanto apenas 21% responderam que “faz mal” à cidade.
Naquela ocasião, foram gerados cerca de 8 mil empregos diretos nos canteiros de obras, sendo que a metade foi recrutada em Itabira e na região.
Para que isso ocorresse, a Vale lançou o Programa de Preparação para o Mercado de Trabalho (PPMT), em parceria com o Senai.
Metodologia
De acordo com o diretor do instituto DataMG, Adilson Simeão, o princípio da amostragem aleatória, utilizada na série de pesquisas, pressupõe que todos os indivíduos que compõem o universo têm chances de ser entrevistados.
“A amostragem, por extratos, se faz justamente para que seja fiel ao universo pesquisado”, explica. Ainda segundo ele, o último senso do IBGE indica que Itabira tem uma população constituída por 52% de mulheres e 48% de homens. “Essa proporção foi observada na amostra em que fizemos a pesquisa.”
Gentileza informar:
Foi essa a empresa que apresentou resultados sobre a eleição no Sindicato METABASE?
É o mesmo instituto de pesquisa. Leia comentário abaixo, do nosso colaborador Mauro Moura. Leia também o que escreveu o Adilson Simeão, do DataMG.
Dora, obrigado pelo comentário. Também agradeço ao Carlos Cruz pela oportunidade.
O DataMG é uma empresa com sede em Itabira, há 16 anos atua no mercado de pesquisas. Neste período acumula vários acertos e poucos erros.
Quanto ao questionamento se foi nossa empresa que fez o levantamento de pesquisas para as eleições do Metabase 2018. Sim fomos nós.
A referida pesquisa, que não é objeto deste post, foi realizada entre os dias 26 a 31 de julho. As eleições foram realizadas entre os dias 08 e 09 de agosto. Portanto uma semana após o levantamento. Levando-se em consideração que a pesquisa fez a seguinte pergunta: Se as eleições fosse hoje (26 a 31 de julho), em qual chapa votaria? Cremos firmemente que naquele momento, sim, era o resultado que os associados estavam predispostos a optar.
Nós como pesquisadores temos a premissa de calcular resultados e prever acontecimentos, mas confesso a vocês que nos últimos tempos ficou cada vez mais difícil prever resultados eleitorais. Com o advento das Redes Sociais as opiniões se tornaram cada vez mais voláteis, incertas, complexas e ambíguas.
Para tanto, logo após os resultados das urnas, voltamos a campo, nos dias 10 e 11 de agosto, para perguntar aos associados da entidade sindical se eles tinha mudado de voto. O que de fato aconteceu. Ou seja cerca de 40% dos que afirmaram votar na Chapa de situação, disseram que na hora da votação mudaram de voto. Pelos motivos nos quais não cabe a nós julgar.
Portanto respeitamos grandiosamente os resultados das urnas, aprendemos fortemente com essas experiências únicas e estamos focados em desenvolver cada dia mais nosso negócio para contribuir com a nossa sociedade que vivemos.
Interessante notar o resultado dessa pesquisa para a mineradora Vale (vale?).
Primeiramente, em observação da leitora Dora, este Instituto DataMG é o mesmo que fez a pesquisa eleitoral para a “Chapa 1” do Sindicato Metabase. Informou o DataMG que a Chapa 1 iria ganhar com 66%. Bem, se olharem esse resultado da pesquisa confrontando com o resultado da eleição, ficou exato!
Explico, basta inverter o resultado e quem teve os 66% foi exatamente a “Chapa 2” e parece que estavam elaborando a pesquisa olhando por um espelho.
Agora, baseando o resultado desta pesquisa do DataMG para a “Chapa 1” e levando para o lado da pesquisa que o mesmo fez para a mineradora Vale vale?), então teremos o mesmo resultado invertido. Basta fazerem uma simples conta de regra de três simples.
Como é que essa operação de extração mineral que tanto mal faz à cidade e aos moradores, com excesso de poeira, barulho e até mesmo terremoto com hora marcada pode conseguir que os itabiranos aprovem tanto mal junto?
Ademais, a mineradora Vale (vale?) não dá mais garantia de empregos, a distribuição de lucros com os empregados sempre é uma queda-de-braço, já quase não compra no comércio local e além de tudo é grande devedora de impostos ao município de Itabira, sendo que esta falta do pagamento destes impostos/CFEM sonegados no passado causam grande impacto no atendimento geral da prefeitura ao cidadão.
E o pior de tudo isto é que por conta de a mineradora Vale(vale?) ter bebido literalmente quase toda a água da cidade, agora o SAAE vem distribuindo nova fórmula de água aos usuários cidadão, pois a mesma agora tem chegado em nossas torneiras com gosto, sabor e cheiro.
Seria necessário essa mineradora contratar um instituto de pesquisa de renome e que trabalhe com independência para que possamos avaliar melhor o resultado de qualquer pesquisa patrocinada por ela, principalmente em momento de grande agudeza como este que estamos vivendo ao saber que daqui a dez anos a mineradora já não estará mais operando na cidade.
Mauro, bom dia
sobre os resultados da pesquisa DataMG nas Eleições Sindicais, acima fiz um comentário na pergunta da Dora
peço a gentileza de lê-lo para melhor compreensão de nosso trabalho
att