Itabira avança para onda amarela mesmo com o surgimento de novas variantes mais contagiosas e mortais
O país e o mundo estão enfrentando novas ondas pandêmicas com o surgimento de variantes do novo coronavírus (Sars-CoV-2), mais contagiantes e letais com as suas perigosas mutações.
São os casos da P.1.2, derivada da P.1 de Manaus, e agora com a chegada no Rio da variante indiana, que tem se revelado mais mortal, levando a Índia à segunda onda, mergulhando o país em gravíssima crise sanitária.
Mas mesmo com o agravo da pandemia em todo o mundo, e mais ainda no Brasil onde não existe uma gestão nacional eficiente, com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) desdenhando das mortes e da própria pandemia, a microrregião de Itabira, com 13 municípios, “progride” para a onda amarela a partir deste sábado (8).
A progressão ocorreu por deliberação, na manhã desta sexta (7), pelo Comitê Extraordinário Covid-19, do programa Minas Consciente.
Com isso, atividades não essenciais podem reabrir, mas com restrições. Novo decreto deve ser editado pelo prefeito Marco Antônio Lage (PSB) após o Centro de Operações de Emergência em Saúde (Coes) se reunir na tarde desta sexta-feira.
Com a flexibilização das medidas restritivas, atividades e comércio considerados não essenciais voltam ao quase pleno funcionamento, de acordo com o programa de regulamentação da economia mineira em tempos de pandemia.
Além de Itabira, o comitê deliberou pela progressão para a onda amarela as micros de João Monlevade, Além Paraíba, Juiz de Fora/Lima Duarte e Santos Dumont, na região Sudeste.
Precauções
“Estamos indo para a onda amarela, mas ainda não temos o controle da pandemia, pois temos menos de 10% da população itabirana vacinada com a segunda dose”, informou Marco Antônio Lage em seu pronunciamento semanal pelas redes sociais nessa quinta (6).
“A estabilidade somente será obtida quando o município tiver com mais de 50% de sua população imunizada”, ressaltou o prefeito. Segundo ele, o que possibilitou essa “evolução” foi a taxa de transmissão (Rt) em 0.76, que vem sendo mantida nos últimos dias, embora tenha parado de cair, o que é motivo de preocupação.
Outros indicadores são as taxas de ocupação de leitos nas UTIs (60,5%) e nas enfermarias (31,3%). Mas é importante ressaltar que a melhoria desses parâmetros foi possível, principalmente, após a abertura de novos leitos nos hospitais Nossa Senhora das Dores e Carlos Chagas. Confira mais dados no portal Itabira no Monitoramento da Covid-19.
“É preciso que a população continue tomando todos os cuidados. Não façam grandes festas de família no Dia das Mães, pois muitas contaminações têm ocorrido nessas reuniões. Se todos não cuidarem, podemos ter novo pico da pandemia, o que pode levar novamente ao colapso no atendimento nos hospitais”, advertiu Marco Antônio Lage.
Foi o que ocorreu com as micros de Araçuaí e Diamantina/Serro, no Jequitinhonha, Patos de Minas/São Gotardo, na região Noroeste, Brasília de Minas/São Francisco/Januária, na região Norte, e Muriaé e Ubá, na região Sudeste. Todas essas microrregiões estavam na onda amarela e retornaram para a vermelha após apresentarem piora nos índices da pandemia.
Perigo ao lado
Agora na onda amarela, Itabira passa a observar regras menos restritivas, o que é uma temeridade, no mínimo. É que, com o pico da pandemia em todo o país, ainda que dê alguns sinais de arrefecimento, os riscos de contaminações são maiores com a disseminação de novas variantes mais contagiosas e mortais.
Portanto, o perigo está ao lado e de frente, nos bares e restaurantes, que terão o alinhamento de mesas caindo de três metros para 1,5 metro. A presença de fregueses, assim como em todo o comércio, passa a ser de uma pessoa para cada quatro metros quadrados. Isso enquanto na onda vermelha essa ocupação era de uma pessoa a cada dez metros quadrados.
Pela onda amarela, a ocupação no comércio passa a ser de 75%. É permitida a realização de eventos abertos com até 50 pessoas. Mas alguns setores continuam impedidos de funcionar como cinemas, parques de diversões, feiras.
Monitoramento regional
Com a consultoria da equipe do hospital Albert Einstein, contratada pela mineradora Vale, a Secretaria Municipal de Saúde está fazendo o monitoramento da disseminação do vírus por região e bairros.
Com esse monitoramento é possível desenvolver campanhas específicas e até mesmo ampliar a fiscalização nas regiões onde as taxas de transmissão estão mais altas, assim como naquelas onde o isolamento social não tem sido observado. o social.
“Vamos fazer mais testagens rápidas nos bairros mais afetados e ampliar a fiscalização do comércio”, adiantou o prefeito em sua live semanal.
Os bairros Major Lage de Baixo, Alto Boa Vista, Gabiroba, Vila Betânia, segundo o prefeito, são os mais afetados nesta semana. “São Pedro estava no vermelho, mas melhorou. Esse monitoramento é mais um instrumento de gestão da pandemia para ampliar o controle da pandemia.”
como está previsto, aguardemos as 1 mil mortes previstas
aqui no rio está tudo aberto e as pessoas morrendo nas ruas de fome e contaminadas pelo vírus
Ei, Marco Antonio Lage, tu é o prefeito, olhe pra Araraquara, não ouça a necropolitica