Itabira acende o sinal de alerta com aumento de focos do mosquito da dengue

O mosquito Aedes Aegypti possui listras brancas por todo o corpo. (Foto: Flickr)

Com as chuvas, aumentam por toda a cidade os focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chinkungunya. Em tempos de chuvas, o mosquito se aproveita da água parada para colocar seus ovos e proliferar

Entre as arboviroses, a dengue é a que mais preocupa o Ministério da Saúde. Isso porque o número de casos no país aumentou 339,9% neste ano em relação ao mesmo período do ano passado.

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Não só a Covid-19 ameaça a saúde do itabirano. Cidade convive com risco de surto de dengue com água parada em todos os bairros

Na maioria dos casos, a infecção não apresenta sintomas. Mas quando surgem, os mais comuns são febre alta (acima de 38,5°C), dores musculares intensas, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça, manchas vermelhas no corpo e dor ao movimentar os olhos.

Pode provocar também dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, além de sangramento de mucosas. Em caso extremo, há risco de morte.

Profilaxia

Nas residências estão os principais focos, daí que é preciso ter todos os cuidados para não acumular água nos recipientes (Fotomontagem: Ascom/Saúde/ES)

Com o aumento das chuvas, e o risco de água parada, é preciso que todos façam a sua parte, mantendo limpo os quintais e terrenos vagos, sem deixar vasilhames, caixas d’água e piscinas descobertos.

Para não acumular água nas calhas é preciso mantê-las sempre desobstruídas. Garrafas devem ser deixadas sempre com a boca para baixo, lixeiras bem tampadas, ralos limpos e com instalação de tela.

Semanalmente é preciso limpar ou preencher pratos de vasos de plantas com areia, limpar com escova ou bucha os potes de água para dessedentação de animais e retirar a água acumulada atrás da máquina de lavar e da geladeira, dentre outras medidas profiláticas e de combate ao mosquito.

Indicadores

Não há em Itabira um só bairro que não esteja com focos do mosquito. Os dados do último Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti (Liraa), realizado entre os dias 18 e 22 de outubro, e divulgado na sexta-feira (5), incidam que Itabira está em situação de alerta.

O índice médio de infestação na cidade é de 2,9%, decorrente de uma variação entre 0% e 20%, informa a Secretaria Municipal de Saúde, por meio da assessoria de imprensa da Prefeitura. A Organização Mundial de Saúde (OMS) admite como aceitável um índice inferior a 1%.

Em Itabira o risco é ainda médio, mas já acende o sinal de alerta. Isso porque a OMS admite como médio risco de surto de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti quando os índices se encontram entre 1% e 3,9%. Acima de 4% já é considerado surto.

Como o levantamento foi realizado em outubro, a situação pode ter sido agravada com as chuvas mais prolongadas – e a tendência é de piora. Isso no caso de a população não fazer a sua parte, de acordo com as recomendações.

“A situação em Itabira é preocupante”, afirma a superintendente de Vigilância em Saúde, Natália Franco Barbosa de Andrade. Segundo ela, a maior parte dos criadouros do Aedes aegypti foram encontrados nas residências.

Estão nas caixas d’águas destampadas, nos vasos/frascos, pratos, pingadeiras, recipientes de degelo de geladeiras, bebedouros em geral (inclusive de animais), fontes ornamentais e depósitos para armazenamentos domésticos (tonel, tambor, barril, tina, filtros, entre outros recipientes.

“O mosquito consegue sobreviver sem contato com a água por até um ano”, adverte a superintendente de Vigilância em Saúde. Portanto, mesmo depois do período chuvoso não se pode descuidar, mantendo-se a vigilância permanentemente durante o ano inteiro.

Serviço

Para informar a Prefeitura sobre locais onde há focos do mosquito, acesse o Disque Dengue: 3839-2600.

 

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