Um incêndio de grande proporção consumiu, nesse domingo (5), grande parte da fazenda São Lourenço, uma propriedade rural de 265 hectares adquirida pela Prefeitura de Itabira em 1948 e cedida à União para que no local fosse instalado o Posto Agropecuário, hoje desativado.
O incêndio na fazenda, com toda certeza criminoso, destruiu áreas de pastagens e de cultivos experimentais que estavam sendo desenvolvidos pelo Centro de Referência em Agronegócio Sustentável de Itabira e da Região (Crasir), um consórcio público-privado criado para administrar a fazenda, que foi recuperada para retornar ao domínio do município.
Por sua posição privilegiada, a fazenda São Lourenço é considerada uma das melhores propriedades rurais na região. E por estar acima do manancial da Pureza, adquire um significado ainda maior, pois nela se encontram várias nascentes.
O incêndio atingiu até mesmo áreas de brejos com vários olhos d´água, reabilitados no passado pelo projeto Mãe D’Água, do Saae, já inexistente. O projeto recuperou a mata ciliar de 13 nascentes.
Segundo divulgou o Corpo de Bombeiros, só foi possível preservar a integridade da sede da fazenda e as edificações próximas, mas “infelizmente uma grande área dedicada à pesquisa com cultivos de uva, goiaba e cana-de açúcar foi atingida pelas chamas”.
A avaliação é que o incêndio atingiu 205 hectares, quase a totalidade da área da fazenda.
“Um grande dano à flora, à fauna e à pesquisa que ali era desenvolvida”, lamentou o Corpo de Bombeiros em nota publicada no Instagram.
Recesso municipal
Com o recesso na Prefeitura, a reportagem não conseguiu fazer contato com o secretário Municipal de Agricultura e Abastecimento, Mauro Ferreira, para se ter um balanço mais detalhados dos prejuízos causados pelo incêndio.
Mas sabe-se que as perdas foram incomparáveis, tornando-se indispensável uma rigorosa investigação sobre as causas e também para identificar os responsáveis pelo sinistro.
Que haja punição e até mesmo ressarcimento dos danos, mesmo considerando que muitas perdas foram irreversíveis.
Aceiros
Com certeza faltou também abrir aceiros para proteger a fazenda e as unidades demonstrativas.
E com tantos trabalhos importantes, deveria ter uma vigilância maior, que, com certeza, impediria toda essa destruição.
Itabira já contou com brigadas de combate a incêndios florestais, que precisam ser reativadas e treinadas pela prefeitura, inclusive para proteger as unidades de conservação sobre a sua responsabilidade.
1 comentário
Ali é assim, o clima fica seco, os vizinhos põem fogo perto e acaba provocando isto por lá sempre.
É um desastre constante.