Imobiliárias de Goiás investem em arborização, enquanto Itabira minerada é uma das cidades com menos áreas verdes do país

Fotos: Divulgação

A manutenção das árvores dentro da cidade vem se tornando um grande ativo nos novos empreendimentos. Moradores cada vez mais valorizam ter a natureza por perto, enquanto Itabira permanece como uma das cidades menos arborizadas do país

Estudo realizado pela Universidade Estadual da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, revelou que a evaporação de uma única árvore pode gerar o efeito refrigerador de 10 aparelhos de ar condicionado.

Isso porque elas são capazes de proporcionar a redução térmica por meio das sombras e da transpiração, bloqueando parte da radiação solar através de suas folhas e transpirando água, reduzindo a temperatura incidente abaixo de suas copas.

Dessa forma, áreas arborizadas podem apresentar temperaturas de -4°C até -12°C quando comparadas com áreas não arborizadas em espaços urbanizados. Além disso, elas contribuem para reter particulados suspensos no ar, como são as partículas de minério de ferro despejadas em Itabira, MG.

Essas partículas causam danos à saúde, poluem o ar, degradam o meio ambiente, a exemplo do que ocorre em Itabira, que tem as maiores minas a céu aberto de minério de ferro do país e do mundo tão próximas ao núcleo urbano, mesmo com as instalações da mineradora Vale não pagando IPTU, por estarem “na zona rural”.

E é, segundo o IBGE, uma das cidades menos arborizadas do país, triste quadro que precisa ser revertido urgentmente

Benefícios da arborização urbana

Segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), 2023 foi o ano mais quente registrado na história. O Brasil registrou média de temperaturas em 24,92°C, o que representa 0,69°C acima da média histórica de 1991/2020.

Por isso, é essencial reforçar os benefícios da arborização, principalmente em áreas urbanas. Além de baixar a temperatura, elas promovem muitos serviços ecossistêmicos: melhoram a qualidade do ar ao absorver gás carbônico e purificam, retendo poluentes (como são as fuligens de queimadas e a poeira em suspensão), minimizam o barulho, estabilizam a umidade do ar, entre outras vantagens.

Motivos como esses estão tornando as árvores um grande atrativo nos lançamentos imobiliários. Estudo Tendências de Moradia, do Fipe Zap+, mostra que a proximidade de parques e áreas verdes é a segunda característica mais buscada por potenciais compradores de imóveis (29%).

O item fica atrás apenas de “estar próximo a vias de acesso e avenidas (48%)” e a frente de “estar próximo de clubes, shoppings, cinemas, teatros e museus (24%)” e “estar próximo de praias (15%)”.

Conheça alguns projetos imobiliários goianos que seguem nessa direção:

24 parques Vaca Brava no quintal de casa

No Portal do Sol Golfe, a área verde por morador é 80 vezes mais do que a recomendação da ONU. Situado às margens da GO-020, são quase 2 milhões de metros quadrados de área verde.

Ela compreende um campo de golfe, com 748.938,79 metros quadrados, as Áreas de Preservação Ambiental (APA), com 971.255,39 metros quadrados, e também as áreas de paisagismo dos condomínios, que juntas ultrapassam 288 mil metros quadrados.

Para se ter ideia, a título de comparação, todo este verde equivale a 24 parques do tamanho do tradicional Vaca Brava, situado em Goiânia.

Edilberto Jardim, coordenador de Vendas do Portal do Sol Green, comenta que um dos diferenciais sentidos pela grande presença de árvores é a redução da temperatura, o que impacta diretamente na qualidade de vida dos moradores.

“A presença de uma grande área verde como a nossa valoriza bastante o empreendimento, é algo cada vez mais desejado pelo público”, recomenda.

Parques em novas regiões

A Localiza Urbanismo incluiu um parque no bairro planejado Reserva do Bosque, em Abadia de Goiás, levando mais qualidade de vida para o novo setor, destino de muitos que estão concretizando sua primeira moradia no endereço.

Batizado como Parque do Lago, o espaço tem cerca de 88 mil metros quadrados, com lago e área verde preservada. Para se ter ideia do tamanho, ele é maior que o Parque Vaca Brava, um dos cartões postais em Goiânia.

Quando ficar pronto, o parque contará com pista de caminhada e cooper, ciclovias, academia ao ar livre, playground, espaço pet e quadra poliesportiva. Além do parque, o Reserva do Bosque conta ainda com 87.473 m² de área de preservação permanente (APP).

Encontro de rios e muito verde

Com 300 mil metros quadrados de área verde e banhado por dois rios, o Corumbá e o Capivari, o Encontro das Águas tem como ativos a privacidade e a reconexão com a natureza. O projeto, já em obras e com a segunda safra de lotes em lançamento, é inspirado em modelos de sucesso como a Fazenda Boa Vista, no interior de São Paulo.

“Nós aproveitamos a boa localização da cidade, que fica no eixo Goiânia-Brasília, onde vivem mais de seis milhões de pessoas em ritmo de vida acelerado e oferecemos uma alternativa para quem deseja “fugir” da agitação e do estresse de sua rotina, e quer mais tranquilidade para recarregar as energias”, propagandeia o empreendedor Victor.

A 10 minutos de Abadiânia, o empreendimento tem acesso pela BR-060, entre o Route 60 e Madero. A localização próxima ao município facilita a contratação de serviços de manutenção, assim como acesso a estruturas próximas como Outlet Premium, Jerivá, futuro Mcdonald’s e os já citados Route 60 e Madero.

No lugar de muros, árvores contornam todo o bairro

Em Valparaíso de Goiás, no Entorno do Distrito Federal, o bairro planejado Reserva do Vale – cidade paraíso, possui  600 mil m² de reserva natural e Área de Preservação Permanente (APP), com quatro córregos neste perímetro, e este atributo vem atraindo o interesse da população por esse diferencial.

Planejado para 50 mil habitantes, o bairro se enquadra-se na recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que sugere 12 m² de área verde por habitante.

Além das áreas de mata nativa, o Reserva do Vale – cidade paraíso vai implantar dois parques para a convivência dos moradores do bairro e também da cidade de Valparaíso de Goiás.

Um deles será o Parque Mirante do Vale, com mais de 35 mil m². “De lá, será possível contemplar a vista exuberante para a reserva natural, que acompanha todo o contorno do bairro”, diz Marco Franco, engenheiro e um dos sócios do projeto.