Hoje tem espetáculo? Tem sim, senhor, com o Coletivo Mulheres da Vida no palco do Centro Cultural de Itabira

Cena do monólogo Gabri[ELAS]

Foto: Ronaldo Gutierrez/
Divulgação

Três peças movimentam a programação do 51º Festival de Inverno e reforçam o poder do teatro como espaço de consciência e humanidade

Num tempo em que as conexões se reduzem a cliques e algoritmos regem interações humanas, o teatro emerge como um potente antídoto contra a superficialidade. Em cena, corpos, vozes e emoções pulsantes convocam o público a vivências profundas e transformadoras.

É com esse espírito que o teatro ocupa a vida cultural de Itabira, integrando a programação do 51º Festival de Inverno.

Nesta semana, três espetáculos ocuparão o palco do teatro da Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade (FCCDA), oferecendo ao público sessões gratuitas, com entrada por ordem de chegada e sujeita à lotação.

Programação teatral

Nesta quarta-feira (9), às 19h30, a estreia da semana traz o instigante monólogo Gabri[ELAS], assinado pelo Coletivo Mulheres da Vida. A peça, indicada para maiores de 16 anos, mergulha na história de Gabriela Leite, ativista histórica pelos direitos das profissionais do sexo no Brasil.

A atriz Fernanda Viacava conduz o público por uma narrativa que transcende o pessoal e abraça a luta coletiva por dignidade, respeito e cidadania.

Na quinta-feira (10), às 19h, a Cia. Ato Junto apresenta Fred e Laura, uma peça para todos os públicos que celebra o acaso e o afeto. Em cena, dois desconhecidos se encontram – e na mais será como antes. A montagem flutua entre memórias, afetos e as surpresas da existência, evocando a beleza dos encontros que mudam destinos.

A Cia. Ato Junto apresenta Fred e Laura, no Centro Cultural (Foto: Igor Cerqueira/Divulgação)

Já no sábado, 12 de julho, às 20h, encerrando a agenda teatral da semana, o espetáculo Vincent, um solo de amor transporta a plateia para o universo íntimo de Vincent van Gogh. A partir de suas cartas, o ator Jefferson da Fonseca evoca temas como saúde mental, espiritualidade e criação artística.

A peça tem classificação indicativa de 12 anos e é fruto de uma parceria entre a FCCDA e a Rubim Produções, com patrocínio do Instituto Cultural Vale via Lei Rouanet do Ministério da Cultura.

Vincent, um solo de amor (Foto: Luiz Paulo de Morais/Divulgação)

O teatro é necessário

Muito além do entretenimento, o teatro é uma poderosa ferramenta de escuta, empatia e reflexão, atributos indispensáveis em uma sociedade hiperconectada, mas muitas vezes emocionalmente desconectada da realidade.

Ao mobilizar o pensamento e tocar afetos profundos, o palco continua sendo território de resistência poética e de formação crítica. Em tempos de dispersão digital, sentar-se diante de uma cena viva é um ato de presença e consciência. Por isso, o teatro não é apenas relevante – é necessário.

E se você pretende prestigiar, a dica é simples e importante: chegue com antecedência. A entrada é gratuita, mas a ocupação se dá por ordem de chegada e os lugares são limitados.

 

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