Golpista, ex-presidente Jeanine Áñez segue presa na Bolívia

Rafael Jasovich*

A ex-presidente boliviana Jeanine Áñez foi presa na manhã deste sábado (13), informou o ministro de governo Eduardo Del Castillo Del Carpio, em suas redes sociais.

Áñez foi acusada de terrorismo, conspiração e sedição durante a renúncia de Evo Morales — avaliada como golpe pelo partido, o MAS.   E pela maioria do povo boliviano que em nova eleição elegeu o candidato do MAS.

“Informo ao povo boliviano que Jeanine Anez já foi apreendida e neste momento está nas mãos da polícia”, comunicou.

“Quero parabenizar o grande trabalho do nosso Comando Geral da Polícia Boliviana, da Direção Nacional de Inteligência DNI e da FELCN nesta grande e histórica tarefa de dar justiça ao povo boliviano”, completou.

Um promotor também emitiu mandados de prisão na quinta-feira para o ex-chefe de polícia Yuri Calderón e o ex-comandante das Forças Armadas Williams Kaliman, por acusações de terrorismo e conspiração.

Jeanine Áñez assumiu a presidência da Bolívia interinamente após a renúncia de Evo Morales, em 2019.

Sua administração interina, de 11 meses, havia detido alguns membros do governo anterior, liberdade de imprensa zero, prisão arbitraria e perseguição aos indígenas.

O partido socialista MAS, de Morales, voltou ao poder nas eleições de outubro passado com a vitória do ex-ministro da Economia Luis Arce.

O ex-presidente ainda desempenha papel de liderança no partido, e seus apoiadores alegam que ele foi deposto por meio de um golpe.

Um bom exemplo, este é teu destino capitão.

*Rafael Jasovich é jornalista e advogado, membro da Anistia Internacional

Imagem: Reprodução/G1

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