Festival de Inverno de Itabira, sem artistas locais, ofende a diversidade cultural de nossa cidade

Luiz Bira e Newton Baiandeira fizeram históricas apresentações nos primeiros festivais de inverno de Itabira. Baiandeira esteve à frente da inclusão dos artistas itabiranos na agenda cultural do festival

Fotos: Reprodução/Facebook
Acervo do autor

Por Carlos Cabeça

Tive a oportunidade de participar, pela primeira vez, no Festival de Inverno de Itabira no ano de 1998 – e quase initerruptamente até a edição de 2022 em apresentações com diferentes grupos musicais dos quais participei.

Apresentar no Festival de Inverno em função da estrutura e do grande público que a divulgação e a produção asseguram – e que conta com aporte financeiro considerável – é como estar em uma final de campeonato. Considerei este exemplo para representar a dificuldade enfrentada pelo artista de Itabira para ter a oportunidade de se apresentar neste evento.

Burocracia excessiva

48° Festival de Inverno de Itabira – Carlos Cabeça canta Gonzaguinha com os Borges, Marcos, Binho  e Giovan, acompanhados do ótimo baixista Roberto Oliveira

É tanta a burocracia que chega a desanimar boa parte dos renomados músicos e artistas locais. Isso me leva mais uma vez, à lembrança do notável amigo Newton Baiandeira, que anualmente, no período que antecedia ou acontecia a fase de inscrições para o Festival, com veemência afirmava:

“Camarada. Não me deixa feliz ter a obrigatoriedade de apresentar uma proposta para qualquer show em nossa cidade. Entendo a burocracia aplicada, mas não compreendo o porquê de ela existir dessa forma apenas paras os artistas de Itabira”, protestava o compositor em itabirano, que com razão prosseguia:

“Duvido muito que os grandes artistas, ou até mesmo aqueles, do nosso tamanho ou menor, que vêm da capital, tenham os mesmos prazos e a condições que a gente tem. Acredito que pelos anos que aqui estou, com a minha música, poesia e arte deveria ser tratado com mais carinho e respeito. Por que não posso também me tornar um convidado como aqueles que vêm até aqui?”, indagava, mais uma vez repleto de razão.

A afirmativa do estimado Poeta Itabirano, que escolheu Itabira para viver e não mais está entre nós, para reafirmar a condição, é que me incentiva a novamente expor a condição imposta a todo artista da nossa cidade.

É uma luta da qual não posso deixar que se acabe pelo tempo e que a gente continue a se sujeitar às condições que a Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade (FCCDA) nos coloca e que este ano quase chegou ao extremo dos limites.

No 48° Festival de Inverno de Itabira, artistas locais interessados em se apresentar foram obrigados a protocolar uma série de materiais e documentos até o dia 20 de maio. Ou seja, mais de um mês antes do início das festividades. A classificação e aprovação divulgada posteriormente não garantia ainda a participação no evento.

Pontuo a seguinte questão para demonstrar que mesmo sendo os primeiros a enviar propostas somos os últimos a serem inseridos na planilha da programação. Neste ano foi ainda pior!

Lançaram a programação de grandes shows sem contato sequer com nenhum artista local. Com isso, ficamos pertos de uma exclusão da programação do festival, o que seria negativamente histórico nas 48 edições do Festival de Inverno de Itabira. Se tal acontecesse, como chegou perto de ocorrer, na minha modesta opinião, seria um erro gravíssimo.

No entendimento de notáveis como Newton, assim como grande parte dos artistas da nossa cidade, a Fundação deveria funcionar como um eixo de fomento à cultura local e não criando dificuldade de acesso à suas dependências, estrutura e oportunidades.

Por exemplo, como disse, participei de praticamente todos os Festivais de Inverno desde 1998 e até o último (2022). Mesmo assim envio periodicamente as mesmíssimas documentações de todos os anos.

Façam as contas e percebam que, artistas com o mesmo tempo de carreira que eu tenho, enviaram a documentação 25 vezes considerando apenas o festival, fora os outros cadastros anuais.

Falta de respeito

Apresentação da banda Rivotrio Sem Receita no festival deste ano: ruídos fora do show de uma banda itabirana que faz sucesso em todas as apresentações e que não podia faltar na programação

Mas esse ainda não é o ponto mais relevante. A pior parte, e a que todos já passaram por ela, é a falta de consideração e respeito em relação aos trabalhos arduamente propostos. Isso ocorreu na edição deste ano quando, durante a apresentação, somos interrompidos porque a produção do artista seguinte deseja iniciar a apresentação.

Neste ano, um amigo e o seu grupo musical ouviram, de integrantes da produção do festival, ameaças do nível: “se não pararem o show agora, nós vamos puxar os cabos dos instrumentos”! A ameaça foi audível não somente pelos músicos, mas por todos os presentes na ocasião. A locutora afirmava em alto e bom som no microfone: “Vocês vieram aqui para ver ‘fulano de tal’ ou não”?

É claro que para muitas pessoas estamos distantes de ter a relevância de um artista nacionalmente reconhecido, mas nada justifica a imaturidade e a falta de respeito ao compromisso acordado.

Isso não aconteceu apenas neste ano, é uma situação recorrente e que nos deixa impotentes e tristes. Ainda mais cientes e conscientes de que, nós artistas itabiranos, não fazíamos parte do plano da 48° edição. Inacreditavelmente, isso foi dito e repetido por muita gente lá de dentro da FCDDA.

Retaliações

Maira Baldaia e banda no encerramento do belo show Remix-se no Festival de Inverno, na praça do Areão

Entre os anos 2000 e 2001 me apresentei com o Grupo Mudrond na abertura do show de Zeca Baleiro. Naquela ocasião encaminhei um ofício para a FCCDA informando o ocorrido durante o dia da nossa apresentação.

Só passamos o som porque eu tenho amizade com o dono do equipamento. E mesmo assim ao final da passagem, quando fui almoçar com o nosso Roadie (responsável pela montagem e desmontagem dos equipamentos), nossos instrumentos tinham sido desmontados por pessoas que sequer conhecíamos, colocados em um lugar do qual desconhecíamos e tudo com a anuência de um ou outro da produção do festival.

Não sabíamos que tínhamos camarim (continuamos sem ter), não tivemos espaço físico suficiente para nos apresentarmos e sequer nos receberam na hora. Tudo isso foi oficializado na ocasião, mas o resultado, ao invés de uma melhora no trabalho, foi um gancho de mais de 3 anos sem aprovarem qualquer uma das minhas propostas. Este é o risco que me dispus a encarar enquanto redijo este artigo.

Noutro ano a FCCDA fez um convênio com o Festival de Inverno de Ouro Preto e Mariana, mas até hoje não entendo este convênio visto que ele só trouxe as atrações de lá e praticamente nenhum artista itabirano saiu daqui.

Quando questionei disseram-me, na oportunidade, que a FCCDA não tem a obrigação de assumir o papel de divulgar os trabalhos da cidade e que isso é uma responsabilidade de cada grupo. De que valeu este convênio então? Qual a real missão de uma Fundação Cultural na nossa cidade se não o fomento à cultura local?

Exemplo a ser seguido

Toni Primo e Marcos Borges, artistas itabiranos em apresentação nos primeiros festivais.

Gostaria de ressaltar que quando pessoas ocupam cargos dos quais elas têm real conhecimento as coisas podem acontecer de forma espetacular, como foi o caso da minha penúltima apresentação no festival (2019) na abertura do show da Banda de Pau e Corda. A produção foi perfeita!

Tivemos nosso tempo, camarim e horário para a passagem de som, assim como pudemos utilizar de todo o espaço do palco sem restrições porque alguém da produção da FCCDA bateu o pé com relação ao respeito aos artistas da nossa cidade.

Não vou citar nenhum nome aqui. Afinal tenho amigos que por lá que trabalham, ou trabalhavam, ocupando tanto os cargos que não têm competência quanto os que realmente são profissionais que estavam ou estão no lugar certo.

Gostaria de ressaltar o elogio à parte da produção do 48° Festival de Inverno de Itabira que com competência conseguiu levar atrações aos mais diversos cantos da nossa cidade. Temos que reconhecer que não é nada fácil realizar um evento de tamanho porte. Fiquei satisfeito com a estrutura apresentada e algumas mudanças aplicadas neste ano no que se refere principalmente aos horários das apresentações. Mas infelizmente os elogios param por aqui.

Indiferença

Áurea Gold, artista itabirana, sucesso sempre presente nos festivais

Afinal erros graves que ferem o respeito ao artista local permaneceram ou foram ainda mais incidentes.

No meu caso, que já não tinha mais esperança sobre a minha proposta, recebi a ligação da produção do evento no dia 21 de junho, às 14 horas, quatro dias antes do início da programação do festival para me apresentar no dia 16 de julho, às 16 horas, sem nenhuma outra possibilidade de troca. E a resposta deveria ser data até as 16 horas do mesmo dia.

Ou seja, um prazo de duas horas para responder a uma proposta que estava por lá há mais de 30 dias. Mas o que quase me fez desistir foi a maneira com a qual nos trataram. A tonalidade da voz impera algo irrevogável, inegociável e irreversível que nos dá a clareza de sermos tratados com indiferença.

Sinceramente não sei como descrever o sentimento que tenho quando recebo uma “intimação” como esta que recebi. Mas acredito que seja o mesmo sentimento de todos os outros artistas itabiranos que participaram desta e de outras edições do festival.

Falando de sentimentos, alguns certamente prevalecem: uma mistura de impotência, alegria e tristeza. Sei que na cabeça de muitos podem passar a questão que: “você tem a possibilidade e a oportunidade de falar não”.

No meu caso o “sim” só veio em função de um trabalho que juntos com meus amigos e músicos gostaríamos muito de apresentar. Por sorte, ou acaso, as datas e as agendas coincidiram. Afinal, tocar no festival é um momento mágico!

Tratamento diferenciado

Uobá toca no Festival de Inverno de 2015

Ainda para exemplificar e questionar o tratamento diferenciado para os artistas itabiranos, presenciei, dia desses durante o evento, a assinatura do ANEXO III no dia da apresentação de um grupo, que claro, sem dúvida, não era de Itabira.

O ANEXO III é um dos documentos que somos obrigados a enviar na proposta no prazo do referido edital itabirano. Vale alguns questionamentos que me trouxeram, reafirmando a indignação dos artistas itabiranos:

– Se podem convidar artistas de outras cidades, por que não se pode convidar artistas renomados da nossa cidade ou no mínimo com tempo considerável de carreira e notoriedade?

– Por que nós itabiranos somos obrigados a enviar antecipadamente um calhamaço de papeis e documentos, sem a garantia de contratação, enquanto praqueles de fora, renomados ou não, a produção resolve tudo?

– Por que os artistas de fora não precisam enviar propostas dentro do prazo e essa gente linda da nossa terra tem que brigar por uma concorrência e espaço?

Sou formado em contabilidade e entendo perfeitamente as questões burocráticas. E cumpro todas elas com as pessoas do setor na FCCDA, onde nos encontramos sorrindo e com muito respeito, pois sabemos pelo que vamos passar. Vale ressaltar o profissionalismo e a atenção que sempre me deram para sanar as dúvidas. Mas essa não é a questão aqui.

O ponto relevante é porque temos, como artistas da terra, um processo seletivo antecipado que teoricamente justifica a desclassificação de um e outro por falta de documentos, enquanto qualquer artista de fora recebe o convite e a informação de qual documento enviar e que pode ser assinado no ato da apresentação?

Fora essa questão, ficamos cientes durante o festival que fomos encaixados na programação, o que gerou desconforto geral de músicos, horários e programação. Afinal os que vieram de outras cidades já haviam sido contratados e restava agora “encaixar os artistas da terra”.

Quase exclusão

Amantes de Juanita em show no Festival de Inverno de 1999

São tantos os questionamentos, mas alguns acabam sendo revelados no andar das aceitações. E o que mais doeu em mim neste ano como cantor em Itabira foi ter a assertiva de que a gente esteve bem perto de ter um festival sem nenhum artista local.

Pois sim! Ouvi e discuti com alguns responsáveis que afirmaram que, por uma ou duas exceções, a programação não contaria com quase nenhum artista itabirano. Fiquei incrédulo.

Ficou claro e evidente que praticamente todos os artistas da nossa cidade foram chamados de última hora, como aconteceu comigo, para “tampar buraco” na programação ou até mesmo para não deixar o recurso do então cancelamento da apresentação de um grande artista ser devolvido aos patrocinadores.

Isso significa que a programação só foi contar com as tão difíceis propostas dos artistas da nossa cidade porque “o show do cara foi cancelado e agora a gente pode contratar todo mundo”. Ou mesmo que “a nossa intenção era ter gente de fora para que vocês como artistas pudessem interagir e curtir”.

Não meus queridos. Antes de curtir, nós, “artistas da terra”, queremos apresentar.  Nós não queremos ser contratados por causa de cancelamento, queremos ser respeitados por todo o trabalho que a gente tem para participar do festival, diferentemente daqueles que que veem de fora e gozam da total comodidade do convite.

Queremos ter a mesma condição e espaço para o trabalho. E acima de tudo participar do festival da nossa terra. Queremos ser tratados e recebidos da mesma forma, pois, interagir é preciso. “De Itabira para o mundo e o mundo para Itabira” como afirmei na apresentação do dia 16.

Diálogo necessário e permanente

Interação musical: Carlos Cabeça e Sérgio Andrade, da banda de Pau e Corda (Foto: Gustavo Linhares)

Reservo ainda um parágrafo para afirmar que a Prefeitura de Itabira atualmente tem tratado todas as questões de forma muito objetiva e aberta. Como cidadão nunca vivi situações com o poder público com tanto diálogo aberto e retornos pontuais e profissionais como na gestão atual, que tem confirmado ser um governo de mudança não mais tão engessado somente nos contínuos favorecimentos de um grupo.

O governo mostra que ter “gente de fora” é bom para dar a nossa cidade uma visão de cima e não só dentro dos grupos políticos ou os “famosos filhos de quem”.

Porém vale a pontuar que para se efetivar como o governo da Cultura, que é o que esperamos, é preciso valorizar e incluir a Cultura local. E que ela se faz com artistas locais e não somente com artistas renomados ou preferências pessoais dos responsáveis pela produção.

Itabira é extremamente rica em diversidade cultural. Temos uma infinidade de projetos, ações e muita música. Temos de tudo para todos, mas é preciso organizar para fomentar. Chega de cadastros e mais cadastros, pois passou da hora de entendermos a finalidade de tanta burocracia.

Vamos falar de inclusão e fomento, pois é inaceitável um Festival de Inverno na terra de Carlos Drummond de Andrade e Newton Baiandeira não valorizar todo o aprendizado que esses grandes artistas deixaram para Itabira, antes que a nossa cidade vire mais um retrato na parede ou uma estátua na Praça Acrísio de Alvarenga. “…, mas como dói”.

Sinceramente como produtor cultural, músico e ativista há tanto tempo na FCCDA não estou preparado para encarar uma realidade que representaria o início da decadência de um festival tão importante para a visibilidade dos artistas da nossa terra.

Deixar de contratar apenas um show de grande porte viabiliza a contratação de no mínimo de 30 grupos culturais na nossa cidade. Afinal são tantos Cabeças, Primos, Baldaias, Skps, Viravolteados, Formigas, Nonocas, Dbraus, Mengueles, Venais, Nogueiras, Biras, Nandys, Borges, Oliveiras, Fonsecas, Fernandes, Filhos e mais um monte de artistas itabiranos que ocupariam todo o espaço deste artigo. O que falta é espaço, carinho e oportunidade.

O Festival de Inverno de Itabira, sem artistas de Itabira, é uma ofensa à diversidade cultural da nossa cidade. Por favor não cometam este erro, valorizem-nos.

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9 Comentários

  1. A Revolta da Cultura.
    Ética e Estética são inseparáveis.
    Há décadas o Centro Cultural vem sendo dilapidado, por fora e por dentro.
    Ética e Estética.
    O que fazer?
    Tomar o poder das mãos da incompetencia e má fé.
    Ou
    Falar com a mineradora…
    Ou
    Bater tambor as 5 da matina na janela do manda chuva do centro cultural…
    Ou
    Recusar a participar do Festival, como ação revolucionária. Minar o Centro Cultural até zerar a arrogancia dos imbecis
    Nilton Baiandeira, presente!

  2. Não canso de dizer que este festival de inverno é a maior exportação de dinheiro da cidade, praticamente só contratam artistas de fora a desmerecer os da cidade…

  3. Itabira tem muita preciosidade cultural, principalmente no ramo musical. A programação do Festival deveria priorizar os talentos locais, dando evidência e valorização a este público que merece reconhecimento e respeito. As atrações externas seriam um complemento e não o principal foco do tradicional evento.

  4. Por tais e mais 1000.000 de motivos não enviei proposta não me permitir se convidado minha música não merece ser tratada com tamanha falta de respeito e educação. Minha música é linda, é amor puro, minha música é meu computador que está estragado e a fundação não fez os reparos devidos, é tocar com mapa de palco imput list e ser iluminado por luzes de postes de iluminação pública não me recordo de ter colocado no mapa de palco acredito que seja um a mais no meu mapa de palco, minha música é a água oferecida por dono de bar, pois, não havia estrutura para apresentação decente o momento é de mostrar falar tudo que passamos com tal instituição. Tudo na matéria venho falando há anos os fiscais vereadores não fazem nada atitude 0% … Itabira os artistas de ninguém…

  5. Prezados,

    No ano de 2021 contratamos mais de 150 artistas itabiranos pelo Edital Cultura todia dia. Fizemos um Festival de Inverno em 2021, somente com itabiranos. Em 2022, abrimos o edital e tivemos poucos projetos inscritos de itabiranos, sendo que todos que estavam com a documentação em dia foram contratados. Estamos falando de administração pública, o que nos exige uma certa burocracia, não somente dos itabiranos como de artistas de outras localidades. Lembro-me que no ano passado, fizemos várias capacitações para os artistas para que pudessem entender sobre editais e para nossa surpresa, foram pouquissímas pessoas que participaram. Fizemos oficinas para produtores e tb não tivemos sucesso. Tivemos um tempo reduzido para a realização do Festival de Inverno e os artistas não foram “encaixados” e sim passaram por uma análise documental e em seguida, análise de acordo com a temática do festival, o que demanda de um certo tempo. Estamos sempre à disposição para poder tirar as dúvidas e auxiliar. Pautamos pelo respeito e pelo diálogo. A Fccda (Dppa) encontra-se disponível para um bate papo saudável. Que tal os artistas itabiranos se unirem e tomar um café conosco? Em tempo, ressaltamos que sentimos orgulhosos por Itabira possuir grandes artistas. Drummond já dizia: “Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas”…

  6. É isso aí!
    Belo e importante depoimento. A comunidade de artistas itabiranos tem que se mexer, senão vai ficar pior a cada dia, ainda mais com esse novo mundo neoliberal, onde é tudo na base do “cada um que se vire”.
    E a crítica é super importante, ela que nos move, nos faz tentar melhorar.
    Digo mais: acharia bacana toda a comunidade se reunir em frente à fundação pra um grande protesto.
    Do jeito que tá não dá mais. É preciso competência, interesse e vontade de realizações, de avanços.
    E, se ninguém falar nada, as coisas vão insistir em ficar ruins.

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