Exposição preserva a memória e a afetividade de desaparecidos e mortos pela ditadura
Esses são só alguns dos 434 nomes que compõem a lista de mortos e desaparecidos durante a ditadura civil-militar no Brasil (1964-1985), segundo o relatório da Comissão Nacional da Verdade (CNV), de 2014.
Foi visando conservar a memória e os sonhos interrompidos de pessoas como essas, hoje ausentes, que o fotógrafo argentino Gustavo Germano organizou a exposição Ausências Brasil, em cartaz no Centro MariAntonia da USP desde o último dia 31 de março – data que marcou os 61 anos do golpe de Estado de 1964 e inaugurou a ditadura no País.
A mostra apresenta duplas de fotos de diferentes mortos e desaparecidos, nas quais a diferença principal da primeira para a segunda, além da passagem de tempo, é sempre a ausência da pessoa em questão.
A ideia foi aplicada pelo fotógrafo pela primeira vez em 2007, na Argentina, com desaparecidos da ditadura militar argentina (1976-1983) e, posteriormente, no Uruguai (cuja ditadura durou de 1973 a 1985).
Ausências Brasil foi exposta pela primeira vez no País em 2013 e, neste ano, já percorreu outras instituições – como a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo – até chegar no Centro MariAntonia.
Com apoio do Núcleo de Preservação da Memória Política de São Paulo, a mostra fica em cartaz até 16 de maio, com entrada grátis.