Entre glória efêmera ao terrorismo subsidiado a preceito

 Soldados ucranianos no front de batalha na cidade de Pisky, na região do Donnbass (Ucrania).

Foto: Carlos Rosillo/
El País

Veladimir Romano*

Guerras e conflitos não acontecem por acaso e são convite ao caos, destruição crescente quando um monstro fica em pleno laboratório organizando seus dias de atuação.

Daqui ao estabelecimento de linhas a uma conduta oportunista daqueles que na sombra eterna preparam passos seguintes para a recuperação desse caos e destruição.

Cálculos de ganhos, normalmente, elevados, visto as condições serem favoráveis a quem domina esta arte de primeiro provocar destruições, seguidamente, aproveitando-se dos cacos, lançam seus lobos especialistas em recuperação e reforma desse caos.

Fortunas são consumidas pelos sistemas de serviço secreto quando países, nas jogadas manipulando bens a outros países, aqueles que possuem nos seus territórios mal guardados, mas cobrindo ganâncias, enchem contas bancárias e outras fortunas, com bom volume lucrativo encaminhado aos oásis fiscais.

Tudo isso a mando das elites desse mesmo capitalismo desesperado em consumos obsessivos e dominações que, a segundo plano, poderemos considerar nada mais do quanto permanecem tendências terroristas subsidiadas com preceito.

E assim fazendo, desviam das atenções criminosas envolventes, sobrevivendo, derrubando fronteiras, navegando e seguindo na sua arrogância e esperteza.

Nos últimos tempos, a proliferação de organizações ditas “não governamentais”, enfileiram pelo mundo, particularmente nos países menos sofisticados em permanente necessidade de apoios de toda ordem, ficam reféns dos ditames da ordem por onde a política se mistura com a finança comandada nas distâncias dessas forças secretas hoje mais que nunca soberanamente.

Beneficiam dos esquemas pervertidos organizados pelas elites criminosas que subindo politicamente, ganharam espaço, oportunidade e vantagens enquanto processos democráticos enfraqueceram e nomeadas organizações não governamentais, estabeleceram comandos interligados a forças dos serviços secretos.

Compromissos perante o sistema que ajuda um oportunismo pérfido através da legitimidade eleitoral, apenas vai servindo aqueles [quantas sejam essas elites] mais próximos das organizações nem sempre claras.

Mas todos olhando pelo interesse pessoal onde a posição elitista se transforma em absoluto terrorismo subsidiado e a preceito das quantas vantagens nas quais o mesmo sistema se viciou.

A democracia já não interessa mais, antes enfraquecida, se abafou nessa corrida em defesa dos interesses golpistas, equilibrando mentiras, zombando dos primorosos favorecimentos e destreza situacionista, virou ruína na linha do horizonte: assim, precisa ser recuperada.

Alguns vão lamentando sem nada fazer e povos não reagindo, só oferecem porcentagens dessa participação ingrata. Logo, sendo elas uma das causas, fica ainda mais estranho quando o mundo intelectual se recolhe, quase abandona o barco.

Tempos do século 21 verdadeiramente despidos da qualidade política de outras eras, sufragando autênticos terrorismos administrativos passando despercebidos de maneira trágica.

Olhando em volta, poucos se dignam ou escolhem decisões capazes de balançar a defesa das soberanias onde por exemplo Cuba, Venezuela, China, Nicarágua, Irã e agora Rússia.

Esses países sofrem sanções de toda natureza, mas conseguem mostrar domínios altruístas lutando contra certas regras impostas pelos administrativos possuídos da trama mental que sempre colocou o mundo em desassossego quando beneficiados pelo conjunto de primordiais determinações, juntaram glória efêmera.

*Veladimir Romano é jornalista e escritor luso-cabo-verdiano.

 

 

 

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