Em Ipoema acontece a sétima edição do Pulsar, tradicional festival de arte e cultura em atmosfera única e inesquecível
No destaque, músicos do povo Yawanawa, que vive às margens do rio Gregório, na região amazônica
Texto e fotos: Eduardo Cruz/Divulgação
Com um coletivo de artistas materializando as suas visões por meio das mais variadas formas de arte, instalações, pinturas, poesia, estruturas, projeções e suas infinitas possibilidades, o Pulsar Festival ocorrido na cachoeira Alta, Ipoema, Itabira (MG), neste fim de semana, possibilitou a sinestesia das criações, proporcionando aos participantes uma experiência múltipla, que vai além da música.
Com iluminação sincronizada com a música e os visuais, o público é transportado para um mundo de cores e imagens psicodélicas, sempre criando uma atmosfera única e inesquecível, como se viu, mais uma vez, nesta sétima edição do Pulsar, nesse espaço que se tornou um dos melhores para a sua realização.
Performance especiais ocorreram tanto na abertura do festival, como também na noite de sexta feira. O uso de bambolês, trapézio, acrobacia, e pirografia é uma constante no evento
O Pulsar é um espaço de encontro, em um momento especial em que a vida pulsa intensamente. Um convite para aqueles que ouvem o chamado do coração e valorizam a vida, honrando a terra, as águas, as matas, os animais, a humanidade e toda a criação.
Harmonia e descobertas
Esse ano Pulsar Festival destacou a importância do conhecimento ancestral, de viver a harmonia com a natureza, e um vasto conhecimento das plantas de cura da floresta e uma cosmovisão de grande sabedoria espiritual através de suas medicinas ancestrais e sua musicalidade.
Leva a força da floresta por onde passa, expressando a sua espiritualidade por meio dos cantos, flautas e violões e outros instrumentos musicais. Para isso, a organização trouxe o povo Yawanawa, que vive às margens do rio Gregório, na região amazônica que concentra a maior biodiversidade do planeta.
Em todos os espaços do festival a presença da magia e a sensibilidade se faz presente. Pessoas do Brasil inteiro, além de outros países, vem se divertir e se apresentar as suas performances acrobáticas, artísticas e místicas no entorno da cachoeira Alta.
São fotógrafos, dentistas, engenheiros, designer, homens, mulheres que buscam o equilíbrio emocional e a cura pela natureza. Ficam encantados com o lugar, destacando sempre a cachoeira que é um atrativo principal do evento. Alguns são super curiosos e bastante receptivos, o que torna um festival em espaço de harmonia, companheirismo. São colaborativos e super atenciosos.
Diversidade
Permacultura, agroflorestas, sustentabilidade são temas constantes em todos os eventos já realizados aos longos dos últimos anos. A conexão, expansão, harmonização e acolhimento também são tratadas nas oficinas que acontece nos espaços do festival.
Nesses espaços são apresentados temas que abordam a Ancestralidade, a conexão com a Mãe-Terra, feminismo, gênero e sexualidade, maternidade, saúde e bem estar, desenvolvimento pessoal, astrologia, ciclo lunar e arquétipos.
E mais espiritualidade e intuição, criatividade e arte, uso de fitoterápicos e medicina Ayurvédica, são temas sempre debatidos durante todo o festival, no intuito de Co-construir um caminho de transformação social, a partir do debate e do compartilhamento de conhecimento.
A redescoberta de si através da espiritualidade e do autoconhecimento são os estímulos que o festival procura sempre transmitir, por intermédio da cura espiritual, reenergização e recuperação do corpo, mente e espirito.
Aulas de yoga, meditação e mantras e aromaterapia, movimento natural, também é tratado exaustivamente durante todo o desenrolar da programação.
Muita música no ar
Música também é o motor do festival, e está presente nos espaços criados para esse fim, com uma vasta gama de ritmos e sonoridades, templo sagrado da diversidade musical, todos os sons se encontram no Pulsar.
Dub, Techno, Psychill, Rap. As batidas hipnóticas do psytrance pulsam constantemente durante os cinco dias do encontro. Projetos renomados do Brasil e do exterior se encontram, trazendo uma experiencia completa com a sinergia de projeções mapeadas, música futurista e uma decoração de outro planeta.
Oficinas de artes visuais, criação de caleidoscópio artesanal, live painting, além de Led’s, vídeo mapping, que ao cair da noite é simplesmente inesquecível.
A sinestesia ocorre numa junção de arte visionária que estimula os sentidos a seus extremos e ressona em nossos corpos e mentes numa experiência de puro êxtase.
Tudo isso aconteceu na cachoeira Alta, tendo o planeta Vênus como testemunha em noites estreladas, cúmplices da programação.
Apoio
Além dos inúmeros colaboradores envolvidos em cada canto, o festival empregou uma equipe de limpeza formada por moradores locais da região.
Contou também com profissionais especializados e experientes na equipe de produção, portaria, escritório, atendimento, controle de qualidade, segurança e ambulatório.
Depoimentos
José Mateus: “Vim do interior de São Paulo, Santa Barbara do Oeste. Moro atualmente em Americanas, e aqui cheguei atraído por uma necessidade de negócios. Sou pai de uma filha e aqui estou prestando serviço neste evento maravilhoso. No momento que você pisa na entrada do evento já é possível sentir uma grande energia. O povo aqui é bem receptivo, harmônico e o ensinamento que recebo nesse lugar é incrível. Aqui não se vê brigas, a arte purifica. Já é a segunda vez que venho e pretendo voltar no próximo.”
Francielle: “Sou de Curitiba e amo esse festival, que é muito receptivo. Estou encantada com a cachoeira, esse lugar é maravilhoso, mágico.”
Grabiella, Felipe e Renato: “Somos de São Paulo, capital e estamos super apaixonados com o evento.”
Davi Medeiros Silva, de Brasília, DF: “Estou curtindo o festival pela primeira vez, adorando. Quero voltar no próximo.”
Iara Martins: “Sou mineira, moro em Santa Luzia. Participei do Pulsar pela primeira vez há oito anos no primeiro festival. Estou participando ativamente desse festival, trazendo a minha arte e quero voltar novamente. Estou aqui junto com o meu companheiro amando tudo isso.”
Dircelene Dias Duarte, moradora de Ipoema: “Até que enfim conseguir vir ao Pulsar Festival. Surgiu a oportunidade através de Maria Auxiliadora. Consegui a entrada no evento que até então, eu não tinha um conceito sobre o que acontece aqui. Via muitos carros de fora, ônibus de outros estados e cidades e fiquei curiosa. Agora que conheci quero voltar mais vezes. É tudo lindo, muita arte, luz, músicas diferentes e estou ansiosa para novamente voltar e aproveitar mais desse evento maravilhoso.”
Luna, da Strint Art, Curitiba: “Estou aqui no festival com oficinas de mandalas, geometria em pregos e linhas trazendo um pouco de minha arte. Estou feliz, o evento é maravilhoso e a cachoeira então, nem se fala, uma maravilha, sou também dentista. Quero novamente voltar no próximo ano.”
Lauro Medeiros, fotógrafo oficial do evento: “Estou encantado com o entorno da cachoeira, uma maravilha da natureza, um convite para conhecer mais a região.”