É hora de refletir sobre os desafios atuais e futuros para a sustentabilidade de Itabira

Foto: Carlos Cruz

Maria Alice de Oliveira Lage*

Este site Vila de Utopia apresentou um texto excelente, fazendo uma retrospectiva de nossa cidade Itabira.  São 177 anos de Emancipação Política, mas a Itabira OITOCENTISTA – Século XVIII (1705) surge com a descoberta de ouro aluvional, com pequenos núcleos de população e uma incipiente atividade agrícola. A partir de 1720, marco da chegada dos Irmãos Albernaz tem a permissão para explorar as minas de ferro da Conceição, Sant’Ana dando início as manufaturas e contratação de mão-de-obra.

Implementos agropecuários, domésticos, armas de fogo, ferraduras, peças para selaria e por ordem de D. João VI, século XIX, foi instalada a primeira fábrica de ferro do Girau que serão disseminadas por Itabira e Minas Gerais. Ainda no início de século XIX ocorre a implantação da Fábrica de Tecidos da Gabiroba e a Companhia Fabril da Pedreira.

No seu trabalho, Mundo do Capital e do Trabalho: a construção da paisagem fabril Itabirana (1874-1930) Cristiane Maria Magalhães, em sua dissertação de mestrado, investiga a indústria têxtil de Minas Gerais enfatizando a Fábrica de Tecidos de algodão, com realce para a Fábrica de Tecidos da Gabiroba.

“Ao redor dessa fábrica, um núcleo foi formado para manutenção da produção. Nele, o mundo do trabalho e do não trabalho se tocavam, proporcionando estreitas relações entre o capital e trabalho. A criação do núcleo deu origem a uma paisagem fabril-têxtil numa área rural de Itabira”.

A Companhia Fabril da Pedreira fabricava tecidos de algodão. Hoje, é apenas uma fotografia na parede da memória (Foto: acervo O Cometa)

O século XIX também é marcado pela chegada de um homem que melhor descreveu as características da região e da febre do ouro, o naturalista francês Auguste de Saint Hilaire.

“Chegando à extremidade de um bosque, avistei subitamente a elevação árida e cônica sobre a qual está edificada a povoação de Itabira, uma montanha domina todas as elevações vizinhas. Essa montanha tem o nome de Itabira. Era o Cauê. Uma cadeia particular de montanhas, ao norte com o nome de Itabira (Cauê) a mais meridional o Itabiruçu. As encostas possuem terra vegetal onde desenvolvem madeiras de lei, várias plantas interessantes como copaíba, jabuticabeiras de frutos negros.”

O poeta Carlos Drummond de Andrade (1902~1987) filho de Itabira, um dos maiores poetas brasileiros e do mundo retrata Itabira dos primórdios em seus livros Antologia, Boitempo, como Chamado Geral.

Saint Hilaire descreve a cidade: “…Em Itabira havia casas lindas de sobrados, construíram-se novos, era necessário retirar de morros vizinhos quase todas construídas de braúnas, madeira que conserva bem.”

Uma cidade marcada pela mineração do ouro e do ferro, teve indústrias, mas negligenciada pelas atividades minerárias.

A historiadora Maura Silveira Gonçalves de Brito retrata com grande clareza, através de muitas pesquisas históricas, de documentos produzidos no período colonial, as manufaturas realizadas, assim como os vínculos trabalhistas entre afrodescendentes e africanos, a organização social, o trabalho das mulheres, assim como a religiosidade e as manifestações culturais. (Forjas e Espaços de Liberdade nas Minas do Ferro Comunidade e sociabilidade entre trabalhadores afrodescendentes africanos, Itabira 1808 – 1888).

Como estamos relembrando o passado para refletir sobre o futuro, com carinho lembramos de pessoas que contribuíram para Itabira: Terezinha Fajardo Incerti historiadora e museóloga revolveu a História de Itabira, “ITA+BIRA pedra alta que brilha, multiplicam-se em partículas do que seriam um novo homem de ferro: com pedaços de muitos que já se foram, com pedaços de muitos que aqui estão – Homens de Ferro – itabirano de nascimento ou itabirano de coração” (1995).

Myriam de Souza Brandão poeta, professora de literatura e superintendente da Fundação Carlos Drummond de Andrade (1998) registrou sabiamente: “Só um povo faz a história. E a história é que mantém a cidade viva. Em Itabira não é diferente. Ela é hoje, aos 150 anos, as pessoas que vivem, sonham seus sonhos, viabilizam ideais, concretizam desejos, amam, odeiam, festejam vitórias e sustentam derrotas.”

Uma citação de Clovis Alvim descreve a cidade: “Itabira da década de 30 era uma cidade amável e pacata. Sua topografia acidentada dava-lhe um aspecto de presépio. Ruas tortuosas, calçadas de ferro, grimpavam as serras com os seus velhos sobradões coloniais, arrimando-se uns aos outros. A vida corria mansa na monotonia do cotidiano. Os carros eram raros e muitos os cavaleiros.”

A Faculdade Nacional de Filosofia, ao realizar uma excursão à Itabira em 1943 traz no relatório informações sobre Itabira: “…seguimos pelas pitorescas ruas de Itabira, tortuosas, estreitas e íngremes, conforme a topografia da região, a riqueza da região aparece nessas próprias ruas, calçadas de ferro, que mal separam as antigas casas coloniais, com telhados de quatro inclinações e ligeiramente levantados nos ângulos e sacadas de grades caprichosamente recortadas. Muitas destas casas são de madeira sólida e construídas sobre alicerces de pedras, algumas assobradadas e solenes, com pátios internos, lembrando a influência moura.”

“A atividade agrícola progrediu, estando sua prosperidade evidentemente ligada à exploração mineira. Este, como grande fator de povoamento, fez com que em pouco tempo brotassem no meio da floresta inúmeras fazendas. Apesar de não possuir tradições agropastoris, a crise do ouro seguiu-se um surto agrícola, com o café, de que Itabira chegou a ser grande produtora, exportando até para São Paulo, o ciclo econômico foi de curta duração, qualidade do solo paulista e as dificuldades de transportes – os carregamentos eram feitos em lombos de burro”.

Em 9 de outubro de 1848, pela Lei 374 ocorreu a emancipação política da Vila de Itabira do Mato Dentro, pertencente ao Município de Caeté – mas somente em1891 o nome foi simplificado – cidade de Itabira.

Assim, a cidade amplia as suas atividades, além da indústria têxtil, a indústria de vinho, a indústria de utensílios domésticos e agropastoril, acentua o comércio, a migração campo-cidade que será ampliada com a instalação da CVRD.

Serviços são instalados para atendimento à população: Hospital, Escolas, Saneamento, rede elétrica, campo de pouso para pequenos aviões, cinema, banda de música, fotografia com Brás Martins da Costa.

As atividades industriais foram abafadas gradativamente pela mineração, inibindo a iniciativa privada.

Em 1942 ocorreu a implantação da CVRD que nos primeiros anos contou com o apoio financeiro de itabiranos. Itabira cresce, mas os problemas ambientais começam a surgir. Muitas alterações surgem na fisionomia da cidade. A mineração absorve o homem do campo, trazendo consequência para as atividades agropastoris.

A população urbana acentua seus índices de crescimento em decorrência do êxodo rural. Os reflexos da Instalação da CVRD começam a manifestar. O tempo dirá os reflexos do fenômeno.

“Hoje, Itabira é por excelência, a cidade do ferro, do minério que desce ininterruptamente de suas montanhas, do lendário Cauê e das outras minas, até o mar para satisfazer a fome do aço dos países desenvolvidos”, como afirma Allisson Pereira Guimarães na obra “A cidade e o minério” (UFMG 1961).

A atividade minerária contribuiu para a organização espacial de Itabira. Os interesses econômicos conduziram para sucessivas reorganizações, retratando a hierarquia social. Bairros foram criados e desativados causando a mobilidade da população. A expansão periférica de seu tecido urbano apresenta um processo de “ocupação improvisada” com carência de infraestrutura.

A cidade de Itabira, ou melhor o seu núcleo urbano, encontra-se hoje tão próximo das minas, em situação de quase completa “imbricação”. Isso faz com que se passe a considerar o conjunto da malha urbana de Itabira como área de “interface”, portanto, mais sujeita às situações críticas geradas pela atividade de mineração a céu aberto.

No momento que passamos a investigar a evolução histórica de Itabira, constatamos que também é histórica a dominação da natureza, ou seja, pelo homem.

Carlos Nobre, climatologista, assim diz: “A doença da Terra é a humanidade”. A ideia básica vendida ao mundo pelo capitalismo, expandindo também ao sistema socialista, centralizou-se no “crescimento econômico” e no “progresso” onde a Natureza é encarada como fonte de recurso, supostamente inesgotável e gratuita. A Natureza é uma coleção de matérias primas e o Homem um mero fator de produção.

O interesse crescente pela Ecologia é resultante do dilema da época histórica que vivemos. A crise civilizatória atual, difere das crises do passado, por não apresentar apenas questões passageiras e sim decisivas para o futuro de nossa espécie. Os estudos ampliam as discussões sobretudo sobre “Mudanças Climáticas”.

Em 1984 foi realizado o I Encontro Nacional das Cidades Mineradoras, em Itabira, onde as questões ambientais foram discutidas pelos palestrantes. Assim, foi criado o Codema em 1985, Conselho Municipal de Conservação e Defesa do Meio Ambiente, um espaço para defesa do meio ambiente, preservar a qualidade de vida, alertar a população dos riscos da degradação ambiental, estimular o itabirano a pensar sobre o espaço do Município. O Codema, atualmente, tem passado por debates, onde o poder econômico sobrepõe os interesses coletivos.

O encontro em Itabira foi preparatório e essencial para que as cidades mineradas apresentassem suas reivindicações à Assembleia Nacional Constituinte, tendo resultado também na criação do Codema local (Foto: Eduardo Cruz/Acervo O Cometa)

Em 1986 a CVRD cria o Departamento de Meio Ambiente ciente que suas atividades causam impactos ambientais.

Ações positivas são realizadas através de seminários, encontros com o Ministério Público, coleta seletiva, Educação Ambiental. Museu de Território Drummondiano, Museu Histórico de Itabira, Museu do Tropeiro. Proteção de Patrimônio.

Instalação de inquéritos  que viraram ação civil pública, reforçada pela Constituição 1988. O promotor de justiça José Adilson Bevilacqua instaurou três inquéritos civis públicos contra a mineradora Vale, provocado pelas reportagens do jornal O Cometa sobre os grandes problemas ambientais de Itabira: descaracterização paisagística da Serra do Esmeril, desmatamento, e poluição atmosférica.

Vila de Utopia em 9 de novembro de 1984, realça na reportagem A cidade sofre com as queimadas e a poeira do minério, na estiagem, assim como tem enfrentado ondas de calor severo.

O Brasil e o Mundo estão vivenciando a “emergência climática” que passa a exigir mudanças de comportamento e um posicionamento político, dos administradores e Ministério Público em relação a cidade e o campo.

O geólogo e pesquisador das mudanças climáticas Mario Moraes em O Planeta Hosti” assim se posiciona: “incêndio na Amazônia, aquecimento global, degelo das calotas polares, ondas de calor extremo, secas, morte dos oceanos, destruição dos ecossistemas. A humanidade tem transformado a Terra em um lugar inóspito. Estamos à beira de um colapso por conta de ações do homem que geraram mudanças irreversíveis”.

Atualmente assistimos a desfiguração dos ecossistemas, a eliminação da vegetação natural (florestas, cerrados) com suas formas de vida vegetal e animal, o reflorestamento industrial, a agonia dos recursos  hídricos, as represas, ou barragens, a esterilização dos solos, a poluição do ar, tornando-o irrespirável, as queimadas, a utilização descontrolada de agrotóxicos, a impermeabilização  dos solos  para que a água possa percolar, a proliferação de favelas, ausência de saneamento básico, a opressão diária, o fantasma da fome, a perda de poder da população de decidir sobre a sua alimentação, lazer, saúde, as questões de saúde e educação.

A poluição do ar em Itabira sempre extrapola os índices permitidos. Doenças respiratórias são agravadas pela fuligem das queimadas e pela poeira da mineração.

“As queimadas muitas vezes formam camadas endurecidas sobre a terra, reduz a infiltração da água, aumenta a possibilidade de erosão e redução do teor de matéria orgânica no solo. Com as queimadas os nutrientes nitrogênio, enxofre, fósforo, potássio, cálcio e magnésio contidos nas cinzas se perdem pela volatização, lixiviação e erosão” (Globo Rural. Manual da Terra, 1992).

A professora Carolina Vasques Freitas, da Unifei, doutora em Ciências Atmosféricas, assim se expressa sobre as queimadas:

“É uma técnica arcaica ainda, na agricultura. As queimadas empobrecem os solos, acabam com a fertilidade ao matar os micro-organismos que fazem a decomposição da matéria orgânica, impactam o sistema respiratório. São vários gases que resultam de uma queima incompleta como monóxido de carbono, óxido nitroso”.

A questão do lixo está presente em várias cidades de Minas e no Brasil. O lixo é um grande problema para os administradores até o destino final no aterro sanitário.

A população precisa ficar atenta à Coleta Seletiva e Orgânica, facilitando o trabalho dos garis, que executam um trabalho perigoso e insalubre. Merecem respeito da população, acondicionando adequadamente o lixo. O Aterro Sanitário deve ser bem administrado, pois os resíduos geram o “chorume” que é altamente poluente para os cursos d’água, assim como os gases.

A questão da água em nosso município, como no mundo, é um tema muito sério. O acesso da água potável de qualidade não atende a toda população.

Em Itabira, o professor e pesquisador da Unifei, Leonardo Reis. tem alertado permanentemente as pessoas sobre a segurança das barragens e principalmente sobre a falta de água para consumo da população. A pesquisa mostra que 75,25% das outorgas são da Vale e o restante fica para a cidade.

A transposição do Rio Tanque vai atender, com atraso, mas não é possível dimensionar o tempo, pois o rio também sofre com a utilização de suas águas e principalmente com a ausência de vegetação em suas margens.

As águas superficiais e subterrâneas recebem uma carga substancial de poluição: esgotos domésticos, industrial, hospitalar, laboratórios, clínica animal, pesticidas e substâncias tóxicas usadas na agropecuária são carreadas até os cursos d’água e o mar. Os oceanos são grandes depósitos de lixo e a vida marinha recebe toda uma carga tóxica, sendo contaminada e atingindo os corais.

Se voltarmos na História podemos perceber o uso crescente e múltiplo da água pelo homem que vai desde a sociedade nômade, agrária, mercantil, industrial e do conhecimento.

Em Itabira muito esgoto ainda é lançado nos córregos. O tratamento do esgoto é fundamental estendendo-se aos distritos de Carmo e Ipoema assim como toda a área rural.

A água é vida. Líquido precioso para a vida humana. É importante lembrar que a água é responsável pela manutenção da umidade do ar, exerce influência no clima da Terra, no paisagismo, no abastecimento doméstico, agrícola e industrial, na geração de energia, proporciona a pesca e o lazer, dessedentação dos animais, preservação da fauna e da flora.

“Escassez e mau uso da água doce representam sérios problemas que ameaçam o desenvolvimento sustentável e a proteção do ambiente. Saúde humana e bem-estar, produção segura da comida, desenvolvimento industrial e ecossistemas dos quais estes dependem, estão todos ameaçados, a menos que os recursos de água doce sejam utilizados de forma mais eficiente na próxima década e muito mais do que têm sido até agora”. (Conferência Internacional de água e Desenvolvimento Sustentável – Irlanda /Dublin, 1992).

Itabira tem a localização de um Distrito Industrial a montante da ETA Pureza, principal captação de água para a cidade. Tem inúmeras ocorrências comprometendo o tratamento, sendo que a região possui um grande crescimento da população. Várias foram as interferências do Distrito Industrial para os moradores locais, assim como a ETA Pureza.

Itabira hoje está cercada por barragens receptoras e de contenção de rejeito da mineração, garantindo a operacionalização da empresa e os altos custos de indenizações pagos pela esterilização dos terrenos. A Empresa afirma que há cuidados técnicos e acompanhamento do comportamento das barragens, mas o perigo existe. A pressão sobre a crista e o volume de rejeito é grande. Pode ocorrer uma “dinâmica microscópica”, invisível com o comprometimento da estabilidade.

É bom lembrar que Mariana e Brumadinho possuíam acompanhamento técnico, documento de segurança internacional de barragens. O rompimento das estruturas de contenção destruiu a vida de trabalhadores, moradores adjacentes, turistas e instalações da Empresa. Na “rota da morte” os imóveis perdem o seu valor e seus proprietários suas marcas identitárias. Nascentes e pequenos cursos de água foram atingidos até o Rio Doce e o Oceano.

É bom lembrar que em Itabira vários bairros estão a jusante das barragens e nem todos moradores podem atender” sirene” e “rotas de fuga”. Tem represa a montante das instalações da Vale. Os bairros Bela Vista, Nova Vista, Nossa Senhora das Oliveiras e Praia vivem a expectativa e a insegurança das atividades da Vale na região do Pontal. A Promotora Pública tem acompanhado os trabalhos.

O IBGE aponta Itabira com um baixo índice de arborização. Muitas áreas dos bairros poderiam ser utilizadas para lazer social com arborização de nativas. As associações de Bairro seriam fundamentais para a manutenção e criação de hortos florestais.

Arborização e hortos florestais: as árvores absorvem o dióxido de carbono (CO2), controlam o calor, a poluição atmosférica, concentração de carbono, o principal gás do aquecimento global “efeito estufa”.

Uma revisão torna-se necessária: os conceitos urbanísticos, a poluição atmosférica, a rede de drenagem, assim como evitar o asfaltamento de ruas com grandes consequências para a cidade, nem sempre o asfalto significa “modernidade”. A redução dos combustíveis fósseis, o aprimoramento das fontes de energia, zerar o desmatamento, fiscalização ambiental, integração entre as atividades agropastoris, o transporte público de baixo consumo, assim como as “cidades esponjas” são propostas que precisam ser seguidas.

“A corresponsabilidade na construção de uma sociedade economicamente forte, mais saudável ambientalmente e socialmente mais justa não é mais uma utopia” (Guerra, Claudio B. 2001).

Os últimos acontecimentos de corrupção na mineração, Copam, Feam, ANM, IEF e outros envolvidos mostram o descrédito dos órgãos gerenciadores das áreas de meio ambiente.

Muito sério é o descrédito dos governantes e políticos frente aos grandes problemas climáticos, falta de uma ação conjunta. Importante mobilizar o Poder Público, Empresas, Sociedade Civil, e Ministério Público.

Uma questão que deve ser bem discutida é a participação popular. A colaboração dos cidadãos pode ser eficaz, assim como as Instituições de Ensino Superior podem funcionar como centro de pesquisa e práticas resilientes.

Minas, e em especial, Itabira, precisam discutir o passivo ambiental, o “fechamento de Mina”, o que exige investimento. A Vale não pode omitir a sua responsabilidade, pelas marcas da mineração, não só nas paisagens como na estrutura social. A população deve participar, ter conhecimento das pesquisas e ações que serão realizadas no espaço itabirano no presente e para o futuro que virá.

* Maria Alice de Oliveira Lage é professora aposentada de Geografia e uma referência histórica na defesa ambiental de Itabira. Foi a primeira presidente do Codema, atuando de 1985 a 1997, e também exerceu o cargo de secretária municipal de Educação. Reconhecida como uma das pioneiras do ambientalismo na cidade, Maria Alice sempre esteve à frente das lutas por um território mais equilibrado, com políticas eficazes de controle da poluição do ar e da degradação paisagística. Sua atuação incansável reforça o compromisso de Itabira com os desafios das mudanças climáticas — uma responsabilidade que transcende fronteiras e mobiliza o mundo inteiro.

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