CPI dos Fura-Fila: veja a lista de servidores vacinados no interior

Nova lista foi divulgada nesta quinta-feira e tem até servidores do estado em home office (teletrabalho)

O título da planilha é “Servidores das Unidades Regionais de Saúde vacinados pelas Secretarias Municipais de Saúde”(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)

Estado de Minas teve acesso nesta quinta-feira (18/3) à nova lista com mais de 1,8 mil trabalhadores da área da saúde que foram vacinados contra a COVID-19 no interior do estado. Este documento deverá ser um dos analisados pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para apurar as denúncias de fura-fila. Na nova relação, há pessoas em home office.

Como o EM mostrou em matéria publicada na noite passada, ainda não se sabe se todos ou parte desses funcionários públicos furaram a fila da imunização. O documento foi recebido pela Assembleia na noite de quarta-feira (17/3) e liberado à imprensa.

O título da planilha é “Servidores das Unidades Regionais de Saúde vacinados pelas Secretarias Municipais de Saúde”. Ao todo, são 1.852 nomes, acompanhados da Unidade Regional de Saúde responsável, lotação e motivo pelo qual a pessoa foi imunizada. As justificativas vão desde “acima de 60 anos”, passando por “Contato com o público”, “almoxarifados”, “trabalho presencial” e até “teletrabalho” (home office).

Confira abaixo a relação dos servidores da GRS Itabira que estão na lista. Mas a presença na lista não significa que tenham furado a fila. É que eles podem ter contato com pacientes e familiares de pessoas com doenças crônicas, grupo de risco da Covid-19.

O mesmo vale para aqueles que trabalham na vigilância sanitária estadual. Esses servidores inspecionam hospitais, insumos e leitos que vão receber os pacientes com a doença, conforme esclarece os sindicatos de trabalhadores da saúde .

Todos esses servidores estão lotados no interior do estado, diferentemente da primeira relação, de 828 nomes, ligada a trabalhadores da pasta de Belo Horizonte. A informação da nova lista foi veiculada pela rádio “98 FM” e confirmada pelo Estado de Minas.

“O novo documento foi encaminhado por e-mail, o que não é usual, especialmente em decorrência da seriedade do assunto”, informou a ALMG em nota.  

De acordo com a Saúde estadual, cada prefeitura “é responsável por operacionalizar sua campanha de vacinação. Ou seja, a vacinação de servidores de uma superintendência regional depende do município onde ela está localizada”.

A pasta informou que deliberação acordada entre o Estado e as cidades previa que a imunização fosse feita somente naqueles servidores que têm contato direto com o público.

Até o momento, conforme nota da secretaria, só podem ter recebido a vacina servidores que trabalham na Rede de Frio Estadual, nas Centrais Regionais de Regulação Assistencial, Farmácias de Minas e almoxarifado para garantir o funcionamento desses serviços.

O mesmo vale para os servidores que precisam ir a campo para trabalhar, sobretudo em cidades com situação crítica de infecção pelo novo coronavírus.

Outro grupo que pode ter recebido as vacinas é formado por “trabalhadores que precisam executar suas atividades presenciais para reduzir o risco de disseminação da doença e provocar, como consequência, um surto por COVID-19”.

Sobre a listagem com 1.852 nomes de servidores, a SES conformou o encaminhamento à Assembleia Legislativa.

Investigação

Na última quinta (11/3), a Assembleia abriu uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a vacinação dos servidores da SES.

A pressão da Casa culminou na demissão de funcionários públicos, inclusive na queda do então secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral.

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e a Polícia Federal (PF) também apuram o caso.

Em nota, sindicatos de trabalhadores da saúde pediram a investigação do caso, mas argumentaram que nem todos os servidores listados na primeira relação, formada por 828 pessoas, furaram a fila de imunização.

As entidades informam que na lista estão funcionários que trabalham na Farmácia de Minas, por exemplo. Eles têm contato direto com pacientes e familiares de pessoas com doenças crônicas, grupo de risco da COVID-19.

O mesmo vale para aqueles que trabalham na vigilância sanitária estadual. Esses servidores inspecionam hospitais, insumos e leitos que vão receber os pacientes com a doença.

O que é o coronavírus

Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
Vídeo: Por que você não deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp

Como a COVID-19 é transmitida?

A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Como se prevenir?

A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
Vídeo: Flexibilização do isolamento não é ‘liberou geral’; saiba por quê

Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam:

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.

Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras?

A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.

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