Covid-19 se espalha rapidamente em Itabira. Prefeitura deve adotar medidas mais restritivas antes que o sistema de saúde entre em colapso

Com 9.365 casos confirmados de itabiranos que contraíram o novo coronavírus (Sars-Cov-2), 81 óbitos, e com mais de 100 novos casos confirmados em uma semana, não é de se admirar que os hospitais Nossa Senhora das Dores e Carlos Chagas estejam abarrotados de pacientes com Covid-19.

E pelo que se observa, cresce exponencialmente o número de jovens infectados, a maioria assintomática,  que levam o vírus para casa e aos locais de trabalho, contaminando mais pessoas.

Segundo o boletim epidemiológico divulgado nessa quinta-feira, dos 9.361 casos confirmados (hoje já são 9.365), 83,38% (7.806) são pessoas na faixa etária entre 20 e 59 anos. Na semana foram registrados 102 novos casos no município.

A consequência não podia ser diferente. A taxa de ocupação de leitos UTI/SUS está em 85%, com 22 leitos ocupados, em um total de 26 disponíveis para tratamento exclusivo de casos graves de Covid-19.

Nas enfermarias a taxa de ocupação é de 58%, com 32 internados e disponibilidade de 55 leitos. Essa situação já é um indicador de pré-colapso do sistema de saúde local.

Dos internados nas UTIs, metade é de pacientes de cidades que compõem a microrregião de Itabira, enquanto nas enfermarias 17 são pacientes de Itabira e 15 de outras cidades. Saiba mais no site Itabira no Monitoramento da Covid-19

Como o SUS é válido para todo o país, as internações nos hospitais da cidade podem não mais ficar restritas aos pacientes da microrregião. Isso porque os hospitais públicos e conveniados, tendo vagas, são obrigados a atender doentes de outras cidades onde o sistema de saúde já entrou em colapso.

Daí que medidas mais restritivas precisam ser adotadas com urgência na cidade e na região. E é o que se espera dos prefeitos do Médio Piracicaba, que se reunirão na tarde desta sexta-feira (5), em João Monlevade.

É bem possível que adotem, por decreto, um lockdown regional,  fechando todo o comércio e serviços não essenciais, como ocorreu em março do ano passado, com validade entre 14 e 21 dias.

Fonte: Secretaria Municipal de Saúde/Prefeitura Municipal de Itabira

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