Com merecimento, o Coelhão é campeão da série B do Campeonato Brasileiro
O dia 25 de novembro deste ano registra marco histórico na trajetória do América Futebol Clube, campeão da Série B do Campeonato Brasileiro e recordista de público do seu estádio, o Independência. No jogo contra o CRB, o time venceu a partida por 1 a 0, com gol de Rafael Lima, zagueiro que atuou antes pelo Chapecoense, diante de exatos 22.481 torcedores, com renda de R$ 98.353,00. Foi a segunda vez que o América, o coelhão de Minas Gerais, chegou ao título daquela competição nacional, justamente 20 anos após a conquista de 1997. O time somou 73 pontos, conquistados na tabela de classificação, dois a mais do que o Internacional, o vice-campeão mesmo ganhando do Guarani, no Beira-Rio, no Rio Grande do Sul.
O CRB, time alagoano, ficou com 45 pontos, suficientes para livrá-lo do rebaixamento. Já os atletas do clube mineiro, por sua vez, consolidaram lugar entre os times da Série A, na competição do próximo ano, retornando após apenas um ano de disputa na série B. O gol da vitória, por sinal, coube justamente ao capitão Rafael, responsável por erguer a taça após o apito final, completando cruzamento da direita com a coxa, na segunda trave, aos 20 minutos do segundo tempo, e chorando bastante na comemoração.
O América Futebol Clube teve em campo Fernando Leal; Norberto, Rafael Lima, Messias e Giovanni; Juninho, Ernandes, Ruy, Felipe Amorim (Renan Oliveira); Bill e Luan, treinados pelo técnico Enderson Moreira.
História
Em 1912 foi fundado o América, quando no dia 30 de abril, garotos de 11 a 13 anos realizaram um sorteio para a escolha do nome de um novo clube na capital mineira. A garota Alda Meira, irmã de Adhemar de Meira, um dos fundadores, sorteou o nome e, naquele momento, nascia o América Futebol Clube, um dos clubes mais vencedores, tradicionais e revelador de craques do futebol nacional.
De sonho a realidade, o projeto inicial contou com as participações dos jovens Affonso Silviano Brandão, Aureliano Lopes de Magalhães, Aldemar de Meira, Oscar Gonçalves e Henrique Dinis Gomes. Em seguida, se juntaram ao grupo Alcides de Meira, Álvaro Moreira da Cruz, Augusto Penna, Caetano Germano, Carlos Nunes, Cezar Gonçalves, Fioravante Gonçalves Labruna, Francisco Bueno Brandão Filho, Gerson de Salles Coelho, Guilherme Halfed, Henrique Diniz Gomes, José Miranda Megale, Leon Roussoullieres Filho, Lincoln Brandão, Waldemar Jacob, Dario Ferraz, Fausto Ferraz, Geraldino de Abreu, Otacílio Negrão de Lima, Henrique Costa, Antônio Duarte, Cleantho Nunan e Luiz Guimarães, todos fundadores do América Futebol Clube. As cores verde e branca também foram escolhidas por sorteio e, em 1913, ano seguinte à fundação, foi agregada a cor preta, que predominava nos calções dos atletas. Hoje, as três cores estão nas variações dos uniformes do tricolor América.
A primeira Diretoria foi formada por Affonso Silviano Brandão (presidente), Aureliano Lopes Magalhães (vice-presidente), Aldemar de Meira (secretário) e Oscar Gonçalves (secretário e zelador).
Um dos marcos da história do América foi conquistar os títulos de campeão nas categorias profissional, aspirante e juvenil, no ano de 1957 – chamada tríplice coroa – , inclusive, goleando o Atlético por 7 a 2. Outra conquista da mais alta relevância foi o título de campeão de 1971, invicto, do campeonato mineiro. A conquista levou o time à disputa do primeiro campeonato nacional.
O 16º titulo de campeão mineiro, o América conquistou ano passado, superando Cruzeiro, na semifinal, e Atlético, na final. Não faltou emoção na reta final do campeonato. Na finalíssima, no Mineirão, no domingo de 8 de maio, o coelhão arrancou empate em um gol, depois de estar perdendo o jogo contra o Atlético e se sagrou o grande campeão, já que havia vencido a primeira partida por 2 a 1, na Arena Independência.
Danilo foi o herói americano ao empatar o jogo, aos 38 minutos do segundo tempo. Borges ajeitou com o peito para o lateral americano, que chutou com força uma bola que ainda bateu na trave antes de entrar e fazer a alegria da nação americana. O goleiro João Ricardo fez grandes defesas e ajudou a manter o resultado favorável ao América Futebol Clube.
Na lembrança do centenário de fundação do clube, em 30 de abril de 2012, uma linda e marcante festa aconteceu no Palácio das Artes, em BH. Naquela ocasião, a Federação Mineira de Futebol legitimou (homologando) definitivamente o decacampeonato do Coelhão. O ano também foi marcado pela reestreia do Estádio Independência, propriedade do América. Na festa de abertura desta moderna Arena, o time venceu o Argentino Juniors por 2 a 1, em 25 de abril, em amistoso internacional. Ainda na temporada o América voltou a disputar final do Mineiro e ficou com o vice-campeonato.