Castração de gatos e cães é reiniciada em Itabira com meta de esterilizar mais de 400 animais nesta semana 

Fotos: Ascom/PMI

Como parte da política de controle de zoonoses, que são as doenças que podem ser transmitidas por cães, gatos e pessoas, a castração tem sido um meio considerado mais adequado, por impedir a reprodução descontrolada da população, principalmente de animais de ruas e semidomiciliados.

É assim que, dando sequência à campanha de castração, começou nesta segunda-feira (13) e segue até sexta-feira (17), no Espaço Multiuso Etelvino Avelar, o mutirão de esterilização com todos os cuidados profiláticos necessários.

Nesta etapa da campanha, a meta da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) é castrar 410 cães e gatos, cadastrados em dezembro do ano passado.

O diretor de Controle de Zoonoses, Gustavo Cardoso Pinho, pede aos tutores que estão com os seus animais castrados que não deixem de levar os seus animais para a realização do procedimento cirúrgico.

“Isso é fundamental para atingir a meta de castração no ano e assim reduzir a população felina e canina de rua”, disse ele, lembrando que a ausência dos animais cadastrados impede que se alcance a meta, reduzindo o número de animais castrados no município.

O serviço de castração oferecido pela Prefeitura é gratuito. Após a esterilização, os animais serão “chipados” para localização e identificação dos tutores, nesses casos, quando domiciliados e ou semidomiciliados.

Castração é feita com toda a profilaxia necessária e com as recomendações para o pós-operatório

Mutirão

A castração é um procedimento cirúrgico, feito com anestesia geral, para impedir que animais se reproduzam sem controle. E traz outros benefícios para a saúde animal.

Desde o início do programa, em janeiro de 2021, já foram castrados 1.271 cães e gatos. Já a meta para esta semana é a esterilização de 410 animais. O castra móvel tem capacidade para realizar de 120 a 150 cirurgias por dia.

Controle é necessário para a saúde animal e das pessoas

Cidades que não possuem um programa de controle populacional efetivo de animais de rua registram três vezes mais mordeduras quando comparadas às cidades que desenvolvem tais programas

Em 2002, no Brasil, segundo registros oficiais, 424.020 pessoas foram agredidas por animais nessas condições. Desse montante, 237.731 receberam tratamento preventivo para a raiva, o que representou aos cofres públicos um gasto de R$17 milhões.

A raiva é uma das zoonoses que pode ser transmitida ao ser humano. Trata-se de uma infecciosa viral de evolução aguda com alta letalidade e alto impacto psíquico e emocional das pessoas mordidas, mediante o temor de contrair a doença.

A transmissão ocorre dos animais para o ser humano, por meio de mordeduras, arranhaduras ou ferimentos (antropozoonose). A cada ano, nos países menos desenvolvidos, dos quais 90% estão situados no sudeste asiático, mais de 50 mil seres humanos morrem vítimas da raiva.

Países da América Latina, como Peru, Equador, México e Brasil, ainda não conseguiram controlar a raiva urbana. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o cão é responsável por 99% dos casos de raiva humana e por 92% dos tratamentos pós-exposição que ocorrem em todo o mundo.

Outro exemplo de zoonose é a leishmaniose, um problema de saúde pública que atinge muitos estados brasileiros, estando também presente em Itabira. Na epidemiologia dessa zoonose, o cão atua como principal reservatório do protozoário em áreas urbanas.

Já leptospirose no Brasil tem incidência aumentada principalmente no verão em decorrência de chuvas e alagamentos de áreas urbanas. Os cães podem adquirir a infecção pela convivência com outros animais contaminados, bem como com ratos que urinam em áreas comuns.

 

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