Câmara de Itabira faz reunião no plenarinho com aglomeração em tempo de Covid-19
Em decorrência das reformas em curso na Câmara Municipal de Itabira, a primeira sessão da presente legislatura ocorreu no plenarinho Monsenhor José Lopes dos Santos, um local apertado, ocasionando aglomeração de vereadores, assessores e imprensa, em plena pandemia da Covid-19.
Com isso, foi desrespeitado o decreto municipal que proíbe aglomerações na cidade, ainda mais sendo em um local público. Resta saber se a Câmara será autuada e multada pela Prefeitura pelo descumprimento.
Para o vereador Weverton “Vetão” Andrade (PSB), presidente da Câmara, não havia outra forma de realizar a reunião sem ser no plenarinho.
Isso porque, segundo ele, de toda forma os vereadores teriam que se reunir, conforme determina o regimento interno, para deliberar em duas sessões consecutivas para a realização das sessões em outra localidade.
“Nosso desejo era retornar ao plenário, mas isso não foi possível. Foram disponibilizados microfones para todos vereadores para não ter de passar de mão em mão, com uso de máscaras e álcool em gel nas mesas de todos os vereadores. Infelizmente não tivemos outra alternativa que não fosse realizar a reunião no plenarinho”, ponderou.
Enquanto perdurar a reforma do plenário da Casa, os vereadores deliberaram que as reuniões devem ocorrer no teatro da Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade.

Manifestações
Vetão, fazendo uso do pequeno expediente, disse que vai convidar o presidente do Saae, o empresário José Antônio Lopes, para explicar a causa da recorrente falta de água na cidade, o que tem ocasionado transtornos à população que sofre também com calor em tempos de pandemia.
“É para a população ser informada do que está ocorrendo, para saber o que tem provocado a falta de água, que muitas vezes chega barrenta em muitas residências. Fizeram o anel hidráulico, mas infelizmente o problema persiste. É preciso acabar de uma vez por todas com essa situação de escassez e com a má qualidade da água em Itabira.”
Já o vereador Heraldo Noronha (PTB) pediu apoio aos vereadores para que assinem uma moção de repúdio pelo descaso da agência local do INSS, que, segundo ele, não tem atendido satisfatoriamente aos itabiranos.
“As pessoas, aposentadas e afastadas, têm que sair de Itabira para serem atendidas em outras localidades. É uma falta de respeito muito grande para com os itabiranos”, protestou.
Fazendo uso da tribuna, já no grande expediente, o vereador Júber Madeira (PSDB), líder do prefeito na Câmara, manifestou a intenção de ser um interlocutor entre os vereadores e o prefeito Marco Antônio Lage (PSB), assim como também com todo o secretariado.
“Que possamos construir essa ponte entre o legislativo e o executivo com base em boas práticas democráticas”, disse ele, admitindo a importância do embate político com o contraditório, respeitando a independência entre os poderes.
A conferir nos próximos quatro anos.
Há outros espaços públicos na cidade que podem ser cedidos à Câmara de Vereadores para que se realizem as reuniões semanais com um espaço mais adequado.
Faltou a boa conversa.