Bolsonaro, Lula, Moro ou Doria: Veja quem tem a agenda mais liberal, segundo a Garde

Foto: Tomaz Silva/
Agência Brasil

Se o mercado se posiciona contra a candidatura de Lula por ser o menos liberal, por ter agenda mais progressista, então há um bom motivo para o povo acreditar em suas propostas. O pré-candidato petista perde para os outros pré-candidatos em todos os fundamentos neoliberais relacionados pela gestora Garde

“As recentes declarações do entorno do petista indicam uma intenção de revisão de certas reformas aprovadas desde o governo Temer, como, por exemplo, a reforma trabalhista, o teto de gastos e a política de preços da Petrobras”, afirma a gestora Garde.

Confira.

Deu no Money Times

Por Renan Dantas

Eleições se tornaram o principal evento do Brasil para os mercados em 2022

As eleições para a presidência são apontadas como um enorme fator de ruído para os mercados em 2022, que, inclusive, já começaram a precificar os possíveis impactos do pleito.

Economistas e investidores temem possíveis guinadas populistas tanto de Jair Bolsonaro quanto de Lula, que lidera as pesquisas de intenção de voto.

Pensando nisso, a gestora Garde propôs uma metodologia para mensurar a qualidade da agenda econômica não só de Lula mas também dos demais candidatos.

No levantamento, são atribuídos os principais agrupamentos de política econômica que a gestora considera relevantes para os possíveis cenários.

Veja:

Dentre os candidatos, o atual governador de São Paulo João Doria é o que apresenta maior nota. O tucano se posiciona, com frequência, a favor das reformas e já manifestou o seu desejo de privatizar estatais, como Petrobras (PETR3;PETR4) e Banco do Brasil (BBAS3).

No caso de Jair Bolsonaro, a Garde lembra que o atual mandatário tem um histórico de intervenção, “mas também consideramos que as notas apresentam um grau relativo de acurácia”.

Na visão da gestora, Sergio Moro ainda possui diversas lacunas sobre suas visões para a economia, uma vez que suas opiniões sobre o assunto ainda são escassas.

“As recentes declarações do entorno do petista indicam uma intenção de revisão de certas reformas aprovadas desde o governo Temer, como, por exemplo, a reforma trabalhista, o teto de gastos e a política de preços da Petrobras”, afirma.

A Garde também lembra que as declarações dos assessores econômicos petistas são acompanhadas de um disclaimer explícito de que não falam pelo candidato.

“Dessa forma, acreditamos que deveremos acompanhar nos próximos meses a consolidação do projeto do ex-presidente, em que possamos refinar as estimativas sobre um eventual governo”, completa.

Para a gestora, a terceira via continua com perspectivas ruins, visto que, segundo as pesquisas, nomes como João Doria e Sergio Moro têm dificuldades para crescer.

Na pesquisa Genial/Quest divulgada na última quarta-feira (12), o ex-ministro e ex-juiz Sergio Moro (Podemos) soma 9%, enquanto João Doria foi citado por 3% dos entrevistados.

“À luz de hoje, faltando vários meses para as eleições, a viabilidade desses candidatos (Moro e Doria) segue baixa e assim acreditamos que devam permanecer no curto-prazo”, diz.

Mesmo assim, a Garde ressalta que dada a grande rejeição tanto de Lula como de Bolsonaro, o potencial teórico de uma terceira via existe, podendo mudar as probabilidades de viabilidade eleitoral dos candidatos e impactar o mercado à frente.

 

 

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