Aliança máxima e caminho aberto ao conflito mundial

A Otan foi criada em 1949 para combater a expansão soviética e do comunismo

Foto: Reprodução/Otan

Veladimir Romano

Que ninguém chore pelo que não aprendeu com tanta destruição e perda inglória de vidas no palco europeu onde guerras seguem marcando momentos históricos, tristeza e profunda mágoa. Em cada ano que passa, nas comemorações fazem homenagens aos mortos, mas sem que se faça balanço geral do prejuízo. Ficam apenas com discursos prometendo aquilo que jamais podem oferecer: paz duradoura.

Histeria, pressa, oferta com duas mãos repletas de sangue, a entrada da Ucrânia e Moldávia ao clube das nações europeias, entretanto, poucos se dando conta da forte discriminação declarada, deixando de lado uma Turquia que vem pedindo sua adesão desde 1959 e da Geórgia, desde 1998 como mais recente da Macedónia do Norte, entalada pelas exigências búlgaras pedindo reconhecimento da sua comunidade nascida em território da velha Jugoslávia.

Passando por cima de qualquer ética moral, apenas o espetáculo que a guerra vem dando com a Ucrânia usando quantos argumentos dos líderes de Quieve, aplicando o método do “João sem braço”, ganhando assim estatuto de nação maior. Albânia e outras nações Balcãs, esperam, faz anos, na fila.

Por outro lado, tanta correria e promessa na bagagem para Madrid onde a OTAN, realizando suas razões e organizando ideias velhas como vontades manipuladoras sobre a soberania alheia, esquece suas participações agressivas em outros territórios, destruindo a seu belo prazer países jamais ameaçadores aos julgamentos bélicos duma Aliança perigosa, aumentou ainda mais tal promessa.

Ao realizar um obcecado aumento de 40 mil soldados para 300 mil, engrossando ainda mais a fronteira nórdica contra a Rússia e Bielorrússia, agentes políticos, militares e economistas, deram aos militares da OTAN regras bem óbvias no preparo da próxima guerra mundial.

Sem dúvida, graças ao péssimo nível ignorante controlado pelos instintos da força bélica, temos novamente uma bravia discussão, caso fosse ela possível com altos índices da informação realista, se ela funcionasse.

Vejamos: só a manutenção da sede em Bruxelas, por mês, leva custo de 1 bilhão e 200 milhões de dólares, segundo a própria organização adianta. Desde 2014 vem tendo aumentos sucessivos (24,9%), todo o exército, pessoal burocrático, exercícios, graúdos e serviços diversos, as nações gastam o total de 1 trilhão com 2 bilhões de dólares, pagando os EUA a nota mais alta de 69% destes custos/ano.

Será que o contribuinte vai aguentar? Por certo, a carteira do povo terá que arcar com mais taxas, impostos e mais peso na economia.

*Veladimir Romano é jornalista e escritor luso-cabo-verdiano.

 

 

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