“Alguns me querem morto”, diz o papa Francisco
Foto: Reprodução/Instagram
Rafael Jasovich*
O papa Francisco disse em um encontro com jesuítas durante sua recente viagem à Eslováquia que “algumas” pessoas gostariam de vê-lo morto.
Os detalhes da conversa de Jorge Bergoglio com integrantes da Companhia de Jesus, ordem à qual ele mesmo pertence, foram divulgados pela revista jesuíta italiana La Civiltà Cattolica, cerca de uma semana após o retorno do pontífice.
“Ainda estou vivo, embora alguns me quisessem morto. Sei que houve até encontros entre prelados, os quais pensavam que o Papa estava em estado mais grave do que divulgavam. Preparavam o conclave. Paciência. Graças a Deus, estou bem”, disse Francisco durante uma visita surpresa a jesuítas.
Durante a conversa, Bergoglio, primeiro papa jesuíta na história, também reconheceu que, “às vezes”, perde a paciência com as críticas contra ele dentro da Igreja Católica.
“Eu, pessoalmente, posso merecer ataques e injúrias porque sou um pecador, mas a Igreja não merece isso. Isso é obra do diabo.
¨Até alguns clérigos fazem comentários maldosos sobre mim. “Às vezes, eu perco a paciência, especialmente quando emitem juízos sem entrar em um verdadeiro diálogo”, declarou.
Francisco é alvo de forte oposição em alas ultraconservadoras do clero, que criticam suas aberturas a homossexuais e divorciados e até mesmo sua preocupação com a crise climática no planeta.
Um dos principais expoentes desse grupo, o cardeal americano Raymond Burke, já chegou até a insinuar que o Papa é “herege”.
Há pouco mais de dois meses, o pontífice passou por uma cirurgia para remoção de divertículos no cólon e ficou 10 dias internado em um hospital de Roma, mas já retomou suas atividades normalmente. Vida longa para o papa Francisco.
*Rafael Jasovich é jornalista e advogado, membro da Anistia Internacional.
Tá cheio de nazi, inclusive no Brasil, que quer ver o papa pelas costas.
Vida longa ao papa Francisco, um homem sábio.