Acita propõe instalar, em Itabira, fórum permanente de debates dos rumos da mineração no país
Em manifesto, a Associação Comercial, Industrial e da Agropecuária de Itabira (Acita) convoca autoridades, lideranças dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário (federal, estaduais e municipais), comunidade acadêmica, técnicos, pesquisadores, especialistas em mineração, sociedade civil organizada dos municípios minerados e empresas mineradoras para participarem, em Itabira, de um Fórum Permanente da Mineração no Brasil.
O convite é motivado pelos últimos acontecimentos que colocam na berlinda a atividade mineradora, em especial a sua principal expoente, a mineradora Vale S.A, que nasceu Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), em 1942, inicialmente para explorar o histórico e já exaurido pico do Cauê – e que hoje está presente em todos os continentes.
“É na cidade natal de Drummond que devem acontecer os debates, encontros, seminários e reuniões que possam resultar em mudanças reais, por meio de um diálogo participativo, democrático e, ao mesmo tempo técnico”, propõe a entidade empresarial.
O manifesto ressalta ainda que Itabira dispõe do maior laboratório a céu aberto da mineração no planeta. Registra que nas minas da Vale estão reunidos os impactos, benefícios e riscos da atividade – um ambiente que facilita a busca de soluções sustentáveis para a mineração e para as cidades mineradas impactadas.
Destaca a necessidade urgente de incrementar alternativas econômicas à mineração em Itabira. “As reservas minerais do município se encerram em 2028, apresentando um cenário de muita insegurança social, econômica e ambiental”, desta o manifesto da Acita.
Embora na conjuntura itabirana seja destacado o cenário de iminente exaustão mineral, o manifesto não deixa de ser otimista: “Aqui nasceu a mineração de ferro em larga escala no século XX. Agora, em Itabira, vai nascer a nova mineração do século XXI.”
O manifesto cita a tragédia de Brumadinho, mas a Acita não se posiciona diante da questão que envolve a segurança de barragem e as aflições da comunidade, assustada com o gigantismo das estruturas de retenção de rejeito de minério instalada no município. Apenas registra que “…a cidade possui 16 barragens, praticamente todas na área urbana, sendo que algumas estão entre as maiores estruturas de rejeito do mundo.”
Mas o manifesto é ousado ao convocar (sic) nada menos que o presidente Jair Bolsonaro (PSL), seus ministros e lideranças do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Sustentáveis (Ibama), da Agência Nacional de Mineração (ANM), o governador Romeu Zema (Novo) e seus secretários, o presidente da Vale, Fábio Schvartsman para participarem do fórum de debates em Itabira.
Estão também convocados senadores, deputados, prefeitos, vereadores de municípios minerados por meio desse convite manifesto, que foi enviado às autoridades e lideranças políticas, empresariais e comunitárias de estados e municípios minerados.
Lero-lero, nhem-nhem-nhem, lenga-lenga, noves fora, agora apertou o calo deles?
acho que não farão nada, parece-me lero-lero. toda hora um notícia terrível: belo monte está em chamas…
Carlos,
Porque a Cultura é tão vilipendiada?
Pilar do desenvolvimento do conhecimento, do entretenimento para quem dela prescinde e esteio do saber, berço de um dos maiores poetas de nossa história.
A Barragem de Contenção Minerária se não é a seco (no Pará, é moderna), é um estopim a céu aberto.
Retirar o Vale Cultura do acesso ao trabalhador, além de acinte, é negar a população o privilégio mínimo ao regozijo do acesso a bens de consumo transformadores.
Disponibilizar 10 mil reais a organização da Semana Drummondiana é uma total falta de respeito para com a história Drummondiana é negar ao povo, o direito ver o município brilhar na elaboração de projetos cuja Agenda permitiria um convite prazeroso a uma visita aos Caminhos Drummondianos, a uma prosa saudável no Memorial CDA e vai por aí…
José Norberto