A Monkeypox chega a Itabira com um caso confirmado e três em investigações
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O primeiro caso confirmado de Monkeypox, mais conhecida como varíola dos macacos por ter sido detectada primeiramente em primatas em laboratório na Dinamarca, é de um é de um homem de 37 anos.
O paciente em Itabira apresentou os primeiros sintomas no dia 1º deste mês. Foi atendido no dia 6 e já estava em isolamento domiciliar, sob monitoramento.
A amostra para exames foi coletada no dia 9 e o resultado positivo saiu na tarde desta quarta-feira (17), informa a Secretaria Municipal de Saúde.
O paciente está sendo acompanhado por infectologista da rede municipal de Saúde, de acordo com o protocolo e cuidados médicos.
Há, ainda, outras três pessoas em Itabira com suspeita da doença, aguardando resultados dos exames. Outros quatro casos suspeitos já foram descartados.
Por ser uma doença viral, a Monkeypox exige das pessoas infectadas, e de quem está próximo, os mesmos cuidados da covid-19, embora seja menos agressiva, com transmissibilidade moderada.
Mas a sua rápida disseminação pelo mundo levou a Organização Mundial de Saúde (OMS) classificar a doença como sendo de preocupação mundial.
A Monkeypox é menos letal que a Covid-19 no início da pandemia, por já existir vacinas e remédios para tratamento, embora o imunizante específico para essa variante ainda não tenha chegado ao Brasil.
O vírus causador da doença pertence ao gênero Orthopoxivirus, o mesmo da varíola humana, que foi considerada erradicada desde a década de 1980
Contágio
Diferentemente do que foi inicialmente divulgado, o Monkeypox não é uma doença sexualmente transmissível, embora estudo publicado na New England Journal of Medicine informe que 95% dos casos estudados da varíola dos macacos tenham sido transmitidos durante relações sexuais.
Macacos não passam a doença, são também vítimas do vírus, que pode ser transmitido entre humanos pelo contato direto com lesões ou saliva de pessoas infectadas. Portanto, não o vírus não é transmitido apenas pela relação sexual, que pelo contato da pele e saliva dos beijos, acaba sendo um meio mais propício à transmissão.
Por ser uma doença viral, a Monkeypox pode atingir qualquer pessoa. Os sintomas são similares aos da varíola. Incluem lesões na pele e febre, que em casos mais severos podem durar entre duas e quatro semanas.
Outra forma de transmissão é por meio de materiais contaminados, como roupas e lençóis, toalhas e outros utensílios que podem estar contaminados.
Partículas da respiração também podem levar à contaminação. Por isso os demais cuidados preventivos da Covid-19 continuam valendo para reduzir a contaminação pelo Monkeypox e outras doenças virais.
Deve-se evitar lugares com aglomerações (no parque de exposição é recomendado que se usem máscaras), manter as mãos sempre limpas com uso de sabão ou álcool em gel, entre outras medidas profiláticas.
Sintomas e tratamento
“A Monkeypox pode atingir qualquer pessoa e os sintomas são similares ao da varíola. Incluem lesões na pele e febre, que em casos mais severos podem durar entre duas e quatro semanas”, explicou a médica infectologista Andréa Maria de Assis Cabral, do hospital municipal Carlos Chagas, em palestra realizada na quinta-feira (11) para profissionais de saúde de Itabira, no teatro do Centro Cultural.
O tratamento é baseado em medidas de suporte com o objetivo de aliviar a dor e as lesões na pele, além de prevenir e tratar as possíveis complicações.
Em casos suspeitos, sintomáticos e assintomáticos, a recomendação é que se procure imediatamente o serviço de saúde mais próximo de sua casa, observando e seguindo corretamente as recomendações das autoridades em saúde.