A marca da melhor vitamina C e de Zinco chama-se feira livre
Por Bruna Alves e Fatima Capucci
“A marca da melhor vitamina C e de Zinco, chama-se feira livre” afirma especialista sobre o excesso no uso de suplementos, vitaminas e minerais
EcoDebate -Um estudo da Clínica Cleveland,nos Estados Unidos, publicado no periódico científico JAMA, indica que incluir suplementos de vitamina C e Zinco no tratamento da Covid-19 não faz diferença no controle dos sintomas, mesmo quando consumidos juntos.
Sobre o cenário da suplementação na pandemia, a coordenadora do curso de Nutrição do Centro Universitário São Camilo, Sandra Chemin, explica:
“As pessoas já possuem o hábito de ingerir doses de suplementos, vitaminas e minerais por conta própria para evitar resfriados, gripes ou até para aumentar a imunidade”, adverte.
Já na pandemia, elas incrementaram essa ingestão, com o objetivo de evitar o contágio pelo novo Coronavírus, mas mal sabem o quanto essa atitude é prejudicial para a saúde sem o acompanhamento de um profissional, prossegue a nutricionista.
Segundo ela, além de não prevenir a Covid-19, “existe a possibilidade de ser acometida por alguma outra patologia, ser internada e aí ficar mais suscetível à doença.”
A professora fala sobre o uso excessivo de vitamina C e de Zinco, além de não prevenir sintomas do novo Coronavírus:
“O excesso de Zinco gera problemas digestivos, enjoo e náuseas, além de alterar a absorção de cobre, nutriente que interfere no transporte de ferro para formação dos glóbulos vermelhos e no metabolismo ósseo. Já o excesso de vitamina C traz transtornos ao sistema digestório e pode causar pedra nos rins.
Essas vitaminas só atuam quando a pessoa já está com uma síndrome respiratória instalada, caso contrário não. A marca da melhor vitamina C chama-se feira livre”.
Os efeitos da vitamina C sobre doenças respiratórias e reações alérgicas (diminuição da síntese de histamina) são direcionamentos de pesquisas que demonstram minimização do agravamento, mas sem conclusão e recomendação precisa
“Ela não atua na prevenção, mas na recuperação, diminuindo o tempo e a gravidade da enfermidade. Fumantes, por estarem em uma situação de aumento de radicais livres, não apresentam boa resposta à vitamina, como acontece com não fumantes” explica Sandra.
Sandra Chemin explica: “Na maioria das vezes, a alimentação já é suficiente para suprir a quantidade necessária de vitaminas e nutrientes que o organismo precisa. Por exemplo, são recomendadas 60mg de vitamina C por dia para indivíduos saudáveis.
Outras observações clínicas relatam que aqueles indivíduos com ingestão maciça de vitamina C têm um “escorbuto rebote”, caracterizado por sintomas de “dependência”, necessitando de doses cada vez maiores dessa vitamina.”
E finaliza: “As principais fontes desta vitamina são as frutas cítricas, especialmente o caju, a goiaba e principalmente a acerola. As folhas também possuem, mas deve-se tomar cuidado com o processamento, pois o calor destrói a vitamina.
O importante é que todas as vitaminas devem ser repostas diariamente, porém as vitaminas A, D, E e K quando ingeridas em excesso podem ter a necessidade de diminuir.”
No destaque, feira do pequeno produtor familiar de Itabira (Foto: Carlos Cruz)