A importância da alfabetização ambiental, a experiência na Casa Fundamental

Fotos: Divulgação

Informe Educacional

Uma educação de excelência precisa integrar a relação com a terra, com a natureza. E, não, isso não é papo de ‘bicho-grilo’ amante da natureza. Isso é assunto sério para pais, gestores e professores que tenham como objetivo que seus filhos e alunos sejam bem-sucedidos neste mundo.

“Na nossa escola, a Casa Fundamental, a gente implementou uma agrofloresta: um sistema agroflorestal que contempla árvores frutíferas, árvores do cerrado e horta. As crianças e os adolescentes frequentam esse ambiente todos os dias: plantam, colhem, comem o que colhem e fazem diversas pesquisas e estudos nessa sala de aula perfeita que é a floresta” conta Maria Carolina Mariano, diretora de inovação da escola.

Eles estudam desde práticas de cultivo a equilíbrio dinâmico e ciclos biológicos, passando por design e tecnologia, como a computação natural.

Habilidades como criatividade, colaboração, trabalho em equipe, capacidade de antever situações indesejadas, resiliência, resolver problemas complexos, todas essas que já são exigidas, hoje, no mercado de trabalho, são conquistadas em uma agrofloresta.

Plantar, colher, comer: alfabetização ambiental

Transtorno do Déficit de Natureza

Transtorno do Déficit de Natureza é um termo criado pelo jornalista Richard Louv, especialista na relação da infância e natureza e autor do livro referência na área “A última criança na natureza”.

“O transtorno do déficit de natureza não é um cid, é um artifício linguístico criado por Louv para chamar nossa atenção para as consequências graves tanto para o desenvolvimento físico, psíquico e cognitivo das nossas crianças, quando são privadas do convívio direto com ambientes naturais” explica Maria Carolina Mariano.”

Ana Carol Thomé, especialista em Educação Lúdica

Curso

No próximo sábado (03), a Casa Fundamental promove o curso Escola e Natureza: ações e reflexões para ampliar esta relação. O curso é voltado para educadores de educação formal e não formal, gestores educacionais e demais interessados no tema.

Quem ministra é a pedagoga Ana Carol Thomé, especialista em Educação Lúdica, Psicomotricidade e Educação Inclusiva. Professora da Rede Pública, atuou na Educação Infantil, na Educação Inclusiva e na Formação de Professores. Idealizou e coordena o programa Ser Criança é Natural, desde 2013.

Trabalhou em Escolas da Floresta no Reino Unido, e pesquisa iniciativas que relacionam Educação e Natureza pelo mundo. Participou do documentário O começo da vida 2: Lá fora.

Estuda a cultura da infância, desenvolvimento infantil, e processos de aprendizagem pela experiência. Numa ação colaborativa com o Movimento Literário, criou o Clube de Leitura Biblioteca da Floresta.

O que acontece quando criança e natureza crescem juntas? É possível existir uma relação entre criança e natureza na escola? Como fazer? Para pensar nessas questões, nosso encontro foi desenhado com diferentes momentos: vivências e rodas de conversa. Não é preciso apenas falar e refletir sobre criança e natureza, mas também experimentar, sentir e viver.

Serviço

Valor: R$220,00

Carga Horária: 3h

Data: 3/06/2023

Horário: 9h às 12h

Local: Casa Fundamental (Rua Castelo de Lisboa, 392 – Bairro Castelo)

Inscrições: https://www.sympla.com.br/evento/curso-escola-e-natureza-acoes-e-reflexoes-para-ampliar-esta-relacao/1982180

Sobre a Casa Fundamental 

Colaborar para a construção de um mundo novo com inúmeras possibilidades. A Casa Fundamental foi criada para preparar o estudante para o futuro, usando métodos que vão além dos conteúdos da grade curricular tradicional. O projeto é fruto do sonho dos fundadores-educadores, os irmãos Mariano, Marina Mariano, Thiago Mariano, Maria Carolina Mariano, e Lígia Ribeiro.

“Acredito que é dever primordial do educador contribuir para a formação de cidadãos críticos, capazes de analisar, sintetizar, comparar, compreender e, a partir de conclusões, interferir em situações diversas. É garantir a manifestação da essência humana”, diz Maria Carolina Mariano, diretora de inovação da escola.

É preciso compreender que há uma revolução tecnológica em curso e precisamos preparar as nossas crianças para esse futuro. Pesquisas apontam que 65% das crianças que hoje estão na educação infantil seguirão carreiras que ainda não existem. Como lidar com esse novo cenário?

“Temos que dar aos estudantes as ferramentas para que eles possam resolver problemas de forma criativa para lidar com o complexo mundo em que vivemos e as novidades tecnológicas que ainda não conhecemos, mas que surgirão nas próximas décadas” explica Maria Carolina.

A Casa Fundamental oferece educação básica (2 a 14 anos), em período integral. Uma escola exclusiva e inclusiva, que trabalha o conceito de microschool, com uma turma de cada série, por opção pedagógica.

A metodologia é própria, com abordagem que combina as melhores práticas das escolas tradicionais com metodologias ativas. No currículo, disciplinas diferenciadas: música, laboratório de criação, corpo e expressão, programação, inglês imersivo, mandarim, corpo e movimento.

História

A história da Casa Fundamental se confunde com a história da família Mariano. Os três irmãos cresceram no colégio Gabriela Leopoldina em Belo Horizonte, o sonho de seus pais.

“Nós aprendemos a trabalhar nesse espaço, que deu para gente a condição de uma formação humana como alunos e depois como profissionais”, conta Marina Mariano, diretora pedagógica da Casa Fundamental.

“Viemos de uma linhagem em educação, sempre estivemos conectados às mudanças, o que nos possibilitou pensá-la de forma contemporânea, e ressignificá-la”, completa.

Regina Mariano embarcou no sonho dos filhos, e com 53 anos de educação é também cofundadora da Casa Fundamental. “Ela é a nossa grande referência como professora. Assim que ela entra na escola, e escuta os sons do espaço, ela sabe se está tudo bem ou não”, explica Marina.

Maria Carolina, Marina e Thiago saíram da escola da família atrás de iniciativas e processos diversos. Foram cinco anos de estudos, que passaram por diferentes países como Japão, Dinamarca, EUA e Índia.

O resultado é essa escola contemporânea, uma escola brasileira que leva a sério o rigor acadêmico, associando-o a um novo currículo, da Casa Fundamental. “Somos uma escola do presente, com foco no desenvolvimento de habilidades de aprendizagem” finaliza Marina.

Juntou-se a eles Lígia Ribeiro, também oriunda da Gabriela Leopoldina. Ela é diretora acadêmica da Casa Fundamental.

 

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