A cerveja vai ficar ainda mais cara
Rafael Jasovich
Sei que esse tema nada tem de agradável, ainda mais neste domingão de muito sol, mas não posso deixar de comentar, para tristeza geral. Lá se vai nossa pequena alegria, de domingo agora sem churrasco. E sem cerveja a vida fica mais triste.
Bebida alcoólica mais consumida no país, a cerveja teve em 2021 a maior alta de preços em sete anos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
As perspectivas para 2022 são pouco animadoras. Isso porque as sanções dos Estados Unidos e de seus aliados pressionam os preços globais da cevada, do trigo, do milho e do malte.
Além disso, Rússia e Ucrânia respondem por 28% das exportações globais de cevada e Moscou é o terceiro maior fornecedor de malte ao Brasil.
O conflito na Ucrânia impactou nos preços dos cereais, como milho, trigo e cevada. E é assim que o preço dessas commodities nas bolsas aumentou, o que interfere no nosso lazer etílico criativo.
Com o aumento no preço dos grãos, a cerveja ficará ainda mais cara.
Além disso, o Brasil é também dependente de importações para o desenvolvimento de sua indústria cervejeira.
O Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv) estima que 78% da cevada e 65% do malte consumidos no país, em 2021, vieram do exterior.
O lúpulo, terceiro ingrediente central da cerveja, é praticamente 100% importado hoje.
Ainda bem que nos sobrou a cachaça.