Museu de Arte da Pampulha abre inscrições para o maior programa de residência artística do Brasil

Foto:Thiago Giardini/
Reprodução/MAP

Estão abertas as inscrições para o maior programa de residência artística do Brasil: o Bolsa Pampulha, programa de formação artística do Museu de Arte da Pampulha (MAP).

Neste ano, candidatos de todo Brasil já podem se inscrever, bem como estrangeiros legalizados em nosso país. Serão aceitas propostas de projetos ou pesquisas artísticas no segmento de Curadoria, visando instigar e atender as demandas do setor cultural, principalmente de arte contemporânea em Belo Horizonte.

Ao todo, serão escolhidos dez artistas, para realizarem projetos com ênfase em seus processos artísticos, e um bolsista que apresente projeto com ênfase em pesquisa curatorial. Cada integrante receberá uma bolsa semestral, sejam elas individuais ou coletivas, no valor mensal de R$ 3 mil, e mais ajuda de custo de R$ 5 mil para a execução da proposta selecionada para a Mostra de Resultados.

Com a finalidade de potencializar a carreira dos residentes que estão em processo de consolidação de suas trajetórias, serão aceitas inscrições de artistas, pesquisadores, coletivos ou grupos que tenham participado de até, no máximo, três exposições, mostras, plataformas, processos expositivos e publicações individuais em espaços institucionais. Para se inscrever, é necessário que o candidato tenha idade igual ou superior a 18 anos.

A residência terá duração de seis meses e, durante esse período, serão realizadas diversas atividades com os bolsistas. Como parte integrante do programa estão previstos encontros mensais, leituras de portfólio, debates, oficinas, palestras abertas ao público, presencial ou virtual, além de uma Mostra de Resultados e a publicação de um catálogo, ambos com as obras realizadas pelos bolsistas durante o período de residência.

Descentralização e Território

As residências artísticas do Bolsa Pampulha serão realizadas no Viaduto das Artes, onde funcionará o ateliê coletivo, no bairro Barreiro (Foto: Reprodução/Viaduto das Artes)

Descentralizar o fomento à arte contemporânea é uma das propostas desta edição. A parceria com o Viaduto das Artes busca ampliar esse caráter de democratização artística.

Como o Museu de Arte da Pampulha (MAP) encontra-se com o edifício sede em período de preparação para obras de restauro, as residências artísticas do Bolsa Pampulha serão realizadas no Viaduto das Artes, onde funcionará o ateliê coletivo, no bairro Barreiro, uma das regiões periféricas da cidade de Belo Horizonte.

O Viaduto das Artes é uma Organização da Sociedade Civil, (OSC) com foco em arte e cultura.

As demais atividades ocorrerão em equipamentos culturais da Secretaria e Fundação Municipal de Cultura. Dessa forma, o programa confirma sua expansão pela cidade e mantém o MAP como importante ponto de diálogo e convergência.

Para fortalecer a compreensão da cidade expandida, as residências artísticas desta edição do Bolsa Pampulha se configuram como um intercâmbio cultural em contato constante com o território ampliado de Belo Horizonte, envolvendo especialmente a Região Metropolitana.

Uma equipe curatorial e tutorial ficará responsável pelo acompanhamento e orientação dos bolsistas, além de contribuir ao longo dos processos de pesquisa, formação, experimentação e criação.

O Bolsa Pampulha é uma realização da Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e da Fundação Municipal de Cultura, em parceria com o Viaduto das Artes.

As inscrições estão abertas e podem ser feitas até o dia 22/2 pelo site pbh.gov.br/bolsapampulha.

Sobre o Bolsa Pampulha

O Bolsa Pampulha é um programa consolidado de arte contemporânea e se apresenta como uma das primeiras residências artísticas do Brasil. Sua origem remonta ao Salão Nacional de Arte da Prefeitura de Belo Horizonte, realizado desde 1937.

A partir de 2003, passa por uma reformulação e ganha o formato atual, de forma a evidenciar e dialogar com as oportunidades da arte e da cultura contemporâneas.

Uma das principais iniciativas do MAP, gerido pela Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte, o Bolsa Pampulha reforça o museu como espaço de formação, pesquisa e experimentação junto à comunidade artística local e nacional, algo testemunhado ao longo de suas edições anteriores.

Enquanto política pública de cultura, o Bolsa Pampulha confere visibilidade à trajetória de relevantes nomes das artes visuais brasileiras que passaram pelas residências do programa, como Cinthia Marcelle, Paulo Nazareth, Marilá Dardot, Desali, Janaína Wagner, Rafael RG, Marcellvs L, Luana Vitra, Froiid, entre outros.

Museu de Arte da Pampulha

Inaugurado em 1957, o MAP desde sua fundação exerce um relevante papel na formação, no desenvolvimento e na consolidação do ambiente artístico e cultural da cidade de Belo Horizonte. Seu acervo conta com importantes obras e documentos que permitem revisitar a história da arte moderna e contemporânea brasileira, com especial destaque para o seu edifício-sede.

O prédio, projetado por Oscar Niemeyer na década de 1940, é uma referência icônica para a arquitetura moderna brasileira e dos mais representativos cartões-postais de Belo Horizonte. Desde 2016, o Conjunto Moderno da Pampulha é reconhecido como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco).

Viaduto das Artes

Viaduto das Artes é um espaço cultural instalado, a partir da mobilização da comunidade loca, sob o viaduto Engenheiro Andrade Pinto, no bairro Barreiro, Belo Horizonte (Foto: Reprodução/Viaduto das Artes)

O Viaduto das Artes é um equipamento cultural e multidisciplinar instalado no bairro Barreiro, região periférica de Belo Horizonte. Conta com galeria de arte, biblioteca, ateliês, jardim de esculturas, espaços formativos e expositivos instalados no baixio do viaduto Engenheiro Andrade Pinto, na Avenida Olinto Meireles, nº 45.

Com área aproximada de 1.000 m², o local já recebeu eventos em vários formatos, como exposições, shows, oficinas, espetáculos teatrais, entre outros.

O espaço mantém diálogo cotidiano com a comunidade ao redor, e trabalha em prol do impacto cultural, educacional e social naquele território.

A região, que engloba mais de 300 mil habitantes, exibe um cenário de tensões sociais e econômicas comuns à periferia de qualquer grande cidade brasileira. O equipamento cultural cumpre um raro papel de aproximação e transformação junto a essa vizinhança.

Serviço

Bolsa Pampulha – 9ª edição
Inscrições: até 22 de fevereiro de 2024
Inscrições em pbh.gov.br/bolsapampulha
Informações sobre o edital: bolsapampulha9@gmail.com

Para mais informações: contato@viadutodasartes.art.br

 

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