Presidente e vice-presidente do Conselho de Administração da Vale visitam Itabira a convite de André Viana
Na reunião com o prefeito Marco Antônio Lage, os conselheiros da Vale foram informados sobre a pesquisa realizada pela Arcade Consultoria, com os investimentos em projetos estruturantes que estão sendo renegociados com a mineradora para assegurar o futuro sustentável de Itabira
Fotos: Ascom/Metabase
Informe Sindical
Nessa terça-feira (20), estiveram visitando Itabira o presidente do Conselho de Administração da Vale, Daniel Stieler, e o vice-presidente, Marcelo Gasparino. A convite do presidente do Sindicato Metabase de Itabira e Região, André Viana Madeira, eles vieram para conhecer a realidade local e ouvir as reivindicações dos trabalhadores, aposentados, pensionistas, das lideranças políticas e empresariais do município e da região.
“Pela primeira vez tivemos a honra de receber o presidente e o vice-presidente do Conselho de Administração da Vale em nosso sindicato”, diz André Viana, que é também conselheiro da mineradora como representante dos trabalhadores da Vale de todo o país.
A reunião no sindicato aconteceu na parte da manhã, reunindo trabalhadores da Vale, aposentados e pensionistas da Valia. “Apresentamos as reivindicações dos trabalhadores na ativa, assim como estabelecemos diálogo com ações no Plano Benéfico BP e Vale Mais, tratando da nova cultura previdenciária dos empregados”, conta André Viana.
Os conselheiros visitaram também o campus e o laboratório do curso de Medicina do UNIFuncesi, realizado em parceria com a Vale.
Daniel Stieler e Marcelo Gasparino, ciceroneados por Viana, visitaram o Memorial Carlos Drummond de Andrade, onde conheceram o acervo que a cidade natal do poeta guarda e reverencia. O filho mais ilustre de Itabira, ainda na juventude, já se preocupava com o futuro ainda incerto de sua terra natal após a extração da última tonelada de minério de ferro.
Diversificação econômica
Pois foi sobre esse futuro, e os projetos que precisam ser alavancados para mudar essa realidade de dependência extrativista, que os conselheiros da Vale debateram com lideranças empresariais na Associação Comercial, Industrial, Serviços e Agropecuária de Itabira (Acita).
Participaram da reunião na Acita o ex-prefeito João Izael Querino Coelho (2005-2012), empresários itabiranos e presidentes das associações comerciais de Bela Vista de Minas, João Monlevade, Rio Piracicaba, Santa Bárbara, São Domingos do Prata, São Gonçalo do Rio Abaixo. Na reunião com os empresários foi debatido o tema: Diversificação Econômica e Anseios do Setor em Itabira e na região.
“Os nossos visitantes entenderam e se comprometeram com a defesa dos interesses de Itabira e da região junto à diretoria-executiva da Vale. Defendemos futuras parcerias que podem resultar no beneficiamento do chamado minério verde, que são os briquetes, produzidos com o minério de Itabira em uma única planta de processamento em Vitória, no porto de Tubarão, e que pode ser beneficiado também aqui em Itabira”, reivindica André Viana.
Segundo ele explica, os briquetes são a grande novidade tecnológica capaz de viabilizar a descarbonização das siderúrgicas mundiais. “A ONU (Organização das Nações Unidas) cobra a redução da taxa de carbono nas siderúrgicas. Só que o minério mais apropriado para a produção desses briquetes é o de Itabira. Então, por que não ter uma planta para produzir esse minério verde aqui em nosso município”, defende André Viana.
O presidente do Metabase e conselheiro da Vale reivindica ainda a instalação em Itabira de plantas de processamento de um geopolímero, a partir do rejeito de minério de ferro, para produção de cimento, como também de asfalto, tecnologia que está sendo inclusive desenvolvida pelo campus da Unifei em Itabira.
“Com o rejeito do minério, que temos em maior volume em Itabira, podemos também produzir pré-moldados (blocos e tijolos) utilizando rejeitos das usinas de concentração e a abundância de areia (sílica) existente em nossas minas.”
Itabira sustentável
A agenda dos conselheiros da Vale se encerrou no gabinete do prefeito Marco Antônio Lage. “Tratamos e nos foi apresentado os resultados da pesquisa realizada pela Arcade Consultoria, com os investimentos que estão sendo negociados com a Vale para assegurar o futuro sustentável de Itabira ainda com a mineração e mesmo depois da exaustão mineral, que segundo o último relatório Form-20, está prevista para 2041”, conta André Viana.
De acordo com avaliação do sindicalista e conselheiro da Vale, a visita do presidente e do vice-presidente do Conselho Administrativo foi altamente positiva.
“Eles saíram comprometidos com o projeto da Unifei, cuja solução para a conclusão dos três novos prédios passa por um realinhamento de valores que terão de ser investidos, como também com o projeto de duplicação da rodovia 129/434, que liga Itabira e a região à BR-381/262”, assegura André Viana, que diz agora contar com mais esses aliados quando for defender os interesses dos trabalhadores, aposentados, pensionistas – e de Itabira, junto à alta direção da Vale.
“Vamos defender no comitê de Sustentabilidade da Vale essas reivindicações, inclusive com o imediato descongelamento do investimento na Unifei para que se tenha celeridade na conclusão das obras dos três novos prédios do campus de Itabira”, compromete-se André Viana.
“A Vale está empenhada na solução desse imbróglio e deve investir mais recursos financeiros, assim como fez para viabilizar a instalação em Itabira da faculdade de Medicina, investindo recursos iniciais da ordem de R$ 9 milhões”
Essa certeza que o compromisso da Vale com Itabira é mesmo para valer, André Viana tem, também, pelo comprometimento da mineradora com o ESG (Environmental, Social and Governance).
“Esse é um compromisso da Vale que passa por Itabira, que clama por projetos estruturantes e de sustentabilidade”, diz Viana, para quem investir no social e na diversificação econômica de Itabira não é jogada de marketing para conquistar a opinião pública.
“É investimento que pode se tornar lucrativo para a própria empresa, com ganhos adicionais para sua imagem, e também em faturamento com o beneficiamento do que hoje é estéril e rejeito, deixando de ser um problema ambiental para gerar lucro. É essa mineração sustentável e comprometida com o social e a boa governança que desejamos e lutamos”, confia André Viana.
Uai! Minério verde??? Produzido com tinta a base de água?