Com a exposição Muros Invisíveis, II Flitabira retrata itabiranos que fazem história e arte na cidade natal de Carlos Drummond de Andrade
Dona Tita, liderança itabirana
Fotos: Yuri Oliveira
A mostra apresenta retratos de 42 moradores da cidade, registrados pelo fotógrafo itabirano Yury Oliveira
A cidade natal de Carlos Drummond de Andrade realiza, com abertura oficial na segunda-feira (31), assim que encerrado o segundo turno da eleição presidencial, a segunda edição do Festival Literário Internacional de Itabira (II Flitabira), quando celebra os 120 anos de nascimento de seu filho mais ilustre.
O festival prossegue até o domingo seguinte, 6 de novembro, com muitas atividades culturais, incluindo lançamento de livros, prêmios de redação, debates exposições, shows tendo como palco o mesmo espaço da primeira edição do Flitabira: a praça do Centenário, em frente ao histórico grupo escolar Coronel José Batista, onde Drummond aprendeu as primeiras letras e a versar e cronicar sobre o “tempo presente, os homens presentes,
a vida presente”.
Mas antes, já como parte da programação do festival, na praça Acrísio de Alvarenga, o II Flitabira acontece com a exposição Muros Invisíveis, do fotógrafo itabirano Yuri Oliveira. A abertura será neste sábado (15), Dia do Professor, às 19 h e fica até 12 de dezembro.
As fotos serão expostas em 21 totens com cerca de 3 metros de altura. Retratam 42 moradores da cidade, com o propósito de dar destaque à história e à trajetória de pessoas socialmente invisibilizadas – e que têm e tiveram uma vida de lutas para enfrentar os preconceitos contra a cor da pele, gênero ou classe social..
São empreendedores e empreendedoras pretas, lideranças comunitárias, artistas e ativistas de movimentos sociais, educadores, conta Nalbert Victor, estudante de Arquitetura e Urbanismo e um dos curadores da exposição.
“Escolhemos pessoas negras que são referências como líderes que, com muita luta, sofrimento e resistência, conseguiram se transformar em ícones na nossa sociedade e, sendo assim, inspiração para outras pessoas”, acrescenta a ativista cultural Eva Maria Gonzaga, também curadora da exposição e integrante da Rede Nacional de Mulheres Negras no Combate à Violência. “A representatividade foi um critério fundamental na escolha dos fotografados.”
Para Yury Oliveira, que se formou em Direito e trabalha como fotógrafo profissional há quatro anos, fotografar essas pessoas foi uma experiência gratificante e reveladora. “Conheci um pouco cada pessoa fotografada. O fato de existirem ‘muros invisíveis’ ficou bem mais perceptível no momento dos diálogos, que mostraram como não nos sentimos valorizados”, conta o expositor.
Sobre o Flitabira:
Criado pelo jornalista Afonso Borges – que é também o idealizador do Festival Literário de Araxá (Fliaraxá) e do Sempre Um Papo –, o Flitabira chega à sua segunda edição em 2022, celebrando os 120 anos de Carlos Drummond de Andrade. O II Flitabira será presencial, mas haverá transmissão on line para o Brasil e o mundo por meio do canal no YouTube do festival.
O Flitabira é viabilizado com o patrocínio do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O projeto conta com o apoio da Prefeitura Municipal de Itabira e da Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade.
Serviço:
Exposição “Muros Invisíveis”
Período: 15 de outubro a 12 de dezembro de 2022
Local: Praça Dr. Acrísio Alvarenga, Centro – Itabira
Mais informações no website http://www.flitabira.com.br