Princesa Isabel segue combalida, com pedras deslocadas

Mauro Andrade Moura

 

Princesa desvalida

sempre muito combatida

perdeu sua coroa

seu cetro

segue sempre combalida

Não bastasse toda a falta de cuidado com o nosso patrimônio histórico, a rua Princesa Isabel, de todas, é a mais abandonada pelo poder público.

Serviço do Saae já terminou, mas o calçamento não foi refeito (Fotos: Mauro Moura)

Como dito por diversas vezes, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano eliminou dos seus quadros funcionais o cargo de calceteiro. E assim, volta e meia, urge a necessidade desse feitor para o cuidado de nossas ruas e calçadas em pedra.

É montinho de pedras, cartas ao Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Arquitetônico de Itabira (Comphai), pressão direta a antigo secretário e nada é suficiente para resolver essa questão dos calçamentos de alguns passeios, ruas e praças de nossa cidade.

Por esses dias o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), fez um serviço de retirada de vazamento de água na rua Princesa Isabel. E, como de costume, esqueceu-se de avisar à Secretaria de Desenvolvimento Urbano a conclusão do serviço. Essa Secretaria, por sua vez, também costumeira e vezeira, não se prontificou imediatamente em repor as pedras para recompor o calçamento da rua.

No passado, o calçamento era de de pura hematita

E porque não o fez imediatamente?

Imaginem? Essa pergunta é fácil de responder, pois não?

O município de Itabira já não tem o oficial calceteiro nos quadros funcionais da prefeitura. E aí está um dos resultados. Passa dia, entra semana e nada do serviço de recomposição da calçada ser feito.

Além de tudo isto, continuamos a solicitar à Transita para que passe o trânsito da rua Princesa Isabel para mão única, somente no sentido de descida. Essa é uma medida necessária para o calçamento sofrer menos com os automóveis que ao subirem por ela, acabam provocando o inevitável deslocamento das pedras.

 

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5 Comentários

  1. O descaso com o calçamento dessa rua sempre foi evidente. Há muito, a rua já teve parte de suas pedras de minério substituídas por outras e já não existe mais a capistrana central, característica desse tipo de calçamento.

  2. mauromeuquerido, você tem sido o revigorador da memória das coisas belas de itabira aqui na Utopia. este desprezo pelas coisas belas é generalizado nesta merde de país. e aí eu fico me perguntando porque nós não conseguimos avançar no processo democrático. olhe que iniciativas fortes e cidadãs como a turma que varre e cuida de sua própria rua, a disponibilidade amorosa do Knor de dar uma pincelada de luz no cemitério dos cruzeiro das almas. E no final de tudo não conseguimos formar uma grande frente ampla irrestrita na defesa de nossa cidade de nosso país. e veja você que quem mais faz pra cidade não é aquela penquinha de puro sangue (20 mil pessoas) e nem mesmo os de fora que nas cidades se abolotam e tiram onda. quem de fato tem amor pela cidade são as pessoas com pouco letramento, sem automóvel de luxo, ou seja, são as pessoas InteligenteS, evoluídas e de mente sádia. participei do espaço colaborativo na entrevista do damon e fiquei estatelada com o médico “cabeça de planilha” (aliás muito primário) defenestrando o sus e aí a gente pergunta O Que Se Pensa Que É? eu mesmo posso responder: é delírio de elite provinciana apegada ao próprio umbigo.
    a rua princesa isabel precisa é de seus moradores e olhe que vive nela o ex-prefeito.
    mouro obrigada e beijoca
    ps. e o café cadê o seu café?

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