Outubro Itabirano. Crônicas da Itabira do Matto-dentro Imperial – 1834 – O guarda vigilante da Constituição, no Pico da Itabira

Aspecto de Presidente Vargas, ao fundo o Morro do Cauê. Observador Econômico e Financeiro,1942

Pesquisa: Cristina Silveira

Correspondência – Sr. Redator. A sua folha tem sido sempre o veículo por onde o público conhece a verdade, para conhecer do bom ou mal andamento dos nossos ministeriais, por tanto queira responder-me aos quesitos seguintes.

O bacharel José Christiano Garção Sikoler foi despachado para Sabará, e ainda a comarca não sabia de sua posse, foi removido para a Villa do Príncipe!!

O bacharel José Gaspar dos Santos Lima vem suceder aquele, e quando a comarca se julga contente por ter este magistrado a testa da segurança pública, vê que o ministério o remove desta para a terceira comarca de S. Paulo!!!!

Por ventura o artigo 45 do código do processo criminal será letra morta?

Pensará o ministério, que o povo não sabe ao menos soletrar este artigo?

Estaremos nós, por desgraça do Brasil, com o governo das 24 horas?

Sr. redator, explique-nos este enigma com a liberdade de escritor público, e que tem merecido os sufrágios dos seus concidadãos. Assim o espera pela sua acreditada folha.

O guarda vigilante da Constituição, no Pico da Itabira de Matto-dentro aos 28 de novembro de 1834. [O Universal (MG), 5/12/1834. BN-Rio]

 

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2 Comentários

  1. Neste artigo de 1834, temos que o principal pico da cidade era chamado de Pico de Itabira e não de Cauê como denominávamos no século passado quando ainda restava algum fio do mesmo.
    Também, como sabido é e consta nesta crônica, a sede da Comarca era na Vila Nova da Rainha de Caeté, tendo sido criada a Comarca do Rio Percicava no dia nove de Outubro de 1848.

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