A guerra maior e silenciosa que ninguém vence

Imagem: Drug Enforcement Administration

Veladimir Romano*

A grande vitória conseguida pela Europol e outras polícias anticrimes contra narcotraficantes, com enorme aparato e exército de forças internacionais, faz semanas, mesmo com várias centenas de elites dedicadas ao combate do mundo marginal, sofreram pesadas derrotas em várias dimensões no quadro de um reconhecido esforço ocupando há anos, com muito dispêndio financeiro que nem sempre termina de maneira positiva.

Isso quer seja na Itália, Espanha, Portugal, Holanda, Polônia, França e Bélgica, levantando a moral de todos quantos dão atenção e observância aos instantes informativos.

Presas quatro centenas de pessoas e detentoras de capital avultado, com laboratórios de processamento de drogas sintéticas igualmente nas centenas, com distribuição sofisticada através das redes sociais.

Desde 2011 vem aumentando em larga escala essa produção clandestina, alerta o sistema de segurança [EWS]. Em 2009 já se conheciam 24 drogas sintéticas, das psicoativas com base nas fenetilaminas, canabinóides químicos, que vem ocupando 2/3 do intenso mercado consumidor.

Com novidades letais vindas da região mais oriental europeia [Rússia], a “krokodil”, vem se destacando e aumentando pecúlio na ordem de milhões.

Embora o México siga na frente e os EUA continuem liderando esse mercado consumista, a Europa vai ganhando no aumento do consumo das sintéticas.

No mundo, segundo fonte da ONU, existem quase 300 milhões de consumidores oferecendo mais de 100 bilhões de dólares anuais em lucros aos cartéis que autoridade alguma consegue dominar na geral.

Vivem a céu aberto escondendo benefícios ilícitos nos oásis fiscais, sem qualquer controle.

Em dez anos, opióides saltaram em consumo de 71% para 92%; na rede e lojas virtuais, desde 2011 com 314, saltou até 690 em 2022, do que foi descoberto.

Causas mortais subiram mais 15% de 2021 e, quase 600 mil vítimas mortais desse transtorno onde o “crack”, “flakka”, “special-K”, “DOB”, “NBOMe”, entre mais outras, seguem agindo destrutivamente.

Aumentaram também os casos de suicídios, segundo relatórios médicos da OMS. Já é a guerra maior e silenciosa que ninguém vence.